Universidade Federal do Espírito Santo: diferenças entre revisões

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Abrindo a sessão o Sr. Interventor pronunciou um magnifico discurso salientando com palavras de entusiasmo e estímulo, a feliz ideia da fundação em nossa Capital que tantos serviços irá prestar a mocidade estudiosa. Em seguida, o Diretor da Faculdade, Des. Carlos Xavier Paes Barreto, proferiu um substancioso discurso sob a magnitude preponderante do Direito através dos povos e das civilizações. Historiou as tentativas para a fundação dessa Faculdade, rendendo o justo louvor ao Governador que deu apoio necessário para tão útil iniciativa. Após, o secretário Heráclito Amâncio Pereira leu um relatório substancioso sobre a Faculdade elogiando o Diretor Carlos Xavier Paes Barreto. Em seguida o Professor Arquimimo de Mattos leu o seguinte discurso:<blockquote>'''''“É a Carlos Xavier que devo, que deveis, que devemos em grande parte a satisfação imensurável de vencermos galhardamente mais de uma etapa na grande ascensão que vimo s fazendo para os píncaros de um ideal proveitoso para todos nós, para o Estado a que servimos, para a Pátria de que somos filhos e escravos... ao grande batalhador mestre querido, cheio de bondade e erudição a disciplinar, coordenar, encaminhar todos os nossos esforços na grande batalha do bem, na luta pelo levantamento do nível intelectual do nosso povo e que, de uma feita, como paraninfo das diplomadas da nossa Escola Normal, dizia ser a instrução o princípio vital no regime popular e que não nos devemos fazer pobres e tímidos em matéria de instrução quando somos generosos e pródigos para tudo mais...” (discurso republicado no Diário da Manhã de 06/01/1934).'''''</blockquote>Em seguida, o aluno Solon Castro também pronunciou seu discurso:<blockquote>'''''"Há alguém, todavia, para quem esta data fala de maneira mais particular e toda mais diretamente ao coração: é, de um lado, o provecto corpo docente desta Faculdade, à frente do qual os seus dignos pares, destacamos nosso preclaro diretor - o Exmo. Sr. Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto - a quem não aspiramos fazer elogios porque tarefa desnecessária e vã...” (Este discurso foi republicado no Diário da Manhã de 05/01/1934).'''''</blockquote>Seis meses depois, o Interventor Punaro Bley nomeia pessoa idônea, o Dr. Clodoaldo Linhares, para fiscalizar as regularidades das aulas se dos exames, com os mais favoráveis resultados.
 
Para Carlos Xavier, a maior glória era a de formar discípulos. Anos depois, diria ele em seu discurso de despedida por motivo de sua aposentadoria compulsória:<blockquote>'''''“Nenhuma de minhas responsabilidade trouxe ao meu ser encantamento igual ao que experimentei na cátedra de ginásios, Escola Normal e acima de todas a Faculdade de Direito do Espírito Santo. Quando comecei a ter atenção na vida do Espírito Santo como secretário do Estado, as minhas vistas se voltaram para a fundação de uma Academia de Direito...”.'''''</blockquote>Já, então, vinham abrilhantar a Faculdade outros lentes do gabarito de KosciskoKosciuszko Barbosa Leão, Josias Martins Soares, Ernesto da Silva Guimarães, Jair Tovar, João Manuel de Carvalho, EuripedesEurípedes Queiroz do Valle, José de Barros Wanderley, Atilio Vivacqua, Aristóteles da Silva Santos, Alonso Fernandes.
 
Em 1933 o Estado recebeu a visita honrosa do Presidente da Republica Getúlio Vargas, “a cuja recepção em Palácio compareceu o Diretor Carlos Xavier que apresentou a S. Exa. a Congregação, aproveitando a ocasião para solicitar o apoio do Governo Federal para o novo Instituto Jurídico espírito-santense”.
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Formava-se a primeira turma da Faculdade de Direito do Espírito Santo em 1935 em grande solenidade. O Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto ensinava Direito Penal e vinha acompanhando essa classe desde o primeiro ano.
 
