Pompeu: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig||Pompeu (desambiguação)}}
{{Info/NobrePolítico
|nome = Cneu Pompeu Magno = Pompeu
|titulonome_comp =[[Cônsul daCneu RepúblicaPompeu Romana]]Magno
|imagem = Łazienki - Stara Pomarańczarnia – 30.jpg
|imgwimagem-tamanho = =300px220px
|legenda = Busto de Pompeu no [[Parque Łazienki]], em [[Varsóvia]]
|título = [[Cônsul (Roma Antiga)|Cônsul]] da [[República Romana]]
|sucessão =
|reinadomandato = {{AC|7052|x}}<br>{{AC|55|x}}<br>{{AC|5251|x}}
|tipo-reinadovice_título =Consulado Servindo com
|vice = [[Quinto Cecílio Metelo Pio Cipião Násica]]
|data de nascimento ={{ca.}} {{dni|29|9|106 a.C.|si}}
|antecessor = [[Marco Valério Messala Rufo]] e [[Cneu Domício Calvino]]
|local de nascimento =[[Firmio]]
|sucessor = [[Marco Cláudio Marcelo (cônsul em 51 a.C.)|Marco Cláudio Marcelo]] e [[Sérvio Sulpício Rufo]]
|data da morte ={{morte|||-48|||-106}}
|localmandato2 da morte =[[Pelúsio]] {{AC|55|x}} — {{AC|54|x}}
|vice_título2 = Servindo com
|vice2 = [[Crasso|Marco Licínio Crasso]]
|antes2 = [[Cneu Cornélio Lêntulo Marcelino]] e [[Lúcio Márcio Filipo (cônsul em 56 a.C.)|Lúcio Márcio Filipo]]
|depois2 = [[Ápio Cláudio Pulcro (cônsul em 54 a.C.)|Ápio Cláudio Pulcro]] e [[Lúcio Domício Enobarbo (cônsul em 54 a.C.)|Lúcio Domício Enobarbo]]
|título3 = Governador da [[Hispânia Ulterior]]
|mandato3 = {{AC|58|x}} — {{AC|55|x}}
|sucessãoantes3 =
|depois3 =
|título4 = Cônsul da República Romana
|vice_título4 = Servindo com
|vice4 = Marco Licínio Crasso
|mandato4 = {{AC|70|x}} — {{AC|69|x}}
|antes4 = [[Públio Cornélio Lêntulo Sura]] e [[Cneu Aufídio Orestes]]
|depois4 = [[Quinto Cecílio Metelo Crético]] e [[Quinto Hortênsio Hórtalo]]
|data de nascimento nascimento_data ={{ca.}} {{dni|29|9|106 a.C.|sisem idade|lang=br}}
|nascimento_local = [[Piceno]], [[Roma Antiga]]
|morte_data = {{nowrap|{{falecimento e idade|28|9|-48|29|9|-106|lang=br}}}}
|morte_local = [[Pelúsio]], [[Reino Ptolemaico|Egito Ptolemaico]]
|nacionalidade = [[Cidadania romana|Romano]]
|cônjuge-tipo = Esposa
|cônjuge = Antístia {{small|({{AC|86|x}}–{{AC|82|x}})}}<br />[[Emília Escaura]] {{small|({{AC|82|x}}–{{AC|79|x}})}}<br />[[Múcia Tércia]] {{small|({{AC|79|x}}–{{AC|61|x}})}}<br />[[Júlia (filha de Júlio César)|Júlia]] {{small|({{AC|59|x}}–{{AC|54|x}})}}<br />[[Cornélia Metela]] {{small|({{AC|52|x}}–{{AC|48|x}})}}
|prole = [[Pompeu, o Jovem]]<br />Pompeia Magna<br />[[Sexto Pompeu]]
|partido = [[Optimates]]
|religião = [[Politeísmo romano]]
|lealdade = [[República Romana]]
|ramo = [[Exército Romano]]
|anos_de_serviço =
|graduação = [[General]]
|batalhas =
}}
 
