Demografia do Brasil: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
PauloMSimoes (discussão | contribs)
m Foram revertidas as edições de 189.10.211.142 para a última revisão de PauloMSimoes, de 01h45min de 10 de julho de 2017 (UTC)
ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro, ajustes gerais nas citações, outros ajustes usando script, +correções semiautomáticas (v0.53/3.1.39/0.4)
Linha 1:
'''Demografia do Brasil''' é um [[Lista de disciplinas acadêmicas|domínio de estudos e conhecimentos]] sobre as características [[Demografia|demográficas]] do [[território]] brasileiro. O [[Brasil]] possui cerca de {{fmtn|190755799}} [[habitante]]s, segundo [[censo demográfico do Brasil de 2010]] realizado pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE), destacando-se como a [[Lista de países por população|quinta nação mais populosa]] do [[Terra|planeta]].<ref>{{Citar web|url=http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-brasileira.htm|titulo=População brasileira - Mundo Educação|acessodata=2017-02-11|obra=Mundo Educação|lingua=pt-BR}}</ref> Os indicadores demográficos e as características da população no Brasil são verificadas diretamente por meio de [[censo|operações censitárias]] realizadas a cada dez anos pelo IBGE, desde sua criação em 1936. No [[Censo demográfico no Brasil|censo demográfico brasileiro]], a população é contada em todo o [[Território brasileiro|território do Brasil]] e os resultados são usados pelo [[Governo do Brasil|governo]] no desenvolvimento de [[políticas públicas]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/metodologia/default_metodologia.shtm|titulo=Metodologia do Censo Demográfico 2010|data=|acessodata= 11 de fevereiro de 2017|obra=www.ibge.gov.br|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.ibge.gov.br/censo/censobrasil.shtm|titulo=A História do Censo no Brasil|data=|acessodata= 11 de fevereiro de 2017|obra=Censo 2000|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
O [[sobrenome]] mais popular do Brasil é [[Sousa (sobrenome)|''Souza'']] (ou ''Sousa''), seguido de [[Silva (apelido)|Silva]], este último com um milhão de nomes nas listas telefônicas da [[Brasil Telecom]], [[Telemar]] e [[Telecomunicações de São Paulo|Telesp]].<ref>{{Citar periódico|data=2011-04-18|titulo=Por que tem tanto “Silva” no Brasil? {{!}} Mundo Estranho|jornal=Mundo Estranho|url=http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287540.shtml}}</ref> Ainda segundo o censo de 2010, os [[Prenome|prenomesprenome]]s mais comuns no país são {{dic|Maria}}, com {{fmtn|11734129 pessoas}} pessoas e {{dic|José}}, com {{fmtn| 5754529}} pessoas}}.<ref>{{Citar web|url=http://censo2010.ibge.gov.br/nomes/#/ranking|titulo= Nomes no Brasil|data= 2010|acessodata= 10 de julho de 2017|obra=Censo 2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Índices demográficos ==
Linha 16:
 
{| class="wikitable" style="text-align:center;"
|+ '''Densidade demográfica no [[Brasil]]'''
!style="background:powderblue;"|Região !!style="background:powderblue; width:160px;"|Estados !!style="background:powderblue;"|Municípios !!style="background:powderblue;"|População!!style="background:powderblue;"|%
|- style="background:cornsilk;"
|'''[[Região Norte do Brasil|Região Norte]]''' ||style="text-align:left;"|{{BR-AC}}<br />{{BR-AP}}<br />{{BR-AM}}<br />{{BR-PA}}<br />{{BR-RO}}<br />{{BR-RR}}<br />{{BR-TO}} ||450 ||17.231.027{{fmtn|17231027}} ([[2014]])||{{barra|8}} {{percentagem2|17231027|204450649}}
|- style="background:cornsilk;"
|'''[[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]]''' ||style="text-align:left;"|{{BR-AL}}<br />{{BR-BA}}<br />{{BR-CE}}<br />{{BR-MA}}<br />{{BR-PB}}<br />{{BR-PE}}<br />{{BR-PI}}<br />{{BR-RN}}<br />{{BR-SE}} ||{{fmtn|1793}} ||56.560.081{{fmtn|56560081}} ([[2015]])<ref>[ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2015/estimativa_dou_2015_20150915.pdf "ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2015"]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2015. Consultado em 24 de setembro de 2015.</ref>||{{barra|28}} {{percentagem2|56560081|204450649}}
|- style="background:cornsilk;"
|'''[[Região Centro-Oeste do Brasil|Região<br />Centro-Oeste]] ||style="text-align:left;"|{{BR-DF}}<br />{{BR-GO}}<br />{{BR-MT}}<br />{{BR-MS}} ||467<ref>[{{Citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-centro-oeste.htm|titulo=Região ACentro-oeste. Região Centro-Oeste -do brasilescola.uol.com.br],Brasil visitada- emBrasil {{dtlinkEscola|data=|acessodata=12 de março de 2016|3obra=Brasil Escola|2016publicado=|ultimo=|primeiro=}}.</ref> ||15.219.608{{fmtn|15219608}} (2014)<ref>[ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2014/estimativa_dou_2014.pdf "ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2014"]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2014. Consultado em 213 de setembro de 2014.</ref> ||{{barra|7}} {{percentagem2|15219608|204450649}}
|- style="background:cornsilk;"
|'''[[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]]''' ||style="text-align:left;"|{{BR-ES}}<br />{{BR-MG}}<br />{{BR-RJ}}<br />{{BR-SP}} ||{{fmtn|1668}}<ref>[{{Citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-sudeste.htm A |titulo=Região Sudeste -do brasilescola.uol.com.br],Brasil visitada- emBrasil {{dtlinkEscola|data=|acessodata=12 de março de 2016|3obra=Brasil Escola|2016publicado=|ultimo=|primeiro=}}.</ref> ||85.115.623{{fmtn|85115623}} (2014) ||{{barra|42}} {{percentagem2|85115623|204450649}}
|- style="background:cornsilk;"
|'''[[Região Sul do Brasil|Região Sul]]''' ||style="text-align:left;"|{{BR-PR}}<br />{{BR-SC}}<br />{{BR-RS}} ||{{fmtn|1191}} ||29.016.114{{fmtn|29016114}} (2014)<ref>[ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2014/estimativa_dou_2014.pdf "ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2014"]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2014. Consultado em 13 de setembro de 2014.</ref> ||{{barra|14}} {{percentagem2|29016114|204450649}}
|- style="background:powderblue;"
|'''[[Brasil]]''' ||26 e um Distritodistrito Federalfederal ||[[Lista de municípios do Brasil|{{fmtn|5570}}]] ||colspan=2|204.450.649{{fmtn|204450649}} (2015)<ref>[http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2972 "IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2015"]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2015. Consultado em 28 de agosto de 2015.</ref>
|}
 
