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{{minidesambig|a cidade alemã|Colônia (Alemanha)|outros significados|Colônia (desambiguação)}}
{{Ver desambig}}
{{Sem-fontes|sociedade=sim||soc|data=outubro de 2010}}
{{Política}}
Em [[política]], chama-se {{PEPB|colónia|colônia}} a um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduos com poder [[militar]], ou por representantes do [[governo]] de um [[país]] a que esse território não pertencia (''metrópole'').
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Tal pode acontecer contra a vontade dos seus habitantes que muitas vezes são desapossados de parte dos seus bens (como terra arável ou de pastagem) e de eventuais [[direitos políticos]] que detinham. Como o foi com os [[Povos ameríndios|índios]] que habitavam nas [[Américas]] e tiveram as suas terras ocupadas e colonizadas pelos [[europeus]]. Tal é o caso do [[Canadá]], [[Argentina]], [[Estados Unidos]], [[Bolívia]], [[Austrália]], [[Barbados]] e outros, antes habitados por [[indígenas]].
 
== História da colonização ==
O termo vem do [[latim]], designando o estabelecimento de fraternidades do [[Império Romano]], geralmente para fins agrícolas e pecuários, fora do território de [[Roma]]. Ao longo da [[história]], a formação de colónias foi a forma como a raça [[Homo sapiens|humana]] se espalhou pelo mundo. Nesse período da [[pré-história]], a colonização de territórios não era geralmente acompanhada pelo uso da força – a não ser para lutar contra eventuais animais que os ocupassem.
 
=== Antiguidade ===
As primeiras colónias conhecidas também não foram fundadas com o uso da força, uma vez que se pensa que esses territórios não eram ainda habitados. A [[Suméria]], que deu origem à grande [[civilização]] da [[Mesopotâmia]], começou há cerca de 5000 anos, com base em pequenas colónias ou [[cidade-estado|cidades-estados]].
{{AP|Colónias (Antiguidade)|Colônia (Roma Antiga)}}
 
O termo vem do [[latim]], designando o estabelecimento de fraternidades do [[Império Romano]], geralmente para fins agrícolas e pecuários, fora do território de [[Roma Antiga|Roma]]. Ao longo da [[história]], a formação de colónias foi a forma como a raça [[Homo sapiens|humana]] se espalhou pelo mundo. Nesse período da [[pré-história]], a colonização de territórios não era geralmente acompanhada pelo uso da força – a não ser para lutar contra eventuais animais que os ocupassem.<ref>{{cite book|author=James S. Jeffers|title=The Greco-Roman world of the New Testament era: exploring the background of early Christianity|url=https://books.google.com/books?id=YGmKaXiUDiYC|year=1999|publisher=InterVarsity Press|isbn=978-0-8308-1589-0|pages=[https://books.google.com/books?id=YGmKaXiUDiYC&pg=PA52 52–53]}}</ref>
No entanto, a medida que a população foi crescendo, a colonização passou a ter o carácter de dominação de [[povo]]s que ocupavam determinado território - foi dessa forma que Roma colonizou quase toda a [[Europa]] sendo um exemplo a [[Hispânia]] região onde hoje fica [[Portugal]] e [[Espanha]]. Antes dos romanos, os [[fenícios]] tinham também estabelecido colónias a toda a volta do [[Mediterrâneo]] e na [[Península Ibérica]], tendo-se também estabelecido em [[Goa]] por volta de 1775 [[a.C]].; mais tarde, os [[árabes]] ocuparam muitas partes dessa região, para além de regiões a [[oriente]] e conquistaram quase toda o [[Reino Visigótico]] na Península Ibérica que se tornou conhecida como [[Alandalus]].
 
As primeiras colónias conhecidas também não foram fundadas com o uso da força, uma vez que se pensa que esses territórios não eram ainda habitados. A [[Suméria]], que deu origem à grande [[civilização]] da [[Mesopotâmia]], começou há cerca de 5000 anos, com base em pequenas colónias ou [[cidade-estado|cidades-estados]].{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
No final da [[Idade Média]] na Europa, alguns países costeiros – dos quais o primeiro foi Portugal – começaram a explorar o mundo, como forma de expandir os seus [[mercado]]s. Primeiro, estabelecendo acordos com os povos que "[[descobrimentos|descobriam]]", mas depois entrando em conflito com eles – e uns com os outros – no sentido de tentarem obter o [[monopólio]] de determinados [[Produto (marketing)|produtos]] e rotas comerciais. Esta foi a primeira forma de [[imperialismo]], em que vários países europeus, principalmente Portugal, Espanha, [[França]] e a [[Inglaterra]] (mais tarde o [[Reino Unido|Reino da Grã-Bretanha]]), constituíram grandes [[impérios coloniais]] abrangendo praticamente todo o mundo.
 