'''Cneu Pompeu Magno''' (106&ndash;{{AC|48|x}}; {{langx|la|''Gnaeus Pompeius Magnus''}}), conhecido simplesmente como '''Pompeu''' ou '''Pompeu Magno''',<ref>Smith, Pompeius (10).</ref> foi um político da ''[[gens]]'' [[Pompeus|Pompeia]] da [[República Romana]], eleito [[Cônsul (Roma Antiga)|cônsul]] por três vezes, em 70, 55 e {{AC|52|x}}, com [[Marco Licínio Crasso]] nas duas primeiras vezes e [[Quinto Cecílio Metelo Pio Cipião Násica]] na última, com um período de um mês no qual não teve parceiro com poderes extraordinários. Pompeu era oriundo de uma rica família provincial e seu pai, [[Cneu Pompeu Estrabão]], cônsul em {{AC|89|x}}, foi o primeiro de sua família a alcançar a posição consular. Seu imenso sucesso como general ainda muito jovem abriu caminho para que ocupasse seu primeiro consulado sem seguir o caminho normal do ''[[cursus honorum]]'', a carreira esperada de um [[magistratura romana|magistrado]]. Foi também um vitorioso comandante durante a [[Segunda Guerra Civil de Sula]], que conferiu-lhe o [[cognome]] "Magno" ("o Grande"). Celebrou três [[triunfo romano|triunfos]] por conta de suas vitórias.
 
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Com a guerra na Itália encerrada, Sula enviou Pompeu para enfrentar os marianos na [[Sicília romana|Sicília]] e na [[África (província romana)|África]].<ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'', pg. 141</ref> Em {{AC|82|x}}, Pompeu conquistou a Sicília, o que garantia os [[suprimentos de cereais da cidade de Roma]], executando imediatamente [[Cneu Papírio Carbão]] e seus aliados, o que provavelmente lhe garantiu a alcunha de ''"adulescens carnifex"'' ("açougueiro adolescente").<ref>[[Valério Máximo]], [http://www.thelatinlibrary.com/valmax6.html Facta et dicta memorabilia'', 6.2.8]</ref> Em {{AC|81|x}}, Pompeu seguiu para a África e derrotou [[Cneu Domício Enobarbo (morto em 81 a.C.)|Cneu Domício Enobarbo]], genro de [[Cina]], e o [[rei númida]] Hiarbas depois de uma dura batalha.<ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'', pgs. 143-5</ref>
 
[[Imagem:Pompeius Magnus 83-81.png|thumb|esquerda|upright=1.3|Mapa das Campanhas de Pompeu contra os [[Caio Mário|marianos]] entre 83 e {{AC|81|x}}, na África e na Sicília]]
 
Depois desta série de vitórias, Pompeu foi proclamado ''[[imperator]]'' por suas tropas no campo de batalha africana. De volta a Roma, recebeu uma entusiástica recepção popular e foi chamado de "Magno" ("o Grande") &mdash; provavelmente como reconhecimento de suas inquestionáveis vitórias e à sua popularidade. Porém, parece evidente a relutância de Sula ao fazê-lo. O jovem general era, oficialmente, ainda um mero ''"[[privatus]]"'' ("cidadão privado") e não havia ocupado ainda nenhum cargo oficial no ''[[cursus honorum]]''. O título pode também ter sido uma forma de reduzir o sucesso de Pompeu, que o utilizou apenas mais para frente em sua carreira.<ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'', pg 148&nbsp;– 149.</ref>
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== Campanha contra os piratas ==
{{AP|Lex Gabinia|Campanha de Pompeu contra os piratas}}
[[Imagem:Bellum piraticum Pompeii 67 aC.png|thumb|upright=1.3miniaturadaimagem|Mapa da [[Campanha de Pompeu contra os piratas]] em {{AC|67|x}}]]
 