Linha 66:
]]
 
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a [[taxa de fecundidade|taxa média de fecundidade]] no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de {{Fmtn|2.1}} filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração {{Fmtn|0.1}} é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.<ref name="mundoeducacao.com.br">{{Citar web|url=http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/taxa-fecundidade-no-brasil.htm|titulo=Taxa de fecundidade no Brasil – Fecundidade no Brasil - Mundo Educação|acessodata=2016-12-21|obra=Mundo Educação|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2010-09-08|titulo=Taxa de fecundidade volta a crescer após sete anos, aponta Pnad|jornal=Brasil|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/09/ibge-taxa-de-fecundidade-volta-a-crescer-apos-7-anos.html|idioma=pt-BR}}</ref><ref>[{{Citar periódico|ultimo=Chade|primeiro=Jamil|data=13 de abril de 2011|titulo=Brasil já tem taxa de natalidade igual à de países desenvolvidos|jornal=O Estado de S.Paulo|url=http://wwwarchive.estadao.com.bris/estadaodehojePBkev|arquivourl=http:/20110413/not_imp705513,0archive.php]is/PBkev|arquivodata=2012-12-31}}</ref> Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia [[caucasiano|branca]] e elevando-se entre as [[mestiço|pardas]]. Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.
 
Há também variações regionais: as taxas são menores no [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] ({{Fmtn|1.75}} filho por mulher), no [[Região Sul do Brasil|Sul]] ({{Fmtn|1.92}} filho por mulher) e no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] ({{Fmtn|1.93}} filho por mulher). No [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] a taxa de fecundidade é de {{Fmtn|2.04}} filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de reposição populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos. A maior taxa de fecundidade do país é a da [[Região Norte do Brasil|Região Norte]] ({{Fmtn|2.51}} filhos por mulher), ainda assim abaixo da média mundial.<ref name="mundoeducacao.com.br"/>
 
=== Expectativa de vida ===
No [[Brasil]], a [[expectativa de vida]] está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres,<ref name="cia.gov">{{Citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html#People |titulo=CIA - The World Factbook - Brazil<!-- Titulo gerado automáticamente -->|data=|acessodata= [[2 de Abril]]abril de [[2010]] |publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> conforme estimativas para [[2010]]. Dessa forma, esse país se distância das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos ([[Mauritânia]], [[Guiné]], [[Níger]] e outras), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos ([[Noruega]], [[Suécia]] e outras).
 
A expectativa de vida varia na razão inversa da [[taxa de mortalidade]], ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no [[Brasil]], paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da [[expectativa de vida]].
Linha 99:
O [[Brasil]] é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as [[religião|religiões]]. A população brasileira é majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte [[catolicismo|católica]] (70%).<ref name="Censo2000Religiao">IBGE, ''[http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/religiao_Censo2000.pdf População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião]'', Censo Demográfico 2000. Acessado em 13 de dezembro de 2007</ref> Herança da colonização [[Portugal|portuguesa]], o [[Igreja Católica|catolicismo]] foi a [[religião oficial]] do Estado até a [[Constituição brasileira de 1891|Constituição Republicana de 1891]], que instituiu o [[Estado laico]]. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas são [[protestantes]]: [[pentecostais]], [[episcopais]], [[metodistas]], [[Luteranismo|luteranas]] e [[batistas]]. Há mais de um milhão e meio de [[espíritas]] ou [[Kardecismo|kardecistas]] que seguem a [[Doutrina espírita|doutrina]] de [[Allan Kardec]]. Existem também seguidores da [[Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias]], uma minoria de [[judeus]], [[muçulmanos]], [[budistas]], [[Neopaganismo|neopagãos]] e seguidores do [[Candomblé]] e da [[Umbanda]].<ref>[http://www.fmpsd.ab.ca/schools/df/brazil/mreligion.htm History of Religion in Brazil]</ref> Cerca de 7,4% da população (cerca de 12,5 milhões de pessoas) declarou-se [[sem religião]] no último censo, podendo ser [[agnosticismo|agnósticos]], [[ateísmo|ateus]] ou [[deísmo|deístas]].<ref name="Censo2000Religiao"/>
 
