Deborah Carvalho Malta

cientista brasileira

Deborah Carvalho Malta[onde?][quando?] é uma cientista brasileira, professora do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atuando na área de Saúde Coletiva.[1][2]

Seus artigos têm alto impacto e grande número de citações. Foi considerada uma das mil principais pesquisadoras mulheres do mundo em lista do portal Research.com em 2022.[3]

Formação editar

Deborah se formou pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1985.[3] Fez doutorado em Saúde Coletiva na Universidade Estadual de Campinas, concluído em 2001.[2]

Pesquisa editar

Deborah é pesquisadora da área de saúde pública. Entre os temas pesquisados estão Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), inquéritos populacionais, análises de fatores de risco, estudos em mortalidade, e avaliação em saúde.[1]

No tema de DCNT, Deborah e colaboradores mostraram que, nos 30 anos anteriores no Brasil, os fatores de risco para diabetes e câncer se agravaram, e é necessário mais investimento estatal para atingir os Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Organização Mundial da Saúde. O tabagismo, no entanto, teve grande redução, graças a políticas públicas.[4]

Coordenou uma pesquisa sobre violência sexual contra adolescentes, usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019.[5]

Também coordenou estudo que mostrou que a pessoas lésbicas, gays, bissexuais ou membros de outras minorias sexuais têm mais que o dobro de chance de sofrer violência, quando comparadas com pessoas heterossexuais, sendo a mais comum a violência psicológica.[6]

No contexto da pandemia de COVID-19 no Brasil, descobriu que pessoas com doenças crônicas tiveram mais dificuldade em acessar serviços de saúde em relação a população em geral, e que a pandemia afetou mais intensamente pessoas mais vulneráveis, como pobres, negros, indígenas, moradores de áreas de risco e periferias.[7]

Reconhecimento editar

Os artigos em que Deborah aparece como autora recebem muitas citações. Em 2019, Deborah esteve na lista dos 100 mil cientistas mais citados do mundo, em pesquisa publicada na revista PLOS Biology.[1]

Em 2022, figurou a lista de mil melhores cientistas mulheres no mundo. A lista, gerada pelo portal Research.com, considerou o Índice h das cientistas. Deborah ficou na 835ª posição mundial e 2ª nacional, com um índice h de 101, causado pelas 89 mil citações de seus 766 artigos.[8][9]

Está na 75ª posição entre cientistas da América Latina e 34ª do Brasil na lista Latin America Top 100 Scientists 2023 da AD Scientific Index.[10]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c «Professora Deborah Malta está entre os cientistas da UFMG mais citados do mundo em 2019». www.enf.ufmg.br. Consultado em 11 de março de 2023 
  2. a b «Deborah Carvalho Malta». Open Box da Ciência. Consultado em 11 de março de 2023 
  3. a b Melo, Pedro (9 de março de 2023). «Professora da UFMG é eleita uma das cientistas mais influentes do mundo; ficou em segundo no Brasil». Hoje em Dia. Consultado em 11 de março de 2023 
  4. Agência Bori (8 de fevereiro de 2022). «Fatores de risco para câncer e diabetes se agravaram no Brasil em 30 anos». Revista Galileu. Consultado em 15 de março de 2023. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2022. (pede subscrição (ajuda)) 
  5. «Quase 15% dos estudantes brasileiros sofrem violência sexual antes dos 18 anos». Universidade Federal de Minas Gerais. 14 de março de 2023. Consultado em 16 de março de 2023 
  6. «Pessoas LGB+ têm mais que o dobro de chance de sofrer qualquer tipo violência, constata estudo inédito da UFMG». Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 16 de março de 2023 
  7. «UFMG homenageia protagonistas na pesquisa sobre a covid-19». Faculdade de Medicina da UFMG. 4 de novembro de 2022. Consultado em 16 de março de 2023 
  8. «Best Female Scientists in Brazil 2022 Ranking». Research.com. 20 de outubro de 2022. Consultado em 11 de março de 2023 
  9. Bigarelli, Barbara (25 de outubro de 2022). «Ranking traz as melhores mulheres cientistas do mundo - e há duas brasileiras». Valor Econômico. Consultado em 16 de março de 2023 
  10. «World Top 100 Latin America Scientist and University Rankings 2023 - AD Scientific Index 2023». www.adscientificindex.com. Consultado em 15 de março de 2023