Engenho Vitória

engenho

Engenho Vitória é um engenho de açúcar fundando no século XIX, localizado às margens do Rio Paraguaçu na cidade de Cachoeira, no interior do estado da Bahia.[1][2][3]

Engenho Vitória
Engenho Vitória
Engenho Vitória em 2017.
Início da construção 1812
Proprietário inicial Comendador Pedro Bandeira
Função inicial engenho
Património nacional
Classificação Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Geografia
País  Brasil
Cidade Cachoeira, BA
Zona rural de Cachoeira
Coordenadas 12° 39' 44" S 38° 56' 26" O

História editar

O ano de 1812 marca o início da construção do Engenho Vitória, localizado às margens do Rio Paraguaçu, importante curso de água da Bahia, na altura da cidade de Cachoeira.[4][5] A obra foi financiada pelo comendador Pedro Bandeira, importante comerciante de sua época e um dos pioneiros na utilização da navegação a vapor na Bahia.[6][7]

Construído no período do Brasil Colonial, a edificação do Engenho dialoga com o processo de escravidão no Brasil, tendo sido um local que utilizou mão-de-obra escrava durante seu funcionamento como empresa açucareira.[8][9][10] O engenho consiste em um sobrado de três níveis, baseado num projeto arquitetônico que imaginou a construção da edificação com um "T".[6] O prédio abriga um acesso coberto entre o engenho e o sobrado.[4] O engenho ainda abriga um salão em mármore, capela, depósito e um quarto para os escravos.[9] A edificação ainda abriga um sótão - reformado posteriormente e sendo ampliado.[6] O prédio ainda faz menção a família de Bandeira, com referências a sua família na porta e o brasão da família Muniz esculpida em mármore.[4]

 
Engenho Vitória em 2013.

Tombamento editar

No ano de 1943, o engenho passou pelo processo de tombamento histórico junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão responsável pela preservação histórica vinculado ao Governo Federal.[4][11][12]

Ver também editar

Referências

  1. Azevedo, Esterzilda (2009). «Engenhos do recôncavo baiano» (PDF). Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 19 de julho de 2021 
  2. «Cachoeira». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de julho de 2021 
  3. Vídeo Teaser - Mural de Aventuras e CT de Cachoeira no Engenho da Vitória, consultado em 19 de julho de 2021 
  4. a b c d «Engenho Vitória: sobrado, capela, crucifixo, senzala e banheiro (Cachoeira, BA)». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 19 de julho de 2021 
  5. GENZ, FERNANDO; LESSA, GUILHERME; CIRANO, MAURO (2008). «Vazão Mínima para Estuários: Um Estudo de Caso no Rio Paraguaçu/BA». Revista Brasileira de Recursos Hídricos (3): 73–82. ISSN 2318-0331. doi:10.21168/rbrh.v13n3.p73-82. Consultado em 19 de julho de 2021 
  6. a b c «Cachoeira - Engenho Vitória». iPatrimônio. Consultado em 19 de julho de 2021 
  7. «"200 anos do Vapor de Cachoeira" em seminário dia 3 de outubro, no IGHB». Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. 24 de setembro de 2019. Consultado em 19 de julho de 2021 
  8. Sugimoto, Luiz (25 de março de 2007). «Do cativeiro às ruas». Sala de Imprensa da Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 19 de julho de 2021 
  9. a b FILHO, Walter (2006). Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia, 1870-1910. Campinas: Editora da Unicamp. 366 páginas 
  10. Reis, João. «Recôncavo Rebelde: revoltas escravas nos engenhos baianos.» (PDF). Universidade Federal da Bahia. Consultado em 19 de julho de 2021 
  11. «O Iphan». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 19 de julho de 2021 
  12. Mariuzzo, Patrícia. «Trens e cana-de-açúcar». Labjor da Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 19 de julho de 2021