A [[Constituição brasileira de 1988|Constituição]] prevê a [[liberdade de religião]] e a [[Igreja]] e o [[Estado]] estão oficialmente [[Separação Igreja-Estado|separados]], sendo o [[Brasil]] um [[sem religião#Estado laico|Estado oficialmente laico]],<ref>{{citar web|url=http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8519|titulo=Brasil: Estado laico e a inconstitucionalidade da existência de símbolos religiosos em prédios públicos|ultimo=Fernando Fonseca de Queiroz|data=Outubro de 2005|publicado=Jus Navigandi|acessodata=30/11/2009}}</ref> embora muitos grupos tenham reivindicados direitos sociais no Brasil alegando que eles ainda não existem por questões religiosas.<ref>{{nota de rodapé|Vide o caso, por exemplo, dos homossexuais e os [[Direitosdireitos LGBT no Brasil]].<ref>{{citar [web|URL=http://www.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf |título=Programa Nacional de Direitos Humanos 2009 (PNDH-3)|autor=Brazil|data=|publicado=||acessodata=19 de Brazil].<brnovembro de 2010}}</ref><ref>{{en}}citar Julio Severo."[web|URL=http://www.profam.org/pub/rs/rs.2305.htm |título=Behind The Homosexual Tsunami in Brazil]"<br|autor=Julio Severo|data=|publicado=|acessodata=19 de novembro de 2010|língua=en}}</ref>[<ref>{{citar web|URL=http://www.dolado.com.br/noticias/uniao-homossexual-e-mantida-no-programa-de-direitos-humanos.html |título=União homossexual é mantida no Programa de Direitos Humanos|autor=|data=Janeiro de 2010]. Ligações externas acessadas em |publicado=|acessodata=19 de novembro, de 2010.}}</ref>}} A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de [[intolerância religiosa]], no entanto, a [[Igreja Católica]] goza de um estatuto privilegiado<ref>[{{Citar periódico|data=2009-10-08|titulo=Senado aprova acordo com o Vaticano|jornal=O Globo|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/10/08/senado-aprova-acordo-com-vaticano-767959739.asp Senado aprova acordo com o Vaticano]}}</ref> e, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial.<ref name="USDS">{{Citar web| título = Brazil | booktitle títulolivro= International Religious Freedom Report | publicado = U.S. Department of State | data = 2005-11-08 | url = http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2005/51629.htm | acessodata = 2008-06-08 }}</ref>
 
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de [[Neopentecostalismo|igrejas neopentecostais]], o que diminuiu o número de membros tanto da [[Igreja Católica]] quanto das [[religiões afro-brasileiras]].<ref>[http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id{{Citar periódico|ultimo=3378|primeiro=|data=11 de Julho de 2002|titulo=Brasil, um país com mais evangélicos e menos católicos]|jornal=Jornal da Ciência|doi=|url=http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=3378|acessadoem=|arquivourl=http://archive.is/wmHT|arquivodata=2012-08-03}}</ref> Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último [[Censo demográfico|censo]] realizado.<ref>[http://www2.ibope.com.br/calandrakbx/filesmng.nsf/Opiniao%20Publica/Downloads/Opp992-criacionismo.pdf/$File/Opp992-criacionismo.pdf IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística. ''Pesquisa de Opinião Pública sobre Criacionismo''. Dec. 2004].</ref>
 
=== Composição por idioma falado ===
Linha 122:
A população atual do Brasil é muito diversa, tendo participado de sua formação diversos povos e [[etnia]]s. Atualmente, o [[IBGE]] utiliza para fins censitários 5 categorias no Brasil, baseado na raça e cor da pele: [[Brasileiros brancos|branco]], [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]], [[Afro-brasileiro|preto]], [[Pardos|pardo]] e [[Brasileiros asiáticos|amarelo]]. De forma geral, a população brasileira foi formada por cinco grandes ondas [[Migração humana|migratórias]]:
 
* Os diversos povos indígenas, autóctones do Brasil, [[Linhagem|descendentes]] de grupos humanos que migraram da [[Sibéria]], atravessando o [[Estreito de Bering]], aproximadamente 9.0009000 a.C.
* Os colonos [[portugueses]], que chegaram para explorar a [[Colônia (história)|colônia]] desde a sua descoberta, em 1500, até a sua independência, em 1822.
* Os [[África|africanos]] trazidos na forma de [[escravo]]s para servirem de mão-de-obra, em um período de tempo que durou de 1530 a 1850.
Linha 128:
* Imigrações recentes de diversas partes do mundo, sobretudo [[Ásia]] e [[Oriente Médio]].
 
