Principado da Acaia: diferenças entre revisões

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|legenda_mapa = O Império Latino com os seus vassalos e os estados gregos sucessores após a partição do Império Bizantino, {{ca.|1204}}. As fronteiras são aproximadas.
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|capital = [[Andravida]] (1205-1249) <br>[[MystrasMistras]] (1249-1261)
|image_coat = Armoiries Achaïe.svg
|symbol_type = Coat of Arms of Achaea
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|footnotes = * The duchy was a client state of, in order, the [[Latin Empire|Latin Emperors]] at [[Constantinople]], the [[Angevin]]s of the [[Kingdom of Naples]]
}}
O '''Principado da Acaia''' também chamado '''Principado da Moreia'''<ref name=pag47> DE LIBERA, pág. 47</ref> (não confundir com o [[Despotado deda Moreia]]) foi um dos três estados [[vassalo]]s do [[Império Latino]] que substituíram o [[Império Bizantino]] depois de ocorrer a captura de [[Constantinopla]] durante a [[Quarta Cruzada]]. Foi criado em [[1210]] quando [[Godofredo I de Villehardouin|Godofredo de Villehardouin]] transformou o [[Peloponeso]], na sua posse, no Principado da [[Acaia]]<ref name=pag47 />.
 
O principado converteu-se em vassalo do [[reino de Tessalônica]], com o [[Ducado de Atenas]], até [[Tessalônica]] ser capturada por Teodoro, o [[Despotado do Épiro|déspota de Épiro]], em [[1224]]. Depois disso, Acaia tornou-se a potência dominante na Grécia, e em meados do {{séc|XIII}}, o tribunal de Andravida foi considerada a melhor representação de cavalheirismo por europeus ocidentais.
== Organização territorial ==
Acaia era relativamente pequena, consistindo na península do [[Peloponeso]] (então conhecido como o MoreaMoreia), mas foi bastante rico, exportador de vinho, uvas passas, cera, mel, azeite e seda. Foi delimitada a norte pelo [[Épiro]] e pelo [[Ducado de Atenas]] e cercado por territórios da [[República de Veneza]], e [[mar Egeu]], incluindo os fortes de Modon e Coron no Peloponeso.
 
[[Godofredo I de Villehardouin]] dividiu o território do seu novo domínio entre seus seguidores. O principado foi dividido em 12 baronatos, cada uma deles constituído por vários feudos menores, que eram unidades territoriais e financeiras, cada uma correspondendo a um rendimento de 1000 ''hyperpyra''. Foram eles: o baronato de Akova (Matagrifon), localizado na [[Arcádia]], com 24 feudos, de Skorta (em Karytaina) com 22 feudos, de Nikli e Geraki com 6 feudos, de Kalavryta com 12 feudos, de Vostitza com 8 feudos, de Veligosti, Gritsena, Passava (em Laconia) e Chalandritsa com 4 feudos, enquanto que o baronato de Kalamata foi mantido como um feudo pessoal dos Villehardouins. Havia também sete baronatos clericais, chefiados pelo bispo de [[Patras]]. Propriedades extensas foram também concedidos às ordens militares dos [[Templários]], [[Hospitalários]] e [[Cavaleiros Teutônicos]].
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== Governo e administração ==
Os senhores mais importantes senhores seculares e eclesiásticos participaram do conselho, que era presidido pelo príncipe. O conselho tinha grande autoridade, e suas decisões eram ratificadas pelo príncipe. Altos funcionários do principado foram também o chanceler, ministro-chefe do príncipe, o marechal, o policial, o tesoureiro, o provedor, responsável pela tesouraria pessoal do príncipe, e os provedor do castelo, que era responsável pela reposição dos castelos.
 
O principado também produziu um conjunto único de leis, a Assizes "da Roménia" {{esclarecer}}, que combinava aspectos do direito [[Império Bizantino|bizantino]] e francês, e se tornou a base para as leis dos outros [[Estadosestados cruzados]]. Vários títulos bizantinos como ''Logothetes protovestarios'' continuaram em uso, embora estes títulos fossem adaptados para as concepções do feudalismo ocidental. O sistema ''pronoia'' bizantino também foi adaptado para o feudalismo ocidental; camponeses (''paroikoi'') tecnicamente propriedade de suas terras, mas as obrigações militares e impostos que não haviam sido submetidos a no âmbito do sistema pronoia foram impostas a eles por seus novos senhores franceses.
 
ElesOs tiveramsúditos quatrodeviam meses para atender a cada ano comservir o exército do principado e apóspor quatro meses dea guardacada emano. vários{{carece castelos.de fontes}} ElesTambém não podiam deixar o principado, excepto com a permissão do príncipe, e mesmo assim teve dedeviam regressar dentro de dois anos e dois dia ou ter seus bens confiscados. {{carece de fontes}}.
 
