Otão I do Sacro Império Romano-Germânico: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
Com a morte do pai foi coroado rei dos [[Germânia|Germanos]] em [[Aquisgrana]] (''Aix-La-Chapelle'', em [[Língua francesa|francês]], ou ''Aachen'', em [[Língua alemã|alemão]]), em [[936]], segundo a tradição carolíngia. Em [[955]], em [[Lechefeld]] na Alemanha, Oto I comandou os exércitos germânicos que derrotaram completamente os [[húngaros]], povo de origem eurasiana (semi-nômade), que vinha espalhando terror na Europa ocidental. Foi, provavelmente, o primeiro [[Sacro Imperador Romano]] coroado pelo [[Papa João XII]] em [[962]] (embora [[Carlos Magno]] tenha sido coroado imperador em [[800]], o seu império desagregou-se devido às disputas entre os seus descendentes pela sucessão, e depois do assassínio de [[BerengarBerengário de Friuli]] em [[924]], o trono imperial permaneceu vazio durante quase quarenta anos).
 
== Início do reinado ==
Oto sucedeu a seu pai como rei dos Alemães em [[936]]. No seu banquete de coroação, Oto fez com que os outros quatro duques do império (os duques da [[Francônia]], [[Suábia]], [[Baviera]] e [[Ducado de Lorena|Lorena]]) o servissem como seus atendentes pessoais, seguindo a tradição carolíngea. Assim, do começo de seu reinado, ele indicou que ele era o sucessor de [[Carlos Magno]], cujos últimos herdeiros na [[França Oriental]] morreram em [[911]], e que ele possuía o apoio da igreja alemã, com seus poderosos bispos e abades. Oto pretendia dominar a igreja e usá-la como uma instituição unificadora nas terras alemãs para estabelecer um poder imperial teocrático. A igreja oferecia bens, poder militar e seu monopólio da educação. O imperador oferecia poder e proteção contra os nobres.
 
Em [[938]], um rico veio de prata foi descoberto em [[Rammelsberg]] na [[Saxônia]]. A riqueza mineral ajudou a fundar as atividades de Oto durante seu reinado.
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Devido ao fato de Oto I indicar pessoalmente os bispos e abades, sua autoridade central foi fortalecida, e as classes superiores da igreja Alemã funcionavem de certa forma como parte da burocracia imperial. Os conflitos por estes poderosos bispados pelos sucessores de Oto e o poder crescente do [[papado]] durante as [[Reformas Gregorianas]] levariam eventualmente, no [[século XI]], ao [[Conflito da Investidura]] e a derrocada da autoridade central na Alemanha.
 
=== Renascença Otonianaotoniana ===
Uma [[renascença]] limitada das artes e arquitetura foi patrocinada por Oto e seus sucessores imediatos. A "Renascença Otoniana" manifestou-se no restabelecimento de algumas escolas de catedrais, tais como as de [[Bruno I, Arcebispo de Colônia]], e na produção de [[manuscritos iluminados]], a maior forma de arte dessa época, de alguns [[scriptorium|scriptoria]], tais como o da [[Abadia de Quedlinburg]], fundada por Oto em [[936]]. As abadias e a corte imperiais tornaram-se centros de vida espiritual e religiosa, lideradas pelo exemplo das mulheres da família real. Escandalizado pelo estado da liturgia em Roma, Oto comissionou o primeiro [[Livro Pontifical]] da história, um [[livro litúrgico]] contendo preces e rituais. A compilção do Pontifical Romano-Germânico, como é chamado agora, foi supervisionada pelo arcebispo Guilherme de Mainz.