Acredita-se que o [[Américas|Continentecontinente Americanoamericano]] foi povoado por três ondas migratórias vindas do Norte da Ásia. Os [[indígena]]s brasileiros são, provavelmente, descendentes da primeira leva de migrantes, que chegou à região por volta de 9.0009000 a.C. Os principais grupos indígenas, de acordo com sua origem linguística, eram os de línguas [[macro-tupi]]s, [[macro-jê]]s, [[Línguas aruaques|aruaques]] (ou maipurés) e [[Línguas caribes|caraíbas]] (ou caribes). A população indígena original do Brasil (entre 3-5 milhões) foi em grande parte exterminada ou assimilada pela população portuguesa. Os [[mameluco]]s (ou [[caboclo]]s, [[mestiço]]s de [[branco (raça)|branco]] com [[índio]]) se multiplicavam às centenas pela colônia.
 
Um outro elemento formador do povo brasileiro chegou na forma de [[escravo]]. Os [[África|africanos]] começaram a ser trazidos para a colônia na [[década de 1530]], para suprir a falta de mão-de-obra. Inicialmente, chegaram escravos de [[Guiné]]. A partir do século XVIII, a maior parte dos cativos era trazida de [[Angola]] e, em menor medida, de [[Moçambique]]. Na [[Bahia]], os escravos eram majoritariamente oriundos do [[Golfo de Benim]] (atual [[Nigéria]]). Até o fim do tráfico negreiro, em 1850, entre 3-5três e cinco milhões de africanos foram trazidos ao Brasil<ref>{{Citar web periódico|url=http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=41852|data=25 de Outubro de 2006|acessodata=|obra=|publicado=Jornal da Ciência|ultimo=|primeiro=|autor=|arquivourl=http://archive.is/wloZ|arquivodata=10.9.2012|título=O Brasil não é bicolor, artigo de Carlos Lessa |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>-37% de todo o tráfico negreiro efetuado entre a África e a [[América]].
 
A [[Imigração no Brasil|imigração europeia no Brasil]] iniciou-se no [[século XVI]], sendo dominada pelos [[portugueses]]. [[Países Baixos|Neerlandeses]] (a partir das [[invasões holandesas do Brasil]]) e [[França|franceses]] (a partir da [[França Antártica]]) também tentaram colonizar o Brasil no [[século XVII]], mas sua presença durou apenas algumas décadas. Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte vieram 600 mil, em uma média anual de dez mil colonos. A primeira região a ser colonizada pelos portugueses foi o [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]]. Pouco mais tarde, os colonos passaram a colonizar o litoral do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]]. O [[interior do Brasil]] só foi colonizado no [[século XVIII]]. Os portugueses foram o único [[Etnia|grupo étnico]] a se espalhar por todo o Brasil, principalmente graças à ação dos [[bandeirante]]s ao desbravarem o interior do país no século XVIII.
 
== Geografia urbana ==
A população [[zona urbana|urbana]] brasileira é maior que a [[zona rural|rural]] desde 1950.<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=IBGE|titulo=IBGE {{!}} 7 a 12 {{!}} vamos conhecer o Brasil {{!}} Nosso Povo {{!}} Características da população|jornal=Portal IBGE|url=http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-povo/caracteristicas-da-populacao.html|idioma=pt-br}}</ref> Pelo censo de 2010, a distribuição conforme o local do domicílio era 160 contra 30 milhões de habitantes, aproximadamente.<ref name=":0" /> Proporcionalmente também a predominância urbana tem aumentado, bastando contrapor os {{fmtn|84.36|%}}% de habitantes com domicílio na zona urbana em 2010 e os {{fmtn|67.70|%}}% em 1980.<ref name=":0" /> O processo da [[urbanização]] foi acompanhado da [[Industrialização no Brasil|industrialização]], [[mecanização agrícola]] e concentração fundiária, ao substituir o modelo agrário-exportador pelo urbano-industrial.<ref>{{Citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao-no-brasil.htm|titulo=Urbanização brasileira - Brasil Escola|acessodata=2017-02-11|obra=Brasil Escola|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico|titulo=Urbanização brasileira - educação|jornal=Geografia - educação|url=http://educacao.globo.com/geografia/assunto/urbanizacao/urbanizacao-brasileira.html}}</ref> Ocorrido essencialmente pela via do [[êxodo rural]], o processo é avaliado como rápido e desordenado e acarretou os problemas urbanos da [[favelização]], da [[violência urbana]], da [[poluição]] e das [[inundação|inundações]].<ref name=":1" /> A despeito da predominância urbana obtida no século XX, 90% dos municípios brasileiros possuem menos de cinco mil habitantes, o que leva a considerações [[sociologia|sociológicas]] sobre a ruralidade das [[relações sociais]] dessa parte da população.<ref>{{Citar periódico|titulo=População rural do Brasil é maior que a apurada pelo IBGE, diz pesquisa|jornal=Agência Brasil|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-03/pesquisa-diz-que-populacao-rural-do-brasil-e-maior-que-apurada-pelo-ibge|idioma=pt-br}}</ref>
 
