Brummer: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Manutenção (E083) utilizando AWB
Lgtrapp (discussão | contribs)
Linha 5:
== Antecedentes ==
A [[Dinamarca]] havia apoiado [[Napoleão Bonaparte]], e ao final do conflito teve de ceder a administração do Ducado de Schleswig para a [[Áustria]], e a do Ducado de Holstein para a [[Prússia]].<br />
Em [[1846]] o [[Rei]] Chistian VIII da Dinamarca repudiou o acôrdo; desencadeando a [[Primeira Guerra do Schleswig]] ([[1848]]-[[1851]]). Esse conflito foi usado pela Prússia para unir os pequenos estados germânicos autônomos; contribuindo para a concretização da [[Unificação Alemã|unificação da Alemanha]]. A região de Schleswig-Holstein foi incluída na [[Confederação Germânica]], e suas forças militares desmobilizadas.
A região de Schleswig-Holstein foi incluída na [[Confederação Germânica]], e suas forças militares desmobilizadas.
 
== Histórico ==
O início das ameaças de guerra no [[Rio da Prata]] coincidiram com o fim da Primeira Guerra do Schleswig, que deixou um grande contigente de soldados do exército de [[Schleswig-Holstein]] disponíveis. Em [[6 de setembro]] de [[1850]] o gabinete do [[Marquês de Olinda]], temendo uma nova guerra com a [[Argentina]], resolveu contratar soldados de [[infantaria]] e [[artilharia]] na [[Alemanha]].<ref name=encicrs>WIEDERSPAHN, Henrique Oscar. Das guerras Cisplatinas às guerras contra Rózas e contra o Paraguai, in: Enciclopédia Rio-grandense, Editora Regional, Canoas, 1956.</ref>
 
O encarregado das contratações foi o [[Coronel]] [[Sebastião do Rego Barros]] que conseguiu embarcar para o Brasil doze [[companhia (militar)|companhias]] com cerca de 1800 homens; as quais começaram a chegar ao [[Rio de Janeiro]] em [[junho]] de 1851. Cada companhia consistia de um [[Capitão (militar)|capitão]], um [[tenente]], dois [[alferes]], um primeiro [[Sargento (militar)|sargento]], dois segundo sargentos, um [[furriel]], seis [[cabo (militar)|cabos]], seis [[anspeçada]]s, dois tambores, e cento e quarenta soldados.
 
No Brasil foram recebidos com grandes honras, porém a tropa tinha elementos muito heterogêneos<ref name=encicrs/>, os oficiais brummer tinham grandes rivalidades entre si, que foram se aprofundando durante a viagem até a frente de [[batalha]] no [[sul do Brasil]]. Além disso vários dos soldados recrutados eram novatos, promovendo frequentes arruaças. Estes fatores contribuíram para a perda de sua confiança pelos oficiais brasileiros, fazendo com que poucos fossem enviados para o combate. A guerra acabou rapidamente e os Brummer foram desmobilizados.
 
Entre estes legionários encontravam-se muitos de certa cultura, que deixariam influência sobre os colonos alemães radicados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.<ref name=encicrs/>
=== Uniformes e armamentos ===
 
: O Brummer Frederico Lange<ref>'''História de um "Resmungão" da Legião Alemã de 1851 no Brasil'''; Schleswig-Holstein, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Campanha do Uruguai, e Colônia Dona Francisca (atual Joinville); autor Francisco Lothar Paulo Lange; Curitiba; 1995.</ref> descreve em suas cartas aos familiares, que as tropas militares vieram para o Brasil com os mesmos [[uniforme]]s e [[arma]]mentos usados na [[Europa]]. E pede dinheiro para adquirir roupas civis, pois ainda enverga o fardamento do Corpo de [[Caçador (militar)|Caçadores]] ({{lang-de|Jaëgercorps}}) de Schleswig-Holstein.
=== Uniformes e armamentos ===
: O Brummer Frederico Lange<ref>'''História de um "Resmungão" da Legião Alemã de 1851 no Brasil'''; Schleswig-Holstein, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Campanha do Uruguai, e Colônia Dona Francisca (atual Joinville); autor Francisco Lothar Paulo Lange; Curitiba; 1995.</ref> descreve em suas cartas aos familiares, que as tropas militares vieram para o Brasil com os mesmos [[uniforme]]s e [[arma]]mentos usados na [[Europa]]. E pede dinheiro para adquirir roupas civis, pois ainda enverga o fardamento do Corpo de [[Caçador (militar)|Caçadores]] ({{lang-de|Jaëgercorps}}) de Schleswig-Holstein.
 
Os Brummer introduziram no Brasil o [[fuzil Dreyse]] de retrocarga, muito efetivos na guerra contra Rosas e na [[Guerra do Paraguai]].<ref name=encicrs/>
 
== Assimilação ==
Linha 25 ⟶ 28:
Alguns destes fizeram carreira política, sendo o mais conhecido o [[jornalista]], [[professor]], [[advogado]] e mais tarde [[deputado]] [[Carlos Von Koseritz]], que se destacou na defesa dos direitos políticos dos imigrantes.
 
Outros brummer importantes foram o [[Barão Von Kahlden]], além de [[Wilhelm Von Ter Brüggen]] e Frederico[[Friedrich Hänsel]] que foram membros da Assembléia[[Assembleia Provincial]] do Rio Grande do Sul; [[Herrmann Rudolf Wendroth]], [[pintor]] que registrou em [[aquarela]]s a vida da província naqueles tempos; [[Franz Lothar de la Rue]], primeiro diretor da colônia de Teutônia; Carl Otto Brinckmann, jornalista em [[Santa Maria (Rio Grande do Sul)|Santa Maria]]; [[Carlos Jansen]], jornalista em [[Porto Alegre]].
 
Alguns participaram posteriormente da [[Guerra do Paraguai]], como [[Vítor von Gilsa]] que reuniu 87 [[Voluntários da Pátria]] em [[Blumenau]]; Peter Wilhelm Meyer, instrutor da [[Escola Militar]] e comandante do ''Corpo Provisório de Atiradores''.<ref name=encicrs/>
{{ref-section}}
 
== {{Ver também}} ==
* [[Batalha de Monte Caseros]]
 
{{ref-section}}
 
 
{{esboço-história-BR-RS}}
{{semiw}}
 
[[Categoria:História do Rio Grande do Sul]]