Dois anos depois de seu consulado, Pompeu recebeu o comando de uma força-tarefa naval cujo objetivo era eliminar a [[pirataria]] no [[mar Mediterrâneo]]. Os ''[[optimates]]'', a facção conservadora do senado se mostrou desconfiada e desgostosa em relação a esta nomeação, que parecia, novamente, ilegal ou, pelo menos, extraordinária.<ref name="Boak, History of Rome, pg. 160">Boak, History of Rome, pg. 160</ref> Os aliados de Pompeu neste caso, incluindo [[Júlio César]], eram a minoria, mais o apoio mais amplo foi conseguido pelo [[tribuno da plebe]] [[Aulo Gabínio]], que propôs a ''[[Lex Gabinia]]'', pela qual Pompeu assumiria o controle do mar e das costas até cinquenta [[milha romana|milhas]] para o interior. Esta lei colocou Pompeu acima de todos os demais líderes militares no oriente e passou, apesar de uma veemente oposição, no senado.
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== Pompeu no oriente ==
{{AP|Terceira Guerra Mitridática}}
[[Imagem:Roma in Oriente 62aC.png|thumb|upright=1.3miniaturadaimagem|Mapa do oriente depois das campanhas de Pompeu, já mostrando as novas províncias criadas por ele]]
 
Pompeu passou o resto do ano e começo do próximo visitando as cidades das [[Cilícia]] e da [[Panfília]] ajudando no estabelecimento do governos dos territórios recém-conquistados. Em sua ausência de Roma ({{AC|66|x}}), foi nomeado para suceder a [[Lúcio Licínio Lúculo]] como comandante da [[Terceira Guerra Mitridática]] contra {{lknb|Mitrídates|VI|do Ponto}}, o [[rei do Ponto]]. A troca do comando foi proposta pelo [[tribuno da plebe|tribuno]] [[Caio Manílio]] em sua ''[[Lex Manilia]]'', apoiada por César e justificada por [[Cícero]] em seu discurso, ainda existente, ''"[[Pro Lege Manilia]]"''.<ref>Pompey, the Roman Alexander,P Greenhalg p101-4</ref> Seu cunhado, [[Quinto Cecílio Metelo Céler]] serviu sob seu comando e seguiu-o em suas vitórias no oriente. Como no caso da ''Lex Gabinia'', esta lei também foi duramente criticada pela aristocracia, mas acabou aprovada ainda assim.
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{{citação2|Dos judeus, caíram doze mil, mas dos romanos, muito poucos... e não poucas enormidades foram cometidas no [[Santo dos Santos|próprio templo]], que, em épocas anteriores, era inacessível e não podia ser visto por ninguém; pois Pompeu entrou nele e não poucos dos que estavam com ele também e viram o que era ilegal ser visto por quaisquer outros homens, acessível apenas aos [[Sumo Sacerdote de Israel|sumo sacerdotes]]. Havia no [[Segundo Templo|Templo]] a mesa de ouro, o candelabro sagrado, os vasilhames de água e uma grande quantidade de [[especiaria|temperos]]; e, além destes, estava ali o tesouro de dois mil [[talento (moeda)|talento]]s de dinheiro sagrado: mas Pompeu não tocou nada disto por causa de seu respeito à religião; e, neste ponto, agiu de maneira digna de sua virtude. No dia seguinte, ele deu a ordem para que os encarregados do templo o limpassem e que levassem até lá as oferendas requeridas pela [[Lei Mosaica|Lei]] a [[YHWH|Deus]]; e restaurou o sumo sacerdócio a Hircano, tanto por que ele havia lhe sido útil em outras funções, quanto por ter evitado que os judeus na zona rural do país ajudassem Aristóbulo de qualquer forma em sua guerra contra ele.|[[Flávio Josefo|Josefo]]|''[[Antiguidades Judaicas]]'' XIV, 4<ref> [[Flávio Josefo|Josefo]], ''[[Antiguidades Judaicas]]'' XIV, 4, tradução de William Whiston, disponível no ''Project Gutenberg''.</ref>}}
 