Espacialmente as cidades se concentram no [[Litoral do Brasil|litoral]] como resultado da [[colonização de exploração]].<ref name=":2">{{Citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/populacao-brasileira-ainda-se-concentra-no-litoral-diz-ibge-29102013|titulo=População brasileira ainda se concentra no litoral, diz IBGE - Notícias - R7 Brasil|acessodata=2017-02-11|obra=noticias.r7.com|lingua=pt-br}}</ref> A fundação de [[Brasília]] como capital contribuiu para a interiorização da população, como também outras capitais planejadas como [[Teresina]] e [[Belo Horizonte]].<ref name=":2" /> Assim, destacam-se eixos de intensa concentração urbana como o [[Vale do Paraíba|vale do Paraíba do Sul]],<ref name=":2" /> simbolizando a conexão entre os dois principais núcleos de uma [[Megalópole Rio-São Paulo|megalópole Rio–São Paulo]]; mas também a [[Zona da Mata]], onde estão seis das nove capitais nordestinas,<ref>{{Citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-irregularidade-na-distribuicao-populacao-nordeste.htm|titulo=A irregularidade na distribuição da população do Nordeste - Brasil Escola|acessodata=2017-02-11|obra=Brasil Escola|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo=Zona da Mata - Geografia do Nordeste|jornal=InfoEscola|url=http://www.infoescola.com/geografia/zona-da-mata/|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/zona-mata.htm|titulo=Zona da Mata. A sub-região Zona da Mata - Mundo Educação|acessodata=2017-02-11|obra=Mundo Educação|lingua=pt-BR}}</ref> e o recente [[Eixo Goiânia-Brasília|Eixo Goiânia–Anápolis–Brasília]], longe da costa atlântica.<ref>{{Citar periódico|data=2011-06-16|titulo=A aglomeração Goiânia-Anápolis-Brasilia: notas de pesquisa e sugestões de políticas {{!}} de Brasilmar Ferreira Nunes – Revista Z Cultural|jornal=Revista Z Cultural|url=http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/a-aglomeracao-goiania-anapolis-brasilia-notas-de-pesquisa-e-sugestoes-de-politicas-de-brasilmar-ferreira-nunes/|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.portalbrasil.net/estados_go.htm|titulo=Brasil - Goiás|data=|acessodata=2017-02-11|obra=www.portalbrasil.net|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{citar periódico|ultimo=Moura|primeiro=Rosa|data=jul./dez.julho–dezembro de 2004|titulo=Morfologias de Concentração no Brasil: o que se configura além da metropolização?|jornal=REVISTA PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO|numero=n.107|paginas=p.77-92|local=Curitiba|doi=|url=http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/107/rosa_moura_morfologia.pdf|formato=PDF|acessadoem=11 de fevereiro de 2017}}</ref>
 
=== Hierarquia e rede urbanas ===
Linha 153:
* ''Metrópoles regionais'': constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles regionais [[Belém (Pará)|Belém]], [[Belo Horizonte]], [[Curitiba]], [[Fortaleza]], [[Goiânia]], [[Manaus]], [[Porto Alegre]], [[Recife]] e [[Salvador (Bahia)|Salvador]]
* ''Capitais regionais'': constituem o terceiro nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos. Dividem-se em três níveis:
*:* ''Capitais regionais A'': [[Aracaju]], [[Campinas]], [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], [[Cuiabá]], [[Florianópolis]], [[João Pessoa]], [[Maceió]], [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]], [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], [[Teresina]] e [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]]
*:* ''Capitais regionais B'': [[Blumenau]], [[Campina Grande]], [[Cascavel (Paraná)|Cascavel]], [[Caxias do Sul]], [[Chapecó]], [[Feira de Santana]], [[Ilhéus]]/[[Itabuna]], [[Joinville]], [[Juiz de Fora]], [[Londrina]], [[Maringá]], [[Ribeirão Preto]], [[São José do Rio Preto]], [[Uberlândia]], [[Montes Claros]], [[Palmas (Tocantins)|Palmas]], [[Passo Fundo]], [[Poços de Caldas]], [[Porto Velho]], [[Santa Maria (Rio Grande do Sul)|Santa Maria]] e [[Vitória da Conquista]]
*:* ''Capitais regionais C'': [[Araçatuba]], [[Araguaína]], [[Arapiraca]], [[Araraquara]], [[Barreiras]], [[Bauru]], [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]], [[Cachoeiro de Itapemirim]], [[Campos dos Goytacazes]], [[Caruaru]], [[Criciúma]], [[Divinópolis]], [[Dourados]], [[Governador Valadares]], [[Ijuí]], [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], [[Ipatinga]]/[[Coronel Fabriciano]]/[[Timóteo]], [[Juazeiro do Norte]]/[[Crato (Ceará)|Crato]]/[[Barbalha]], [[Macapá]], [[Marabá]], [[Marília]], [[Mossoró]], [[Novo Hamburgo]]/[[São Leopoldo]], [[Pelotas]]/[[Rio Grande (Rio Grande do Sul)|Rio Grande]], [[Petrolina]]/[[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], [[Piracicaba]], [[Ponta Grossa]], [[Pouso Alegre]], [[Presidente Prudente]], [[Rio Branco]], [[Santarém (Pará)|Santarém]], [[Santos]], [[São José dos Campos]], [[Sobral (Ceará)|Sobral]], [[Sorocaba]], [[Teófilo Otoni]], [[Uberaba]], [[Varginha]] e [[Volta Redonda]]/[[Barra Mansa]]
 
