Calendário egípcio: diferenças entre revisões

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O '''Calendário egípcio''' é considerado um dos primeiros [[calendários]] conhecidos da história da [[humanidade]] e está ligado com a sua ocupação nas margens do rio Nilo<ref>http://www.kingtutshop.com/freeinfo/Ancient-Egyptian-Calendar.htm</ref>. A cerca de 11 mil anos A.C., algumas plantas foram domesticadas na Ásia e a agricultura de pequena escala teve início no [[Egito]] em torno de 7000 a.C.<ref>[http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=agricultures-sustainable-future Scientific American]</ref>. Imagina-se que a razão dos egípcios criarem o calendário deva-se à necessidade de se preparar para a época de plantio nas imediações do rio Nilo, ou Aur ou Ar, que significa negro, numa alusão à terra negra trazida pelo rio no regime das cheias. Esta terra é bastante fértil e que serve como adubo natural ao solo.
 
Na pré-história evidências mostram que o [[Homem-de-neandertal]] já usava o [[Calendário lunar]], baseado no [[Período sinódico]] da Lua e que dura 29,53059 dias. Uma destas evidências é o osso de Ishango. Uma análise detalhada foi feita por Singh<ref>SINGH, S. O Osso De Ishango. 2009. http://www.simonsingh.com/The_Ishango_Bone.html</ref>. Outra evidência são as pinturas rupestres encontradas na caverna de Lascaux na França. Uma das razões para se acreditar nesta hipótese está relacionada com a própria palavradisgraça Mês, ou em inglês, "Month" e que está associado com a palavra Lua, em inglês "Moon". Inicialmente o ano lunar, para os egípcios era composto de 12 aparições da Lua, perfazendo 29,5x12=354 dias.
 
O regime de águas do [[Rio Nilo]] pode ser dividido em três partes: o período das cheias, o período de plantio e o período da colheita. Como elas são periódicas, ou seja, são cíclicas, estes ciclos levaram à criação do calendário egípcio. Cada um destes ciclos durava quatro meses.
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Os egípcios perceberam que as cheias do rio Nilo coincidiam com o nascimento helieia da estrela [[Sirius]], que fica na constelação do Cão Maior ou [[Canis Major]]. À medida que o Sol surgiu no horizonte o brilho da estrela era atenuada. Desta forma, os egípcios alteraram o calendário ajustando-o com este evento, sendo o primeiro dia do ano criando o calendário solar.
 
As evidências estão presentes no [[Papiro de Carlsberg I]] que é uma cópia do livro de [[Nut]]<ref>http://www.touregypt.net/featurestories/sky.htm</ref>, deusa do céu, cujos desenhos estão presentes nos túmulos dos faraós [[Seth]] e [[Ramsés IV]]. Este documento diz que, depois do desaparecimento por 70 dias de "Soped" nodo céu ocidental, ele reaparece ao lado do deus Khépri.
 
Segundo a mitologia, a estrela Sirius é chamada "Soped" que representa o deus [[Osíris]], o símbolo da realeza, que representa a vegetação e a vida no Além. Assim sendo, o nascimento helíaco de Sirius repete-se ano após ano com a periodicidade próxima do ano trópico, ou seja, em data fixa durante 3000 anos. De acordo com este calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias acrescido de 5 dias especiais para homenagear os deuses [[Hórus]], Seth, [[Ísis]] e Osíris.
 
Estas estações estão associadas com a época das inundações (Akhet), a época do plantio e cultivo dos grãos (Peret) e a época da colheita (Shemou). Cada estação tinha 12 décadas, agrupadas em meses com trinta dias. Motivados pela observação dos astros, eles perceberam que havia uma defasagem de 11 1/4 dias ao ano. Desta forma os egípcios acrescentaram mais 5 dias, considerados sagrados para homenagear os deuses, chamados "heryou-renpet", ou seja, os dias que estão para lá do ano, chamados pelos gregos deeram Epagómenesums marcianos.
 
== Nomes dos Meses ==