[[Imagem:Pompée dans le Temple de Jérusalem.jpg|thumbminiaturadaimagem|esquerda|upright=1|Pompeu no interior do [[Segundo Templo|Templo de Jerusalém]]. Apesar de ter entrado no [[Santo dos Santos]], o mais sagrado recinto do Templo, Pompeu deixou intactos os tesouros e costumes do Templo.<br><small>{{ca.}} 1470. Por [[Jean Fouquet]]</small>]]
 
Durante a guerra na Judeia, Pompeu soube do suicídio de Mitrídates; seu exército o havia desertado para apoiar seu filho, [[Fárnaces II do Ponto|Fárnaces]].<ref name="Boak, History of Rome, pg. 161"/> No total, Pompeu anexou quatro novas províncias à [[República Romana]] em sua campanha: [[Bitínia e Ponto]], [[Síria (província romana)|Síria]], [[Cilícia (província romana)|Cilícia]] e [[Creta (província romana)|Creta]]. Os protetorados romanos na Ásia passaram a se estender até o mar Negro e o Cáucaso. As vitórias militares de Pompeu, seus assentamentos políticos e anexações territoriais criaram uma nova fronteira romana no oriente.
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É possível que Pompeu estivesse igualmente obcecado, exausto e frustrado. Seu próprio partido não o perdoou por ter permitido a expulsão de Cícero e alguns tentaram persuadi-lo de que Crasso estava planejando matá-lo. Enquanto isso, César parecia estar claramente ultrapassando os dois, tanto no comando militar quanto na popularidade.
 
[[Imagem:Campus Martius - Theatre of Pompeius.jpg|thumbminiaturadaimagem|esquerda|upright=1.5|Maquete do [[Teatro de Pompeu]], uma das principais obras de Pompeu em [[Roma]]]]
 
Em {{AC|56|x}}, os laços entre os três triúnviros estavam se rompendo.<ref name="Boak, History of Rome, pg. 169"/> César convocou primeiro Crasso e, depois, Pompeu para um encontro secreto, conhecido depois como [[Concílio de Luca]], realizado na cidade italiana de [[Luca]], para que os três repensassem uma estratégia conjunta. Eles concordaram que Pompeu e Crasso concorreriam novamente para o consulado de {{AC|55|x}} e, uma vez eleito, os dois tratariam de estender o comando de César na Gália por mais cinco anos. No final do ano consular conjunto dos dois, Crasso teria para si o lucrativo e influente governo da [[Síria (província romana)|Síria]], e poderia utilizá-lo como base de sua planejada conquista do [[Império Parta]]. Pompeu manteria a Hispânia ''[[in absentia]]'', como já vinha fazendo.
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== Do confronto à guerra ==
[[Imagem:Pom004.jpg|thumb|upright=.75miniaturadaimagem|O mais famoso busto de Pompeu, localizado na [[Gliptoteca Ny Carlsberg]], em [[Copenhague]], na [[Dinamarca]]]]
 
Em {{AC|54|x}}, Júlia, a única filha de César e esposa de Pompeu, morreu no parto juntamente com o bebê. Os dois compartilharam o luto e as condolências, mas a morte de Júlia acabou com o laço familiar que os unia.<ref>Holland, Rubicon, pg. 287</ref> No ano seguinte, [[Crasso]], seu filho, [[Públio Licínio Crasso (filho do triúnviro)|Públio]] e a maior parte do exército romano que eles conduziam foram aniquilados pelos [[partas]] na [[Batalha de Carras]]. César, não Pompeu, transformou-se no novo grande general romano e o frágil equilíbrio de poder entre eles foi ameaçado. Mas a ansiedade popular acabou transbordando depois que rumores circularam de que Pompeu receberia uma proposta para se tornar [[ditador romano|ditador]] para manter a lei e a ordem.
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== Guerra civil e assassinato ==
{{AP|Segunda Guerra Civil da República Romana}}
[[Imagem:La mort de Pompée.jpg|thumb|upright=1.3miniaturadaimagem|''Assassinato de Pompeu''<br><small>Autor anônimo do {{séc|XVIII}}</small>]]
 