=== Regiões metropolitanas ===
{{Principal|Regiões metropolitanas do Brasil}}
{{Principal|Regiões metropolitanas do Brasil}}As [[regiões metropolitanas]] foram definidas originalmente em lei federal e, desde a [[constituição de 1988]], por meio de leis estaduais.<ref name=":3">{{Citar periódico|ultimo=Barreto|primeiro=Ilson Juliano|coautores=Floriano José Godinho de Oliveira, Guilherme Ribeiro, Leandro Dias de Oliveira, Désirée Guichard Freire|data=2012-12-31|titulo=O surgimento de novas regiões metropolitanas no Brasil: uma discussão a respeito do caso de Sorocaba (SP)|jornal=Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica|numero=1|issn=2317-7837|doi=10.4000/espacoeconomia.374|url=https://espacoeconomia.revues.org/374|idioma=pt}}</ref> Das nove originais de 1973, a quantidade se aproxima das quatro dezenas em 2017.<ref name=":3" /><ref name=":4">{{Citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/brasil/regioes-metropolitanas-brasil.htm|titulo=Regiões Metropolitanas do Brasil - Brasil Escola|acessodata=2017-02-11|obra=Brasil Escola|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":5">{{Citar web|url=http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/regioes-metropolitanas.htm|titulo=Regiões Metropolitanas. Formação de regiões metropolitanas - Mundo Educação|acessodata=2017-02-11|obra=Mundo Educação|lingua=pt-BR}}</ref> Elas, a princípio, devem agrupar municípios vizinhos com [[Conurbação|malha urbana conurbada]] a fim de melhor lidar com os problemas e interesses comuns na realidade metropolitana de interdependência socioeconômica.<ref name=":4" /><ref name=":5" /> A criação e ampliação pelos estados gerou críticas por falta de correspondência entre as estruturas socioespaciais características de regiões metropolitanas e aquelas criadas por força de lei.<ref name=":3" /><ref name=":5" /> A situação foi parcialmente contornada com o Estatuto da Metrópole, que regulamentou as criações posteriores à vigência do estatuto.<ref>{{Citar web|url=http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1148:estatuto-da-metr%C3%B3pole-avan%C3%A7os-limites-e-desafios&Itemid=180&tmpl=component&print=1&lang=pt|titulo=Estatuto da Metrópole: avanços, limites e desafios|data=22-04-2015|acessodata=2017-02-11|obra=www.observatoriodasmetropoles.net|publicado=|ultimo=Ribeiro|primeiro=Luiz Cesar de Queiroz|ultimo2=dos Santos Jr.|primeiro2=Orlando|lingua=pt-br|ultimo3=Rodrigues|primeiro3=Juciano Martins}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.caubr.gov.br/congresso-nacional-aprova-estatuto-da-metropole/|titulo=Conheça em detalhes o Estatuto da Metrópole, aprovado pelo Senado|data=19/12/2014|acessodata=2017-02-11|obra=www.caubr.gov.br|publicado=CAU/BR|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.edgardleite.com.br/publicacoes/artigos/2016/11/o-estatuto-da-metropole-governanca-interfederativa-como-modelo-de-planejamento-estrategico-para-viabilizar-o-desenvolvimento-urbano/|titulo=O ESTATUTO DA METRÓPOLE: GOVERNANÇA INTERFEDERATIVA COMO MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA VIABILIZAR O DESENVOLVIMENTO URBANO – Edgard Leite Advogados Associados|acessodata=2017-02-11|obra=www.edgardleite.com.br|lingua=pt-BR}}</ref> As cinco regiões metropolitanas mais populosas no censo de 2010 (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife) concentravam mais de 44 milhões de habitantes diante do total registrado de mais de 190 milhões.<ref>{{Citar periódico|data=2010-12-04|titulo=Confira o ranking das maiores regiões metropolitanas|jornal=Brasil|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/12/confira-o-ranking-das-maiores-regioes-metropolitanas.html|idioma=pt-BR}}</ref> O quadro abaixo apresenta as vinte mais populosas regiões metropolitanas, incluindo aquelas formações interestaduais criadas por legislação federal e denominadas especificamente [[Região integrada de desenvolvimento econômico|regiões integradas de desenvolvimento econômico]] (RIDE).{{Regiões metropolitanas mais populosas do Brasil}}
 
=== Concentrações urbanas ===
Linha 171 ⟶ 172:
[[Imagem:Monumento ao Imigrante2.jpg|miniatura|esquerda|Monumento aos [[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]] em [[Caxias do Sul]], [[Rio Grande do Sul]].]]
 
No [[Brasil]], a política migratória externa pode ser dividida em duas fases : a primeira, de estímulo à imigração, principalmente após a [[abolição da escravatura]], em [[1888]], visando a substituição da [[mão-de-obra]] escrava na lavoura cafeeira;<ref name="historiadobrasil.net">{{Citar web |url=http://www.historiadobrasil.net/imigracao/ |titulo=IMIGRAÇÃO NO BRASIL - OS IMIGRANTES - História do Brasil<!-- Titulo gerado automáticamente -->|acessodata= [[2 de Abril]] de [[2010]] }}</ref> a segunda, de controle à imigração, a partir de [[1934]], no [[Era Vargas|governo Vargas]], devido à crise econômica internacional da [[década de 1930]].<ref>{{Citar web |url=http://www.iritsu.com.br/imigracao.htm |títulotitulo=Conheça um pouco da nossa história.|línguadata= 2008-05-04|autorpublicado= www.iritsu.com.br|obraultimo= |dataprimeiro= |acessodataarquivourl=http://web.archive.org/web/20080504114559/http://www.iritsu.com.br/imigracao.htm|arquivodata=2008-05-04|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=[http://www.colegiobrunogiorgi.com.br/site/menu/aulas/professores/dido/materias/governo_vargas_1930_1945.doc |título= |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}]</ref> O afluxo de imigrantes para o [[Brasil]] pode ser dividido em três períodos principais.<ref>{{Citar web |url=http://diplo.uol.com.br/2002-01,a197 |títulodata= |línguaacessodata= |autorobra= |obrapublicado=Le Monde diplomatique|dataultimo=Noiriel|primeiro=Gérard|arquivourl=http://archive.is/IcNc9|arquivodata=11.8.2013|título=Sobre o “modelo republicano”|acessodatalíngua=}}</ref>
 