== O principado no século XIII ==
[[Godofredo I de Villehardouin]] foi sucedido por seu filho [[Godofredo II de Villehardouin]], que governou até sua morte em [[1245]]. Confiscando os impostos eclesiásticos, nos anos [[1221]]-[[1223]], ele construiu um castelo poderoso em Chlemoutsi, perto da atual [[Kyllini]], que usou como sua residência principal. Devido a isso, ele entrou em conflito com a Igreja Católica e foi brevemente excomungado pelo Papa. Quando [[João III Ducas Vatatzes|João III]] de [[Império de Niceia|Niceia]] cercou Constantinopla, em [[1236]], Godofredo II veio ao auxílio do [[Império Latino de Constantinopla]], com 100 cavaleiros, 800 arqueiros e 6 navios.
 
O filho e sucessor de Godofrefo II, [[Guilherme II de Villehardouin]], foi um poeta e trovador, e sua corte teve uma florescente cultura literária, utilizando uma forma distinta de falar francês. Em [[1249]], Guilherme II mudou a capital de Acaia à fortaleza recém-construída de [[MistraMistras]], perto de [[Esparta]] antiga. Em [[1255]], ele se envolveu na Guerra do Terciers da Eubeia, e em [[1259]] aliou-se a [[Miguel II Comnenos Ducas]] (1230-1271), déspota do [[Despotado do Épiro|Épiro]], contra [[Miguel VIII Paleólogo]] de Niceia. No entanto, Miguel II, em seguida, abandonou a aliança para se juntar a Niceia, e Guilherme foi feito prisioneiro na [[batalha de Pelagônia]]. Depois que Miguel [[Reconquista de Constantinopla|recapturou Constantinopla]], em [[1261]], Guilherme foi trocado em [[1262]] por Mistra e o resto do Laconia, que se tornou um despotado bizantino, assim como um juramento de fidelidade ao imperador.
 
Em 1255, ele se envolveu na Guerra do Terciers da Eubeia, e em 1259 aliou-se a [[Miguel II Comnenos Ducas]] (1230-1271), déspota do [[Despotado do Épiro|Épiro]], contra [[Miguel VIII Paleólogo]] de Niceia. No entanto, Miguel II, em seguida, abandonou a aliança para se juntar a Niceia, e Guilherme foi feito prisioneiro na [[batalha de Pelagônia]]. Depois que Miguel [[Reconquista de Constantinopla|recapturou Constantinopla]], em 1261, Guilherme foi trocado em 1262 por Mistras e o resto do Laconia, que se tornou um despotado bizantino, assim como um juramento de fidelidade ao imperador.
No entanto, logo após a sua libertação, Guilherme quebrou seu juramento de fidelidade, e começou a buscar alianças e com a ajuda de várias nações ocidentais. Informado pelo governador local bizantino das acções de Guilherme, Miguel VIII Paleólogo enviou um exército sob o comando de seu meio-irmão, Constantino, contra Guilherme, mas a expedição foi mal sucedida, os bizantinos primeiro a ser encaminhado à [[batalha de Prinitza]] em [[1262]] e, em seguida, após o regresso de Constantino em Constantinopla, sofrendo uma pesada derrota na [[batalha de Makry Plagi]] em [[1263]].
 
No entanto, logo após a sua libertação, Guilherme quebrou seu juramento de fidelidade, e começou a buscar alianças e com a ajuda de várias nações ocidentais. Informado pelo governador local bizantino das acções de Guilherme, Miguel VIII Paleólogo enviou um exército sob o comando de seu meio-irmão, Constantino, contra Guilherme, mas a expedição foi mal sucedida, os bizantinos primeiro a ser encaminhado à [[batalha de Prinitza]] em [[1262]] e, em seguida, após o regresso de Constantino em Constantinopla, sofrendo uma pesada derrota na [[batalha de Makry Plagi]] em [[1263]].
Depois de Guilherme, o principado passou a [[Carlos de Anjou]]. Em [[1267]], Carlos foi dado por Acaia exilado [[Balduíno II de Constantinopla]], que esperava que Carlos pudesse ajudá-lo a restaurar o [[Império Latino]]. Carlos e seus descendentes não se pronunciaram pessoalmente em Acaia, mas mandaram o dinheiro e soldados para ajudar o principado defender-se contra os bizantinos.
 
Depois de Guilherme, o principado passou a [[Carlos de Anjou]]. Em [[1267]], Carlos foi dado porrecebeu Acaia do exilado imperador [[Balduíno II de Constantinopla]], que esperava que Carlos pudesse ajudá-lo a restaurar o [[Império Latino]]. Carlos e seus descendentes não se pronunciaram pessoalmente em Acaia, mas mandaram o dinheiro e soldados para ajudar o principado defender-se contra os bizantinos.
 
