América: diferenças entre revisões

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Também é conhecida pela expressão "[[Novo Mundo]]", neste caso em oposição à [[Eurafrásia]], considerada o "[[Velho Mundo]]", e à [[Oceania]], chamada de "[[Novíssimo Mundo]]". A maioria dos estudiosos aponta o nome do navegador [[Itália|italiano]] [[Américo Vespúcio]] como origem [[etimologia|etimológica]] do [[topônimo]] "América", cujo [[gentílico]] é "[[:wikt:americano|americano]]".<ref>[[Dicionário Houaiss]].</ref>
 
A América é geralmente dividida em ([[América do Norte]], [[América Central]] e [[América do Sul]]). Contudo os [[Anglosfera|países anglófonos]], por influência dos [[Estados Unidos]], costumam usar o termo Américas para definir o continente, subdividindo-o não em três partes mas em dois continentes: [[América do Norte]] e [[América do Sul]]. No entanto, a visão predominante pelas várias línguas do mundo é a definição de América como sendo um único continente.<ref name="MoC">{{cite book|title=The Myth of Continents|author=Martin W. Lewis, Karen E. Wigen|chapter=Chapter One, The Architecture of Continents|publisher=University of California Press|year=1997|isbn=0-520-20742-4}}</ref>
 
== Etimologia e uso ==
{{Principal|América (terminologia)}}
[[José Pedro Machado]]<ref>[[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]], verbete "América".</ref> é inequívoco ao apontar como origem do [[topônimo]] "América" o prenome do navegador [[italianos|italiano]] [[Américo Vespúcio]]. Segundo Machado, o termo já aparece na obra ''Cosmographiae introductio'', de 1507, de autoria de [[Martin Waldseemüller]], em que, ao lado de cartas escritas por Vespúcio, consta um [[mapa]] no qual as terras do [[nordeste brasileiro]] - cuja descoberta Waldseemüller erroneamente atribuiu a Vespúcio - estão indicadas como ''Americi Terra vel America'' (do [[latim]] "Terras de Américo ou América"). A forma foi passada para o feminino por paralelismo com os outros continentes. Quanto ao registro desta forma em [[língua portuguesa]], Machado aponta o texto ''Lusitânia Transformada'', de [[Fernão Álvares do Oriente]] (1607).
 
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[[Imagem:Americas satellite map.jpg|thumb|[[Imagem de satélite]] do continente americano.]]
 
O ponto mais setentrional da América é a ilha [[Kaffeklubben]], que é o ponto emerso terrestre mais setentrional.<ref>{{Cite news|url = http://sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/chronicle/archive/2004/06/17/BAG4J779M31.DTL&type=science|title = Romancing the north Berkeley explorer may have stepped on ancient Thule|author = Charles Burress|publisher = San Francisco Chronicle|date = 17 de junho de 2004}}</ref> O ponto mais ao sul é o [[ilhéu Águila]], nas [[ilhas Diego Ramírez]] (a ilha [[Thule do Sul]], é geralmente considerada parte da [[Antártida]]).<ref>{{Citar web|url = http://www.coolantarctica.com/Travel/south_georgia_south_sandwich_islands.htm|título = South Georgia and the South Sandwich Islands, Antarctica - Travel}}</ref>. O ponto mais oriental está em [[Nordostrundingen]]. O ponto mais ocidental é [[ilha Attu]].
 
O continente americano é a maior massa terrestre do planeta no sentido norte-sul. No seu mais longo trecho, estende-se por cerca de {{formatnum:14000}}&nbsp;km, da [[península de Boothia]], no norte do [[Canadá]], ao [[Cabo Froward]], na [[Patagônia]] [[chile]]na. O ponto mais ocidental do continente americano é o fim da [[península de Seward]], no [[Alasca]], enquanto a [[Ponta do Seixas]], no [[Região Nordeste do Brasil|nordeste]] do [[Brasil]], forma a extremidade oriental do continente.<ref>{{cite encyclopedia|title = America|encyclopedia = The World Book Encyclopedia|volume = 1|pages = 407|publisher = World Book, Inc|year = 2006|isbn = 0716601060}}</ref>
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As cordilheiras com os mais altos picos são os Andes e as montanhas Rochosas. Enquanto existem picos altos, em média, na [[Serra Nevada (Estados Unidos)|Sierra Nevada]] e na [[cordilheira das Cascatas]], não há como muitos atingindo uma altura maior do que {{formatnum:4200}} metros. Na América do Norte, a maior quantidade de montanhas com mais de {{formatnum:4200}} metros ocorrem nos [[Estados Unidos]] e, mais especificamente, no [[Estados dos Estados Unidos|estado]] do [[Colorado]]. Os picos mais altos na América estão localizados nos [[Andes]], sendo o [[Aconcágua]], na [[Argentina]], o mais alto; na América do Norte o [[Monte McKinley]], nos Estados Unidos, é o mais alto.
 