O primeiro período (de [[1808]] a [[1850]]{{Carece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=Dezembro de 2008}}) foi marcado pela chegada da família real, em [[1808]], o que ocasionou a vinda dos primeiros casais de imigrantes [[Açores|açorianos]] para serem proprietários de terras no país{{Carece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=Dezembro de 2008}}. Devido ao receio do [[Europa|europeu]] de fixar-se num país de economia colonial e [[escravatura|escravocrata]], nesse período houve uma imigração muito pequena.<ref>{{Citar web |url=http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/7tipos/acores.html |títulotitulo=Imigrantes: Açorianos|línguadata= |autoracessodata= |obrapublicado= |dataultimo= Monteiro|acessodataprimeiro=Rogério|arquivourl=http://web.archive.org/web/20030326104456/www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/7tipos/acores.html|arquivodata=2003-03-26|urlmorta=sim}}</ref>
 
O segundo período (de [[1850]] a [[1930]]) foi marcado pela proibição do [[tráfico negreiro|mercado de escravos]]. Foi a época mais importante para a nossa imigração, devido ao grande crescimento da atividade monocultora ([[café]]) e aos incentivos governamentais dados ao imigrante. Em [[1888]], com a [[abolição da escravidão]], estimulou-se ainda mais o fluxo imigratório, tendo o [[Brasil]] recebido, nessa época, praticamente 80% dos imigrantes entrados no país.<ref>{{Citar webperiódico|ultimo=Capuchinho|primeiro=Cristiane|data=5 de maio de 2005|titulo=A Velada Busca Pelo Ideal Branco|jornal=|doi=|url=http://www.brazil-http://www.brazil-brasil.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=397brasil.com/content/view/397/44/ |títuloacessadoem= |línguaarquivourl= http://archive.is/t6wDH|autor= |obra= |data= |acessodataarquivodata=2011-06-14}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.frigoletto.com.br/GeoPop/formapop.htm|titulo=Home|acessodata=2016-12-21|obra=www.frigoletto.com.br}}</ref>
 
O terceiro período (de [[1930]] até os dias de hoje) é caracterizado por uma sensível redução na imigração, devido, inicialmente, à [[crise]] [[economia|econômica]] de [[1929]], ocasionada pela quebra da [[New York Stock Exchange|bolsa de valores de Nova Iorque]], com o consequente abalo da [[cafeicultura]] brasileira. Além disso, contribuiu também a crise política interna no país, decorrente da [[Revolução de 1930]], e a criação de uma lei sobre imigração, através da [[constituição brasileira de 1934|Constituição de 1934]]. Essa lei restringia a entrada de imigrantes, estipulando que, anualmente não poderia entrar no país mais que 2% do total de imigrantes de cada [[nacionalidade]] entrados nos últimos 50 anos. Determinava ainda que 80% dos imigrantes deveriam dedicar-se à [[agricultura]], além de estabelecer uma discutível e discriminatória "seleção ideológica", ou seja, conforme as ideias políticas que professava, o imigrante poderia ou não entrar no país.{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=dezembro de 2016}}
 
O envolvimento da [[Europa]] na [[Segunda Guerra Mundial]] também reduziu a [[emigração]], e a recuperação econômica daquele continente, após a guerra, levou os europeus a emigrarem para outros países do próprio [[continente]]. Intensificaram-se, nesse período, as [[migrações internas no Brasil|migrações internas]]. [[Minas Gerais|Mineiros]]{{Carece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=Dezembro de 2008}} e [[Região Nordeste do Brasil|nordestinos]], principalmente, dirigiram-se para o centro-sul do país, em virtude de [[crescimento]] [[cidade|urbano]] e [[indústria|industrial]].<ref name="Um grande exemplo de migrante cearense em território paranaense">{{Citar web |url=http://www.furacao.com/materia.php?cod=15070 |título=Um grande exemplo de migrante cearense em território paranaense |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
 
O grande fluxo imigratório em direção ao Brasil foi efetuado no [[século XIX]] e início do [[século XX]]. Para se ter uma ideia do impacto imigratório nesse período, entre 1870 e 1930, entraram no Brasil um número superior a cinco milhões de [[imigrante]]s. Esses imigrantes foram divididos em dois grupos: uma parte foi enviada para o [[Região Sul do Brasil|Sul do Brasil]], onde se tornaram colonos trabalhando na agricultura. Todavia, a maior parte foi enviada para as [[fazenda]]s de [[café]] do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]]. Os colonos mandados para o Sul do país foram, majoritariamente, [[alemães]] (a partir de 1824, sobretudo da [[Renânia-Palatinado]], [[Pomerânia]], [[Hamburgo]], [[Vestfália]], etc) e [[italianos]] (a partir de 1875, sobretudo do [[Vêneto]] e da [[Lombardia]]). Ali foram estabelecidas diversas [[comunidade]] (colônias) de imigrantes que, ainda hoje, preservam os costumes do país de origem. Para o Sudeste do país chegaram, majoritariamente, italianos (sobretudo do Vêneto, [[Campânia]], [[Calábria]] e Lombardia), [[portugueses]] (notadamente oriundos da [[Beira Alta]], do [[Minho (província)|Minho]] e [[Alto Trás-os-Montes]]), [[espanhóis]] (sobretudo da [[Galiza]] e [[Andaluzia]]), [[japoneses]] (sobretudo de [[Honxu]] e [[Oquinaua]]) e [[Árabes|árabes]] (do [[Líbano]] e da [[Síria]]).{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=dezembro de 2016}}
 