== O conflito feudal da Moreia (1307-1383) ==
Nesse período, o principado estava sob uma violenta disputa de sucessão, que se originou da doação do deposto imperador latino [[Balduíno II de Constantinopla]] da soberania da Acaia de [[Carlos I da Sicília]], em troca de apoio à sua tentativa de reconquistar o trono em [[Constantinopla]], uma ação que ignorou os direitos dos príncipes Villehardouin da Acaia. Os reis [[Casa de Anjou|Anjou]] de [[Reino de Nápoles|Nápoles]], posteriormente deram Acaia como feudo a uma série de seus próprios parentes e filhos, que lutaram contra a princesa [[Margarida de Villehardouin]] e seus herdeiros.
 
Carlos II de Nápoles, no início, concedeu o feudo da Moreia (ou Acaia) à princesa [[Isabel de Villehardouin]], mas ele a depôs em [[1307]] e concedeu-o a seu irmão [[Filipe I de Taranto]], que em [[1313]] transferiu-a para Matilda (ou Mafalda, ou Maud) de Hainaut, herdeira de Isabel de Villehardouin, que era casada com [[Luís da Borgonha]], rei titular de [[Reino de Tessalónica|Tessalônica]]. Mas Margarida, filha mais nova de Guilherme II Villehardouin, reivindicou seus direitos em 1307. Em [[1313]], ela reivindicou novamente sem sucesso e, em seguida, transferiu o seu direito de sua filha Isabel de Sabran, esposa de Fernando de Maiorca. O filho de Fernando e Isabel, conhecido como Tiago, o infeliz, foi proclamado príncipe da Moreia em [[1315]] sob a regência de seu pai, que conquistou o principado entre 1315 e [[1316]], mas foi derrotado e executado por Luís de Borgonha e Matilda em [[1316]]. Em 1316, Luís de Borgonha morreu e o rei Roberto de Nápoles depôs Matilda e deu o principado para seu irmão João de Durazzo, com quem Matilda foi brevemente casada sob pressão, antes de ser presa.
 
Em 1313, Margarida reivindicou seus direitos, novamente sem sucesso e, em seguida, transferiu-os à sua filha Isabel de Sabran, esposa de Fernando de Maiorca. O filho de Fernando e Isabel, conhecido como Tiago, o infeliz, foi proclamado príncipe da Moreia em 1315 sob a regência de seu pai, que conquistou o principado entre 1315 e 1316, mas nesse mesmo anos foi derrotado e executado por Luís de Borgonha e Matilda.

Em 1316, Luís de Borgonha morreu e o rei Roberto de Nápoles depôs Matilda e deu o principado para seu irmão João de Durazzo, com quem Matilda foi brevemente casada sob pressão, antes de ser presa. Então João transferiu seus direitos à sua cunhada, [[Catarina de Valois]], a imperatriz titular de Constantinopla, esposa de [[Filipe I de Taranto]], cujo enteado Roberto reivindicou seus direitos até [[1346]], quando ela morreu.

Em [[1349]], James foi sucedido por seu filho James IV (II da Moreia). Em [[1373]], Filipe II transferiu seus direitos para seu primo, soberano e ex-cunhada rainha [[Joana I de Nápoles]], cujo terceiro marido James IV de Maiorca, quando morreu em [[1375]], deixou o seu próprio pedido ao principado, em que ponto, ela tornou-se mais ou menos contestada Princesa de Acaia. No entanto, quando Joana foi presa em [[Nápoles]], em [[1381]], outro, muito mais novo, Tiago de Baux, neto e sobrinho de Catarina de Filipe II, que em [[1374]] tornou-se imperador titular de Constantinopla, aproveitou a oportunidade e tomou Acaia.

Em [[1383]], [[Carlos III de Nápoles]], o sucessor e assassino da rainha [[Joana de Nápoles]], que era neta de João de Durazzo, anexou Acaia e Tiago de Baux foi expulso. Outro reivindicante era João de Acaia Passava, filho ilegitimo de James IV e da barronesa de Passava.
Centurione continuou a exercer o cargo até [[1430]], quando invasões de [[Tomás Paleólogo]], déspota de Morea, obrigou-o a se retirar para seu castelo ancestral. Ele posteriormente casou a sua filha e herdeira, Catarina, de Tomás, e assim por diante a sua morte em [[1432]], o principado foi unido com o despotado. Por volta de [[1450]], seu filho ilegítimo, João Asen, foi o foco de rebeliões contra o Dragases déspota Constantino. Em sua vitória, coroou-se rei da MoreaMoreia, e entregou a João de Acaia a coroa de príncipe de Acaia. Casou sua filha, Maria de Asen com o filho de João de Acaia, simbolizando assim a união completa do Peloponeso, sobre a coroa do Principado de Acaia e Moreia.

A reconquista bizantina teve vida curta, porémpois, como em [[1460]], os [[otomanos]] conquistaram o despotado.
 
Os acontecimentos desse século de conflitos feudais são narrados no texto conhecido como [[Crônica da Moreia]].
 
== Ver também ==
 
* [[Acaia]]
 
{{Referências}}