República de Pisa: diferenças entre revisões

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A '''República de Pisa''' foi, ''[[de facto|]]''de facto'']], um [[Estado]] independente localizado na [[península Itálica]], que existiu entre [[1060]] e [[1406]], cuja capital era a cidade de [[Pisa]]. Ela cresceu de forma a tornar-se uma força económica, um centro comercial cujos mercadores dominaram o [[mar Mediterrâneo]] e a [[península Itálica]] no sector comercial, antes de ser superada por [[Génova]]. O poder de Pisa como uma poderosa nação marítima começou a crescer e chegou ao seu auge no [[século XI]] quando adquiriu fama tradicional como uma das [[Repúblicas marítimas|quatro principais repúblicas marítimas históricas de Itália]].
 
== Ascensão ao poder ==
Naquela época, a cidade era um importante centro comercial e controlava uma frota significativa da marinha mercante do [[Mediterrâneo]]. Ela expandiu o seu poder em [[1005]] pelo saque de [[Reggio di Calabria]], no sul da Itália. Pisa continuou em conflito com os [[sarracenos]], que tinham as suas bases em [[Sardenha]] e [[Córsega]], para o controlo do Mediterrâneo. Em [[1017]], foi conquistada a Sardenha, em aliança com a [[República de Génova]], pela derrota do rei mouro Mugahid. Esta vitória deu a supremacia de Pisa sobre o [[mar Tirreno]]. Quando os pisanos, posteriormente, afastaram os genoveses da Sardenha, um novo conflito e rivalidade nasceu entre as duas Repúblicas. Entre [[1030]] e [[1035]], Pisa venceu várias batalhas contra cidades rivais na [[Sicília]] e conquistou [[Cartago]], no Norte de África. Entre [[1051]] e [[1052]], o almirante Jacopo Ciurini conquistou Córsega, provocando mais ressentimentos aos genoveses. Em [[1063]], os pisanos abordaram o Normando [[Rogério I da Sicília]], que conduzia uma campanha que devia durar mais de três décadas para conquistar Sicília, com a perspectiva de um ataque conjunto em Palermo. Rogério desistiu devido a outros compromissos que ele tinha. O ataque de Pisa, sem qualquer apoio terrestre, fracassou.
 
Pisa, em [[1060]], teve de intervir na sua primeira batalha com Génova. A vitória dos pisanos ajudou a consolidar a sua posição no Mediterrâneo. O [[Papa Gregório VII]] reconheceu em [[1077]] "As leis e os costumes do mar" instituídas pelos pisanos, e o imperador [[Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico|Henrique IV]] concedeu-lhes o direito a ter cônsules, aconselhado por um Conselho de Anciãos. Esta foi apenas uma confirmação da situação actual, porque nesses anos o marquês já tinha sido excluído do poder. Em [[1092]], o [[Papa Urbano II]] adjudicou a supremacia de Pisa sobre Córsega e Sardenha, e ao mesmo tempo elevar a vila à categoria de arcebispado. Pisa saqueou a cidade [[Tunísia|tunisina]] de [[Mahdia]] em [[1088]]. Quatro anos mais tarde, navios genoveses e pisanos ajudaram [[Afonso VI de Leão e Castela]] para expulsar [[El Cid]] de [[Valência (Espanha)|Valência]].
 
== Pisa e as Cruzadas ==
Uma frota pisiana de 120 navios participou na [[Primeira Cruzada]] e os pisanos foram determinantes para a tomada de [[Jerusalém]] em [[1099]]. No seu caminho para a Palestina, os navios não perderam a ocasião para saquear algumas ilhas bizantinas: os expedicionários pisanos foram liderados pelo seu arcebispo Daibert, o futuro patriarca de Jerusalém.
 
Pisa e outras [[repúblicas marítimas]] aproveitaram-se da Cruzada para estabelecer postos comerciais e colónias em regiões costeiras do leste da [[Síria]], [[Líbano]] e [[Palestina]]. Em particular, os pisanos fundaram colónias em [[Antioquia]], [[Acre (Israel)|Acre]], [[Jaffa]], [[Trípoli (Líbano)|Trípoli]], [[Tiro]], [[Jaffa]], [[Latakia]] e Accone. Eles também tinham outras possessões em Jerusalém e em [[Cesareia Marítima|Cesaréia]], e mais algumas pequenas colónias (com menos autonomia), no [[Cairo]], [[Alexandria]] e, claro, em [[Constantinopla]], onde o imperador bizantino [[Aleixo I Comneno]], concedeu-lhes direitos especiais de atracarem e de negociarem. Em todas estas cidades, foram concedidos privilégios e imunidade de tributação aos pisanos, mas tiveram que contribuir para a defesa em caso de ataque. No [[século XII]], um quartel pisano situado na parte oriental de Constantinopla tinha crescido para 1000 pessoas. Durante alguns anos desse século, Pisa foi o mais proeminente comerciante e aliado militar do [[Império Bizantino]], superado somente por [[República de Veneza|Veneza]].
 
== Declínio de Pisa ==
O poder de Pisa como uma potência internacional foi definitivamente destruído pela esmagadora derrota na [[Batalha de Meloria (1284)|Batalha marítima de Meloria]] contra [[República de Génova|Génova]], em [[1284]], na qual a maioria dos seus barcos foram destruídos e muitos dos marinheiros foram capturados como prisioneiros. Em [[1290]], um atentado contra os navios genoveses no porto pisano causaram a sua destruição.
 
Como parte dos domínios da [[Casa de Visconti]] após [[1399]], Pisa, em seguida, foi vendida a [[República de Florença|Florença]], em [[1402]], após uma sangrenta e inútil resistência, o município foi finalmente dominado em [[1406]].
 
== Bibliografia ==
* [[John Julius Norwich|Norwich, John Julius]]. ''The Normans in the South 1016-1130''. Longmans: [[London]], [[1967]].
 
=={{ Ver também}} ==
* [[Repúblicas marítimas]]
* [[Pisa]]
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[[Categoria:Antigos Estados extintos da Itália|República de Pisa]]
[[Categoria:Pisa]]
[[Categoria:Repúblicas marítimas|Pisa]]
 
{{Bom interwiki|ru}}
 
[[it:Storia di Pisa]]