De acordo com o [[Memorial do Imigrante]], entre 1870 e 1953, entraram no Brasil cerca de {{fmtn|5.5}} milhões de imigrantes, sendo os italianos ({{fmtn|1550000}}), [[Portugal|portugueses]] ({{fmtn|1470000}}), [[Espanha|espanhóis]] ({{fmtn|650000}}), [[Alemanha|alemães]] ({{fmtn|210000}}), [[Japão|japoneses]] ({{fmtn|190000}}), [[Polônia|poloneses]] ({{fmtn|120000}}) e {{fmtn|650000}} de diversas outras nacionalidades.{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=dezembro de 2016}}{{careceCarece de fontes|data=outubro de 2012}}
 
=== Migração interna ===
{{Artigo principal|Migração interna no Brasil|Migração nordestina}}
Cerca de um terço dos brasileiros não vive onde nasceu. As migrações internas respondem por boa parte deste terço, e classificam-se basicamente em duas categorias: deslocamento do campo para a cidade, o chamado ([[êxodo rural]]) - causado frequentemente pela falta de oportunidades de trabalho e serviços no campo e pela [[concentração fundiária]] - e migrações regionais, das quais os exemplos mais importantes foram:{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
 
* o [[ciclo da mineração]], em [[Minas Gerais]], nos meados do século XVIII, que provocou um deslocamento da população litorânea para o interior do país;{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
* o fluxo de escravos do Nordeste para as plantações de café de [[São Paulo]] e do [[Rio de Janeiro]], em fins do século XIX;{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
* o [[ciclo da borracha]], na [[Amazônia]], em fins do século XIX para o início do século XX, que atraiu muitas pessoas, especialmente do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]];{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
* a construção de [[Brasília]], que deslocou mão-de-obra principalmente do [[Região Norte do Brasil|Norte]] e Nordeste;{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
* o desenvolvimento industrial, dos anos 1950 em diante, na região [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro), que deslocou principalmente nordestinos.{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
 
Recentemente as migrações regionais mais importantes ainda são a de nordestinos para as regiões Sudeste e [[Região Sul do Brasil|Sul]], em busca de trabalho nos setores industrial, comercial e de serviços; ocorre, também, no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] e Norte, um fluxo de famílias ligadas ao meio rural, vindas principalmente da região Sul, graças à expansão da [[fronteira agrícola]].{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
 
A partir da [[década de 1980]], os fluxos intrarregionais e até intraestaduais tornaram-se mais significativos, especialmente na [[Região Nordeste do Brasil|região Nordeste]], com a consolidação de várias metrópoles ao redor das capitais de cada estado nordestino. Por conta do Brasil já ser um país essencialmente urbano, os fluxos migratórios encontram-se em menor dimensão de décadas passadas, e concentram-se mais na ocupação de espaços com maior dinamismo (em geral cidades médias do interior e algumas capitais, além da fronteira agrícola). Ações sociais como o [[Fome Zero]] e o [[Bolsa Família]] também reduzem os fluxos migratórios, ao responder mais rapidamente situações de calamidade pública especialmente em função da seca, que intensificavam os fluxos no passado.{{careceCarece de fontes|geografia=sim|Brasil=sim|data=outubro de 2012}}
 
<gallery style="float:center;">
Linha 234 ⟶ 235:
 
== Ligações externas ==
* {{Link|pt|2=[http://www.ibge.gov.br/ |3=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}]
* {{Link|pt|2=[http://www.census.gov/ipc/www/clock2.html |3=Dinâmica da população mundial], -em oficialrelatos linkdo [[Departamento U.S.do Censo Censusdos BureauEstados reports}}Unidos]]
* {{Link|pt|2=[http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/02/ult5772u5162.jhtm |3=População indígena dobrou em nove anos, constata IBGE}}]
* {{Citar periódico|titulo=A concentração da população brasileira nas capitais|jornal=Nexo Jornal|url=https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/07/24/A-concentra%C3%A7%C3%A3o-da-popula%C3%A7%C3%A3o-brasileira-nas-capitais}}
* {{Citar periódico|titulo=O crescimento da população brasileira desde o século 19|jornal=Nexo Jornal|url=https://www.nexojornal.com.br/grafico/2016/12/16/O-crescimento-da-popula%C3%A7%C3%A3o-brasileira-desde-o-s%C3%A9culo-19}}
 
{{Brasil/Tópicos}}
Linha 244 ⟶ 247:
{{Portal3|Brasil|Demografia|Geografia}}
 
{{DEFAULTSORT:Demografia Brasil}}
[[Categoria:Demografia do Brasil| ]]