Juliano (imperador): diferenças entre revisões

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==Primeiros anos==
A data real do nascimento do imperador Juliano é desconhecida, porém a estimativa é que ele tenha nascido no ano de 331. Pertencia à [[dinastia Constantinianaconstantiniana]]: era filho de Júlio Constâncio, meio irmão do imperador [[Constantino I]], e Basilina, seu avós paternos eram o imperador [[Constâncio Cloro]] (que governou durante a [[Tetrarquia]] ) e sua esposa [[Flávia Maximiana Teodora]]. Ainda menino, Juliano assistiu ao assassinato de sua família em um motim militar promovido por seu primo, o imperador [[Constâncio II]] em 337. Os únicos sobreviventes desse massacre foram Juliano e seu meio-irmão [[Constâncio Galo|Galo]]. Os irmãos cresceram sob a constante vigilância de [[Constâncio II]], que lhes destinou uma educação cristã. Contudo, o responsável pela educação de Juliano, o eunuco Mardônio, educou-o nos antigos clássicos pagãos, despertando assim no futuro imperador grande interesse pelo helenismo e o gosto pela leitura. <ref>PEREIRA, 2009, p. 34.</ref> Mais tarde, ele foi autorizado a completar a sua formação intelectual em [[Constantinopla]] e ''[[Nicomédia]]'' (atual [[İzmit]], na [[Turquia]]), onde frequentou escolas [[retórica|retóricas]] de prestígio. Seu irmão Galo foi nomeado [[César (título)|césar]] em 351 e enviado para [[Antioquia]] para combater o usurpador [[Magnêncio]]; porém, foi assassinado em 354 pela acusação de aspirar ao trono imperial. Constâncio II prendeu Juliano, temendo que ele tivesse as mesmas aspirações que seu irmão. Juliano só sobreviveu pela intervenção da imperatriz [[Eusébia]] e depois disso seguiu para [[Atenas]] no intuito de completar sua formação intelectual e religiosa<ref>Amiano Marcelino, ''Res Gestae'', 15.2.8.</ref>.
 
Juliano escreveu, em [[Grego antigo|grego]], várias obras de [[filosofia]] e [[teologia]] pagã, de influência [[neoplatonismo|neoplatônica]]. Uma delas é o libelo anti-cristão chamado ''Contra os galileus''.
 
==Ascensão ao poder==
[[Imagem:Julien l'Apostat, Musée de Cluny.JPG|thumb|esquerda|upright|Juliano, esculpido entre 361-400. [[Museu de Cluny]], Paris.]]
 
[[Imagem:Solidus Julian.jpg|thumb|upright=1.2|esquerda|[[Soldo (moeda)|Soldo]] de Juliano.]]
Em 355, Juliano foi chamado à presença de [[Constâncio II|Constâncio]], na corte em ''[[Mediolanum]]'' (atual [[Milão]]). Nessa ocasião ele foi nomeado [[César_(título)|césar]] do [[Império Romano do Ocidente|Império do Ocidente]] e se casou com a irmã de Constâncio, Helena. Logo depois foi enviado para as [[Gália|Gálias]] com o objetivo de combater as invasões bárbaras que assolavam as fronteiras imperiais naquela região. No início, Juliano contou com uma força de pouco mais de 300 homens, um contingente muito pequeno para a tarefa a ser realizada; porém, segundo o historiador [[Amiano Marcelino]], o jovem césar surpreendeu a todos com a sua experiência militar. O adolescente amante da literatura e da filosofia provou ser um bom soldado. Nos anos seguintes, ele lutou contra as tribos germânicas que tentavam pressionar as fronteiras do [[Império Romano|império]]. Além das habilidades militares que provou ter coma as inúmeras vitórias sobre os bárbaros, ele também se mostrou um bom político e administrador.<ref>PEREIRA, 2009, p.40.</ref>.
 
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==Paganismo==
 
[[Imagem:Solidus Julian.jpg|thumb|upright=1|[[Soldo (moeda)|Soldo]] de Juliano.]]
[[Imagem:Julien l'Apostat, Musée de Cluny.JPG|thumb|esquerda|upright=1.02|Juliano, esculpido entre 361-400. [[Museu de Cluny]], Paris.]]
[[Imagem:Istanbul - Museo archeologico - Sarcofagi imperiali bizantini - Foto G. Dall'Orto 28-5-2006.jpg|thumb|upright=1|Sarcófagos no lado exterior do [[Museu Arqueológico de Istambul]]. O de Juliano é o da esquerda.]]
 
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==Morte de Juliano==
 
Depois de muitos preparativos, Juliano partiu em uma expedição contra os persas em março de 363, no intuito de resolver uma disputa por fronteiras com o [[Império Sassânida]], que se arrastava desde o século III. Essa campanha contra os persas é conhecida em detalhes pelo relato do historiador [[Amiano Marcelino]], que nutria uma profunda admiração por este imperador. Três meses depois, durante uma batalha, Juliano foi ferido por uma lança desconhecida e não resistiu ao ferimento. Morreu ao anoitecer do dia 26 de junho de 363, no sexto ano de seu reinado como césar e aos 32 anos de idade.<ref name="eutropio.10.16">[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]], ''Resumo da História Romana'', 10.16[http://www.forumromanum.org/literature/eutropius/text10.html <nowiki>{{la}}</nowiki>][http://www.forumromanum.org/literature/eutropius/trans10.html <nowiki>{{en}}</nowiki>]</ref><blockquote>"Juliano faleceu sem ter nomeado seu sucessor. Desapareceria, assim, aquele que era não apenas o último representante da [[dinastia Flaviana]], como também a esperança dos pagãos de recuperar o prestígio e a posição política que vinham perdendo para o cristianismo desde o governo de Constantino."<ref>PEREIRA, 2009, 42.</ref></blockquote>
 
Joviano, um dos guarda-costas de Juliano mais famoso por seu pai do que por ele próprio, que o acompanhou na expedição, foi eleito pelos soldados para ocupar o trono. Joviano era mais famoso por seu pai do que por ele mesmo.<ref name="eutropio.10.17">[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]], ''Resumo da História Romana'', 10.17</ref>
 
==Juliano na ficção==
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* ''Juliano'', 1964, romance de [[Gore Vidal]]. (''Julian'' - 1964 - ISBN 0-375-72706-X)
 
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{{Tradução/ref|es|Juliano el Apóstata}}