Democracia Proletária (Itália)

A Democracia Proletária (Democrazia Proletaria, DP) foi um partido de extrema-esquerda em Itália, criado em 1975 como uma coligação eleitoral e dissolvido em 1991.

Democracia Proletária
Democrazia Proletaria
Líder Mario Capanna (1978-1987)
Giovanni Russo Spena (1987-1991)
Fundação 1975 (aliança)
1978 (partido)
Dissolução 1991
Ideologia Comunismo
Trotskismo
Antistalinismo
Ecossocialismo
Pacifismo
Espectro político Extrema-esquerda
Publicação Quotidiano dei lavoratori
Fusão Partido da Refundação Comunista
Membros (1988) 10.310
Grupo no Parlamento Europeu Arco-Irís (1984-1989)
Grupo Verde (1989-1991)
Cores Vermelho
Página oficial
http://www.democraziaproletaria.it/

A DP tinha maior expressão nas cidades industriais do norte da Itália, com forte tradição de esquerda, e sua principal liderança era Mario Capanna, um antigo líder estundantil associado ao movimento da nova esquerda de 1968. O partido opôs-se ao chamado "compromisso histórico" entre o Partido Comunista Italiano e a Democracia Cristã.

História

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Aliança eleitoral (1975-78)

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Na altura das eleições regionais de 1975, o Partido do Unidade Proletária pelo Comunismo (PdUP per il comunismo), a Vanguarda Operária (AO) e o Movimento Trabalhista para o Socialismo (MLS) promoveram a aliança eleitoral "Democracia Proletária", à qual aderiram, no nível local, outros grupos tais como a Organização Comunista Marxista-Leninista, o Grupo Comunista Revolucionário (que em 1979 se transformaria na Liga Comunista Revolucionária IV Internacional) e a Liga dos Comunistas. Em 1976 a Lotta Continua (LC), ou pelo menos a sua ala que aceitava os métodos parlamentares, integrou-se na coligação

Nas eleições nacionais de 1976, a coligação obteve 556.022 votos (1,51%) e elegeu 6 representantes para a Câmara dos Deputados - 3 do PdUP, 2 da AO e 1 da LC.

A criação do partido (1978)

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A 13 de abril de 1978, a DP converteu-se em partido; nessa fusão participaram a ala minoritária do PdUP, a ala maioritária da AO, e a Liga dos Comunistas.

A Nova Esquerda Unida (1979)

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Nas eleições de 1979, a DP promoveu uma coligação reunindo os partidos à esquerda do PCI (com a exceção do PdUP, que concorreu sozinho) - a Nova Esquerda Unida (NSU). No entanto, a NSU teve apenas 0,8% dos votos e não elegeu nenhum deputado (ao contrário do PdUP, que elegeu 6 deputados com 1,4% dos votos). Na campanha eleitoral, Peppino Impastato, um destacado militante siciliano da DP, foi assassinado pela Máfia.

Já nas eleições europeias do mesmo ano, a DP consegui eleger um eurodeputado, Mario Capanna.

Os anos 80

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Nas eleições de 1983, a DP teve 542.039 votos (1,47%) and 7 deputados. Em 1987, teve 642.161 votos (1.66%) and 8 deputados; no mesmo ano teve 493,667 votos (1.52%) and elegeu um representante nas eleições para o Senado.

Em 1987, Capanna abandonou a liderança, sendo substituido por Giovanni Russo Spena. Dois anos depois, a DP sofreu uma cisão, quando uma fação liderado por Capanna lançou (junto com alguns dissidentes do Partido Radical) a sua própria lista ao Parlamento Europeu, os Verdes Arco-Íris.

Resultados Eleitorais

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Eleições legislativas

Câmara dos Deputados

Data Votos % Deputados +/- Status
1976 557 025 1,5 (#7)
6 / 630
Oposição
1979[A 1] 294 462 0,8 (#10)
0 / 630
 6 N/D
1983 542 039 1,5 (#9)
7 / 630
 7 Oposição
1987 641 901 1,7 (#10)
8 / 630
 1 Oposição

Senado

Data Votos % Deputados +/- Status
1976 78 170 0,3 (#10)
0 / 315
N/D
1979[A 1] 44 094 0,1 (#13)
0 / 315
= N/D
1983 327 750 1,1 (#10)
0 / 315
= N/D
1987 493 667 1,5 (#11)
1 / 315
 1 Oposição

Eleições europeias

Data Votos % Deputados +/-
1979 252 342 0,7 (#10)
1 / 81
1984 506 753 1,4 (#8)
1 / 81
=
1989 449 639 1,3 (#10)
1 / 81
=

Ligações externas

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Referências

  1. a b Na coligaçao Nova Esquerda Unida