No começo da guerra, Pompeu se gabou de que poderia derrotar César e alistar seus exércitos apenas batendo seu pé em solo italiano, mas, na primavera de {{AC|49|x}}, com César [[travessia do Rubicão|atravessando o Rubicão]] e suas legiões marchando rapidamente pela península em direção a Roma, Pompeu ordenou que a capital romana fosse abandonada. Suas legiões recuaram para [[Brundísio]], mais ao sul, onde Pompeu pretendia recuperar suas forças para travar uma guerra contra César no oriente, utilizando seus recursos estratégicos lá e também a sua superior força naval. No processo de fuga, nem Pompeu e nem o senado pensaram em levar o vasto [[Erário de Roma|tesouro romano]] consigo, provavelmente por acreditar que César não teria coragem de tomá-lo para si. E ele estava convenientemente depositado no [[Templo de Saturno]] quando César entrou em Roma.
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== General ==
[[Imagem:Battle of Pharsalus, 48 BC.png|thumb|upright=1.3miniaturadaimagem|Diagrama da Batalha final de Pompeu, a [[Batalha de Farsalos]] ({{AC|48|x}}), a derrota final de Pompeu nas mãos de César]]
 
A glória militar de Pompeu não teve paralelos por décadas. Ainda assim, suas habilidades eram ocasionalmente criticadas por seus contemporâneos. [[Sertório]] ou [[Lúculo]], por exemplo, fora especialmente críticos. Suas táticas eram geralmente eficientes, mesmo sem ser particularmente inovadoras ou engenhosas, mas poderiam ser insuficientes contra grandes táticos da época. Porém, Farsalos foi sua única derrota decisiva.<ref>''Pompey the great'', John Leach</ref> Por vezes, Pompeu se mostrava relutante demais para arriscar uma [[batalha campal]]. Apesar de não ser imensamente carismático, Pompeu mostrava, quando queria, tremenda bravura e habilidades de combate no campo de batalha, o que certamente inspirava seus homens.<ref name="Pompey the great, John Leach">Pompey the great, John Leach</ref> Apesar de ser um comandante genial, Pompeu também conquistou a reputação de roubar as vitórias de outros generais.<ref>Brice, pg. 145</ref>
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== Representações posteriores e reputação ==
[[Imagem:Cn Pompeius denarius 92000854.jpg|thumb|upright=0.9miniaturadaimagem|Denário do verão de {{AC|48|x}}, cunhado por [[Pompeu]] com a efígie de [[Numa Pompílio]] numa das faces. Na outra, um [[quinquerreme]] com o texto <small>MAGN</small> acima e <small>PRO • COS</small> abaixo, uma referência a Pompeu]]
 
Para os historiadores, antigos e modernos, Pompeu serve perfeitamente ao papel de um grande homem que alcançou triunfos extraordinários pelos seus esforços, mas que caiu do poder e foi, no final, assassinado depois de ser traído. Foi um herói da República, que chegou a ter o mundo romano na palma de suas mãos, mas que foi derrubado por César. Pompeu foi idealizado como um herói trágico quase que imediatamente depois de Farsalos e seu assassinato. Plutarco retratou-o como um [[Alexandre, o Grande|Alexandre]] romano, puro de mente e coração, destruído pelas ambições cínicas dos que estavam à sua volta. Este retrato sobreviveu até os períodos [[arte renascentista|renascentista]] e [[arte barroca|barroco]], como, por exemplo, na peça "[[A Morte de Pompeu]]" (1642), de [[Pierre Corneille]]. Apesar de sua guerra contra César, Pompeu ainda era amplamente celebrado durante todo o período imperial como o conquistador do oriente. Na procissão funeral de [[Augusto]], retratos dele foram carregados, pois ele ainda era amplamente considerado como o grande conquistador do oriente. Como triunfador ({{lang-la|''"triumphator"''}}), Pompeu também tinha numerosas estátuas em Roma, uma das quais no [[Fórum de Augusto]]. Apesar de o poder imperial não homenageá-lo tanto exceto na figura de um arqui-inimigo que era considerado um deus, sua reputação entre muitos aristocratas e historiadores era igual ou até superior à de César.<ref>Pompey, Eric Teyssier</ref>
 
