Nota: Para outros significados, veja Dique (desambiguação).

Dique, represa ou açude é uma obra de engenharia hidráulica com a finalidade de manter determinadas porções de terra secas através do represamento de águas correntes.[1] Sua estrutura pode ser de concreto, de terra ou de enrocamento e possibilita manter secas determinadas áreas chamadas de pôlderes.

O dique Afsluitdijk, nos Países Baixos. À esquerda, situa-se o Mar do Norte, e, à direita, o IJsselmeer.

Etimologia editar

"Dique" é proveniente do neerlandês dijk.[1] "Represa" provém do latim reprensa (detida, retida, presa).[2] "Açude" provém do árabe as-sudd.[3]

Diferenças em relação a quebra-mares e molhes editar

Não se deve confundir um dique, o qual possui sempre as duas pontas na terra, com um quebra-mar, que possui as duas extremidades dentro d'água; nem com um molhe, que possui uma extremidade na terra e outra no mar. Apesar desta diferença fundamental em hidráulica marítima, a confusão é muito comum entre as pessoas leigas.

Exemplos editar

Atualmente, os Países Baixos possuem a mais avançada rede de diques no mundo. O principal desafio desta obra de engenharia é fazê-la resistir às tempestades marítimas ou às enchentes no caso de rios. Para escoar as águas, utilizavam-se, na Holanda, os moinhos de vento e, atualmente, as bombas, principalmente do tipo parafuso de Arquimedes.

A passagem do furacão Katrina por Nova Orleans, nos Estados Unidos, no dia 29 de agosto de 2005, causou grande número de mortes e destruição devido ao rompimento dos diques da cidade.

Na América do Sul, existem diques que protegem a região costeira da Guiana (incluindo a capital Georgetown), sendo esta uma das regiões mais baixas do continente.

 
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Referências

  1. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 593.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 489.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 41.

Ligações externas editar