Epsy Campbell Barr

política costarriquense, 1ª vice-presidente da Costa Rica

Epsy Campbell Barr (San José (Costa Rica), 4 de julho de 1963) é uma economista e política costa-riquenha. Em 2018, tornou-se a primeira mulher e afrodescendente a assumir a Vice-presidência de seu país, sendo também o primeiro afrodescendente eleito vice-presidente de um país da América Latina.[1][2] Campbell é filiado ao Partido Ação Cidadã (PAC), de centro-esquerda, liderado pelo atual Presidente Carlos Alvarado Quesada, seu parceiro de chapa nas últimas eleições presidenciais.[3]

Epsy Campbell Barr
Epsy Campbell Barr
Epsy Campbell em 2018.
Vice-presidente da Costa Rica Costa Rica
Período 8 de maio de 2018
8 de maio de 2022
Presidente Carlos Alvarado
Antecessor(a) Helio Fallas Venegas
Sucessor(a) Stephan Brunner
Ministra de Relações Exteriores da Costa Rica Costa Rica
Período 8 de maio de 2018
a 11 de dezembro de 2018
Presidente Carlos Alvarado
Antecessor(a) Manuel González Sanz
Sucessor(a) Manuel Ventura
Deputada da Assembleia Legislativa da Costa Rica
Período 1º de maio de 2014 a 30 de abril de 2018
Período 1º de maio de 2002 a 30 de abril de 2006
Dados pessoais
Nome completo Epsy Campbell Barr
Nascimento 4 de julho de 1963 (61 anos)
San José, Costa Rica
Nacionalidade costarriquenha
Alma mater Universidade da Costa Rica
Partido Ação Cidadã
Profissão Economista

Anteriormente, Campbell já exerceu cargos de Deputada nacional entre 2002 e 2006. Também foi duas vezes pré-candidata à presidência da Costa Rica. Campbell construiu sua carreira dentro de espaços como a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas (1997-2001), a Aliança de Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe (ARAAC) e o Parlamento Negro das Américas. Além disso, foi coordenadora do Fórum de Mulheres para a Integração Centro-americana (1996-2001) e é fundadora do Centro de Mulheres Afro-costa-riquenhas.[4][5]

Biografia

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Epsy Campbell Barr nasceu em San Francisco de Dos Ríos, um distrito da capital costa-riquenha San José em 4 de julho de 1963; filha de Shirley Barr Aird e Luis Campbell Patterson. Campbell é a quarta de cinco filhos do casal, família que inclui também a cantora de jazz Sasha Campbell e a poetisa Shirley Campbell Barr. Campbell recebeu o nome de sua avó paterna que migrou da Jamaica para a Costa Rica ainda criança. Seus avós paternos, ambos afro-americanos, mudaram-se para o país na virada do século XX para trabalhar na construção das primeiras ferrovias da região.

Campbell cursou a escola primária em Las Gravilias e concluiu seus estudos primários na Escola Ricardo Jiménez Oreamuno, localizada na cidade de Cartago em 1976. Posteriormente, seguiu sua formação no Liceo Franco Costarricense e no Colegio Superior de Señoritas, que deixou em 1980. Neste período, Campbell também estudou flauta e saxofone como membro da Orquestra Sinfônica Juvenil entre 1976 e 1983.

Campbell ingressou na Universidade da Costa Rica e, posteriormente, transferiu-se para o campus regional da província de Limón (província), onde cursou Economia e Administração de Negócios enquanto trabalhava em uma empresa privada. Campbell viveu no Caribe por dez anos antes de retornar a San José, onde graduou-se em Economia pela Universidade Latina da Costa Rica em 1998.[6] Possui também um bacharelado em Cooperação e Desenvolvimento pela Fundação de Ciências Sociais e Culturais da Espanha, concluído em 2008, sendo uma pesquisadora e ativista reconhecida dos direitos da mulher e igualdade racial.

Carreira política

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Epsy Campbell foi presidente do Partido Ação Cidadã entre fevereiro de 2005 e fevereiro de 2009. Foi também Deputada Nacional pelo mesmo partido entre 2002 e 2006, liderando a bancada de seu partido na Assembleia Legislativa da Costa Rica entre 2003 e 2005. Em 2006, Campbell concorreu pela primeira vez como candidata à vice-presidência do país, na chapa de Ottón Solís Fallas.

Em 16 de fevereiro de 2009, Campbell oficializou sua pré-candidatura à Presidência da Costa Rica, disputando a nomeação do partido com Ottón Solís e o empresário Román Macaya Hayes. Em 31 de maio, Campbell foi o segundo nome mais votado nas eleições internas do partido, perdendo somente para Solís.

Em 11 de fevereiro de 2013, a economista lançou-se novamente a candidatura pela presidência do país. Desta vez com o lema "¿Vamos o no vamos a sacar a Liberación?", com críticas mais diretas ao Partido Liberação Nacional em uma ronda de encontros partidários pelo país.[7] A candidata encerrou as primárias com 24% dos votos de seu partido, perdendo a indicação para Luis Guillermo Solís que veio a ser eleito Presidente do país.[8] No ano seguinte, Solís apoiou a vitoriosa candidatura de Campbell à Assembleia Legislativa da Costa Rica como Deputada pela Província de San José.[9][10]

Vice-presidente (2018-2022)

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Vida pessoal

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Epsy Campbell é irmã mais velha da cantora costa-riquenha de jazz e soul Sasha Campbell.[11]

Referências

  1. «Mulher e negra: A vice-presidente que faz história nas Américas». Diário Nacional. 8 de maio de 2018 
  2. «Primeira mulher negra chega a Presidência da América Latina». Confederação Nacional de Municípios. 8 de maio de 2018 
  3. Murillo, Álvaro (2 de abril de 2018). «Eleições: Costa Rica aposta na continuidade e evita dar o poder a líder evangélico». El País 
  4. «Centro-esquerda vence eleições presidenciais na Costa Rica». R7.com. 2 de abril de 2018 
  5. «Essa é a 1ª mulher negra eleita como vice-presidente de um país latino». MdeMulher 
  6. «Epsy Cambpell Barr» (PDF). Comisión Económica para América Latina, División Mujer y Desarrollo. Consultado em 27 de maio de 2020 
  7. «Campbell inicia campaña con ataque dircto a Liberación Nacional». La Nación. 11 de fevereiro de 2013 
  8. «Lista de Candidatos». Partido Accion Ciudadano  Texto "acessodata-27 de maio de 2020" ignorado (ajuda)
  9. Ruiz Ramón, Gerardo (14 de março de 2014). «Epsy Campbell no rechazaría oferta de candidatura para presidir el Congreso». La Nación 
  10. Sequeira, Aarón (24 de abril de 2014). «Dos opositores dan pelea al PAC por la presidencia del Congreso». La Nación 
  11. «Sasha Campbell: No apoyo lo indefendible, pero apoyo a mi hermana». La Prensa Libre. 4 de abril de 2018 }