== Casamentos e filhos ==
[[Imagem:Adrienne lecouvreur dans cornlie.jpg|upright=1|thumbminiaturadaimagem|Pintura de [[Adrienne Lecouvreur]], uma famosa atriz francesa do {{séc|XVIII}}, no papel de [[Cornélia Metela]], a última esposa de Pompeu, com as cinzas do marido nas mãos. Imagem de uma montagem de "A Morte de Pompeu", de [[Pierre Corneille]].<br><small>1742. Por [[Antoine Coypel]], em local desconhecido</small>]]
 
Pompeu casou-se cinco vezes e teve diversos filhos. A primeira com [[Antístia]], com quem não teve filhos e sobre quem não há mais informações. Logo depois, como [[Emília Escaura]] ({{AC|82|x}}), uma neta de [[Lúcio Cornélio Sula]], que já estava grávida e morreu no parto. Sua terceira esposa foi [[Múcia Tércia]] ({{AC|80|x}}), com quem teve [[Cneu Pompeu (filho de Pompeu Magno)|Cneu Pompeu]], executado em {{AC|45|x}} depois da [[Batalha de Munda]], [[Pompeia (filha de Pompeu Magno)|Pompeia]], casada com [[Fausto Cornélio Sula (senador)|Fausto Cornélio Sula]] e ancestral de [[Cneu Pompeu Magno (marido de Cláudia Antônia)|Cneu Pompeu Magno]], que se casou com [[Cláudia Antônia]], filha do imperador [[Cláudio]], e [[Sexto Pompeu]], o grande general e almirante que liderou a [[Revolta Siciliana]] depois da morte do pai. Segundo Cícero, Pompeu divorciou-se de Múcia por acusações de [[adultério]]. Para sedimentar o [[Primeiro Triunvirato]], Pompeu casou-se com [[Júlia (esposa de Pompeu)|Júlia]] ({{AC|59|x}}), filha de [[Júlio César]], que, segundo as fontes, ele amava muito e cuja morte, no parto do que seria o único filho dos dois, foi um dos motivos do rompimento entre os dois. Sua última esposa, [[Cornélia Metela]] ({{AC|52|x}}), era filha de um dos grandes inimigos de César, [[Metelo Cipião]]. Ela estava com Pompeu no dia de sua morte, mas o casal não teve filhos.
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* {{citar livro| sobrenome=Boak|nome = Arthur E.R.| título = A History of Rome to 565 A.D.| editora = MacMillan| local = Nova Iorque| ano = 1922|língua= inglês}}
* {{citar livro| sobrenome=Brice|nome = Lee L.| título = Warfare in the Roman Republic: From the Etruscan Wars to the Battle of Actium: From the Etruscan Wars to the Battle of Actium| editora = ABC-CLIO, 2014| id=iSBN 9781610692991|língua= inglês}}
* {{citar livro| sobrenome=Broughton|| nome=T. Robert S.| título=The Magistrates of the Roman Republic| subtítulo=Volume II, 99 B.C. - 31 B.C.| ano=1952| editora=The American Philological Association| número = | local=Nova Iorque |páginas=578| língua = inglês}}
* {{citar livro| sobrenome=De Souza|nome = P.| título = Piracy in the Graeco-Roman World| editora = Cambridge University Press| ano = 2002| id=iSBN 978-0-521-01240-9|língua= inglês}}
* {{citar livro| sobrenome= Goldsworthy|nome =Adrian| autorlink=Adrian Goldsworthy| título = In the name of Rome: The Men Who Won the Roman Empire''| local = Londres | editora = Weidenfeld & Nicolson| ano = 2004 | id=iSBN 0-297-84666-3|língua= inglês}}