Entre as suas cadeias de montanhas costeiras, a América do Norte tem vastas áreas planas. As [[Planícies Interiores]] estão distribuídas por grande parte do continente, com baixo relevo.<ref>{{Citar web|url = http://vulcan.wr.usgs.gov/LivingWith/VolcanicPast/Notes/interior_plains_region.html|título = Interior Plains Region}}</ref> O [[Escudo Canadense]] cobre quase 5 milhões de km² da América do Norte e é geralmente bastante plano.<ref>{{Citar web|url = http://redpath-museum.mcgill.ca/Qbp/Natural%20History/nat_hist.html|título = Natural History of Quebec}}</ref> Do mesmo modo, o nordeste da [[América do Sul]] é coberto pela plana [[bacia Amazônica]].<ref>{{Citar web|url = http://www.amazonconservation.org/home/strategy.html|título = Strategy|publicado = Amazon Conservation Association}}</ref> O [[planalto Brasileiro]], na costa leste, é bastante suave, mas mostra algumas variações no relevo, enquanto mais ao sul existem grandes planícies como o [[Chaco|Gran Chaco]] e os [[Pampas]].<ref>{{Citar web|url = http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/southAmerica.htm|título = South America images}}</ref>
 
=== Hidrografia ===
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A maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do [[Bacia do rio Amazonas|Amazonas]],abrange uma área de 7 milhões de km².<ref>{{Citar web|url = http://www.greatestplaces.org/notes/amazon.htm|título = Greatest Places: Notes: Amazonia}}</ref>, compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). O rio Amazonas tem mais de 7 mil afluentes, e possui 25 mil quilômetros de vias navegáveis.A bacia Amazônica representa 1/5 da água derramada no oceano por todos os rios do planeta.
 
A segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul é a do [[Bacia do Paraná|rio Paraná]],é uma depressão ovalada, com o eixo maior no sentido quase norte-sul, e possui uma área de cerca de 1,5 milhão de km².<ref>{{Citar web|url = http://www.nature.org/wherewework/greatrivers/samerica/|título = Great Rivers Partnership - Paraguay-Parana}}</ref>.
 
Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozoica e Mesozoica, e seu registro sedimentar compreende rochas formadas do período Ordoviciano ao Cretáceo, abrangendo um intervalo de tempo entre 460 e 65 milhões de anos atrás. A seção de maior espessura, superior a 7000 m, está localizada na sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas. As rochas sedimentares da bacia do Paraná são ricas em restos de animais e vegetais fossilizados.
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[[Imagem:Earth at Night 2001.jpg|thumb|esquerda|350px|Imagem de satélite do continente americano à noite ([[NASA]]/2001).]]
 
Várias [[língua]]s são faladas na América. Alguns são de origem europeia, outras são faladas por povos indígenas ou por uma mistura de idiomas diversos, como os diferentes [[Línguas crioulas|crioulos]]. A língua dominante da América Latina é o [[Língua espanhola|espanhol]], embora a maior nação da [[América Latina]], o [[Brasil]], fale [[Língua portuguesa|português]].<ref>{{Citar web|url = http://www.portugueselanguage.net/portuguese/facts.asp|título = Portuguese Facts}}</ref>. Pequenos [[enclave]]s de comunidades que falam [[Língua francesa|francês]], [[Língua holandesa|holandês]] e regiões de [[língua inglesa]] também existem na América Latina, notadamente na [[Guiana Francesa]], [[Suriname]] e [[Belize]], respectivamente, e o [[crioulo haitiano]], de origem francesa, é dominante na nação do [[Haiti]]. [[Línguas indígenas da América|Línguas nativas]] são mais proeminentes na América Latina do que nos países [[América Anglo-Saxônica|anglo-americanos]], com os idiomas [[nahuatl]], [[quíchua]], [[aimará]] e o [[Língua guarani|guarani]] como o mais comum. Várias outras línguas nativas são faladas com menos frequência tanto na América Anglo-Saxônica quanto na [[América Latina]]. [[Línguas crioulas]], que não o crioulo haitiano, são também faladas em partes da América Latina.
 
A língua dominante da Anglo-América, como o próprio nome sugere, é o inglês. O francês é também oficial no [[Canadá]], onde é a língua predominante em [[Québec]] e uma língua oficial em [[Nova Brunswick]], juntamente com o inglês.<ref>{{Citar web|url = http://www.wired.com/techbiz/media/news/2006/08/71664|título = Now Bolivia Can Do Windows}}</ref>. Também é uma linguagem importante no estado da [[Louisiana]] e em partes de [[New Hampshire]], [[Maine]] e [[Vermont]], nos [[Estados Unidos]]. O espanhol manteve uma presença permanente no [[sudoeste dos Estados Unidos]], que fazia parte do [[Vice-reinado da Nova Espanha]], especialmente na [[Califórnia]] e no [[Novo México]], onde uma variedade distinta do espanhol sobrevive desde o {{séc|XVII}}. Mais recentemente, o espanhol se tornou amplamente falado em outras partes dos Estados Unidos devido à [[Imigração nos Estados Unidos|pesada imigração]] de povos ​​da América Latina. Elevados níveis de imigração, em geral, têm trazido uma grande diversidade linguística para a Anglo-América, com mais de 300 línguas conhecidas a serem faladas nos Estados Unidos, mas a maioria das línguas são faladas apenas em enclaves pequenos e em grupos relativamente pequenos de imigrantes.
 
As nações da [[Guiana]], [[Suriname]] e [[Belize]] geralmente não são consideradas nem como parte da Anglo-América ou da América Latina devido a diferenças linguísticas com a América Latina, diferenças geográficas com a Anglo-América, e diferenças culturais e históricas com ambas as regiões; o inglês é a idioma principal da Guiana e Belize e o [[Língua neerlandesa|neerlandês]] é a [[língua oficial]] do Suriname.