Nenhuma menção ao nome de Carlos Xavier, como salientou o “Jornal do Brasil”, de 16 de março de 1936, ao noticiar essa formação:<blockquote>'''''“A glória da fundação e do encorajamento aos que se iniciaram na carreira da advocacia, cabe aqui ao emérito Presidente da Corte de Apelação, Dr. Carlos Xavier Paes Barreto. Desde 1930, auxiliado por um pugilo de iluminados, ele pôs mãos à obra e conseguiu levar a termo final a inauguração da Academia à qual emprestou o melhor dos seus esforços, pessoais e intelectuais. Sacrificando grandes interesses, dedicou-se de corpo e alma à ideia, encorajando os desanimados e pondo-se à frente da Faculdade, angariando auxílios, obtendo favores do Estado para o patrimônio da mesma, atraindo com a sua presença a atenção dos poderes públicos, e dando enfim à iniciativa todo o apoio e eficiência necessários para este remate. De modo que chocou profundamente a opinião pública, não se colocar em primeiro plano, agora por ocasião dos festejos oficiais, com a colação de grau, o nome prestigioso do Dr. Carlos Xavier. Nem no quadro de formatura, foi o seu nome colocado, o que constituiu um gravame sem nome para a sua pessoa (o grifo é nosso). Todos têm aqui interesse em saber como vai agir o Conselho...”.'''''</blockquote><blockquote> '''''“Mesmo nesse período de 1935, que tantas amarguras me trouxe e que concorreu até para a minha retirada do Estado, não deixei de trabalhar pelo Instituto.'''''</blockquote><blockquote>'''''Não tínhamos recursos. Recorri a vários amigos. Aproveitei a estada no Rio do Desembargador João Manoel e encarreguei-o de, com recomendação do Ministro Agamenon Magalhães e levado pessoalmente ao Dr. Lodi pelo Vice-Presidente em exercício de Presidente, aos os Senadores Jerônymo Monteiro Filho e Genaro Pinheiro e aos Deputados Francisco Gonçalves, Jair Tovar e Ubaldo Ramalhete Maia.'''''</blockquote><blockquote>'''''Na exiguidade dos meus préstimos sempre estive e estarei dentro dela em espírito e coração”''''' (ofício-resposta ao então Diretor da Faculdade de Direito do Espírito Santo em 1951, Professor KosciuskoKosciuszko Barbosa Leão). </blockquote>Mesmo aborrecido com a distorção que se fazia da história da Faculdade, Carlos Xavier batalhou para a sua encampação, escrevendo aos Senadores Leopoldo Tavares da Cunha Mello, Jerônymo de Sousa Monteiro, Genaro Pinheiro e ao Desembargador João Manoel de Carvalho, (vide cartas).
 
É certo que ninguém faz nada sozinho, sempre se tem a ajuda de alguém e Carlos Xavier teve sim, a ajuda, primeiro, dos professores que ensinaram gratuitamente: Arquimimo Martins de Mattos, Alarico de Freitas Rosa, Oscar Faria Santos, Afonso Lyrio e do estudante Heráclito Pereira com a Secretaria bem organizada.
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Felizmente, a Justiça tarda, mas não falha.
 
Em 1951, quando de sua aposentadoria compulsória, foi colocado tudo em seus devidos lugares: foi ele considerado o idealizador em 1913 e principal fundador em 1930 que assim concluiu:<blockquote>'''''“Pelo esposo e em face dos relevantes e reiterados esforços do nosso colega professor Carlos Xavier Paes Barreto para a fundação, funcionamento e oficialização da Faculdade de Direito do Espírito Santo – é de justiça considerá-lo como o iniciador da ideia de sua instituição e o seu principal fundador, fato esse que é considerado histórico pela Revista Genealógica Brasileira em seu nº 10, Ano 2º, 2º semestre e tem a corroborar o testemunho fidedigno de contemporâneos idôneos (vide relatório do Presidente da Comissão de Professores-Fundadores designada para decidir a quem deveria caber o direito de ter sido seu idealizador e principal fundador dessa Faculdade''''' '''''e vide Aposentadoria Compulsória).''''' </blockquote>  Esta decisão está confirmada no Dicionário das Famílias Brasileiras de autoria de Antônio Henrique da Cunha Bueno e Carlos Eduardo de Almeida Barata, assim como em diversas revistas de Academias de Letras no Rio de Janeiro e nas Academias em que ele foi escolhido para patrono. 
 
instituição estadual Universidade do Espírito Santo, fundada em [[5 de maio]] de [[1954]] pelo então governador [[Jones dos Santos Neves]], através da lei 806/1954. Em 25 de maio do mesmo ano, o professor Ceciliano Abel de Almeida tomou posse como reitor da recém criada universidade.