No entanto, a medida que a população foi crescendo, a colonização passou a ter o carácter de dominação de [[povo]]s que ocupavam determinado território - foi dessa forma que Roma colonizou quase toda a [[Europa]] sendo um exemplo a [[Hispânia]] região onde hoje fica [[Portugal]] e [[Espanha]]. Antes dos romanos, os [[fenícios]] tinham também estabelecido colónias a toda a volta do [[Mediterrâneo]] e na [[Península Ibérica]], tendo-se também estabelecido em [[Goa]] por volta de 1775 [[a.C]].; mais tarde, os [[árabes]] ocuparam muitas partes dessa região, para além de regiões a [[oriente]] e conquistaram quase toda o [[Reino Visigótico]] na Península Ibérica que se tornou conhecida como [[Alandalus]].{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
== Colonização recente ==
[[Imagem:Colonization 1945.png|thumb|centro|600px|Colónias em [[1945]].{{legend|#DC143C|[[Reino Unido]]}}
{{legend|#6A5ACD|[[França]]}}
{{legend|#00A86B|[[Portugal]]}}
{{legend|#a6aa3e|[[Espanha]]}}
{{legend|#FFA500|[[Países Baixos]]}}
{{legend|#B8CAD4|[[Bélgica]]}}
{{legend|#9400D3|[[Estados Unidos]]}}]]
 
=== Era Moderna ===
A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados – incluindo a sua população, quase totalmente aniquilada, como nas [[Américas]], ou transformada em [[escravo]]s que espalharam pelo resto do mundo, neste caso aproveitando-se das sociedades [[Escravidão|escravocratas]] africanas – levou a [[Movimento de resistência|movimentos de resistência]] dos povos locais e, finalmente à sua [[independência]], num processo denominado [[descolonização]], terminando estes impérios coloniais em meados do [[século XX]].
{{AP|Colonização|Impérios coloniais|Colonialismo|Colonização de povoamento|Colonialismo de exploração|Descolonização}}
 
No final da [[Idade Média]] na Europa, alguns países costeiros – dos quais o primeiro foi Portugal – começaram a explorar o mundo, como forma de expandir os seus [[mercado]]s. Primeiro, estabelecendo acordos com os povos que "[[descobrimentos|descobriam]]", mas depois entrando em conflito com eles – e uns com os outros – no sentido de tentarem obter o [[monopólio]] de determinados [[Produto (marketing)|produtos]] e rotas comerciais. Esta foi a primeira forma de [[imperialismo]], em que vários países europeus, principalmente Portugal, Espanha, [[França]] e a [[Inglaterra]] (mais tarde o [[Reino Unido|Reino da Grã-Bretanha]]), constituíram grandes [[impérios coloniais]] abrangendo praticamente todo o mundo.{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
Em uma situação colonial os nativos do território colonizado carecem de [[autonomia]] – embora possam estar politicamente representados em corpos governamentais – e estão sujeitos à [[soberania]] do território metropolitano. Grande parte da [[África]] e a totalidade da [[América]] foram colônias das potências da [[Europa]] durante séculos (especialmente entre o [[século XV|XV]] e o [[século XIX|XIX]]), até que as guerras de independência do século XIX e o processo de descolonização auspiciado pela [[ONU]] imediatamente depois da [[Segunda Guerra Mundial]] permitiram aos territórios ganhar sua independência.
 
A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados – incluindo a sua população, quase totalmente aniquilada, como nas [[Américas]], ou transformada em [[escravo]]s que espalharam pelo resto do mundo, neste caso aproveitando-se das sociedades [[Escravidão|escravocratas]] africanas – levou a [[Movimento de resistência|movimentos de resistência]] dos povos locais e, finalmente à sua [[independência]], num processo denominado [[descolonização]], terminando estes impérios coloniais em meados do [[século XX]].{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
== Situação atual ==
Atualmente, 16 territórios no mundo são considerados colônias ([[Anguilla]], [[Bermuda]], [[Gibraltar]], [[Guam]], [[ilhas Caimão]], [[ilhas Malvinas]], [[Turks e Caicos]], [[ilhas Virgens Britânicas]], [[ilhas Virgens Americanas]], [[Montserrat]], [[Nova Caledônia]], [[Pitcairn]], [[Saara Ocidental]], [[Samoa Americana]], [[Santa Helena (território)]] e [[Tokelau]]), ainda que a denominação ''possesões ultramarinas'' contenha um bom número de entidades sujeitas a um status jurídico similar. Outras unidades, ainda que não correspondam exatamente a esta definição, são consideradas às vezes ''colónias'' por elementos [[nacionalista]]s, como os [[Açores]], a [[Madeira (Portugal)|Madeira]] e as [[Ilhas Canárias]].
 
Em uma situação colonial os nativos do território colonizado carecem de [[autonomia]] – embora possam estar politicamente representados em corpos governamentais – e estão sujeitos à [[soberania]] do território metropolitano. Grande parte da [[África]] e a totalidade da [[América]] foram colônias das potências da [[Europa]] durante séculos (especialmente entre o [[século XV|XV]] e o [[século XIX|XIX]]), até que as guerras de independência do século XIXXX e o processo de [[descolonização]] auspiciado pela [[ONU]] imediatamente depois da [[Segunda Guerra Mundial]] permitiram aos territórios ganhar sua independência.{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
Não existem colónias no sentido político estrito referido acima – a última a ganhar a sua independência foi provavelmente o [[Timor-Leste]], em [[2002]] –, mas existem [[colonato]]s nos territórios [[árabes]] ocupados por [[Israel]] e o Saara Ocidental encontra-se ocupado pelo [[Marrocos]], o que podem considerar-se formas de colonização.
 
[[Imagem:{{panorama|Colonization 1945.png|thumb|centro|600px700px|Colónias em [[1945]].{{legend|#DC143C|[[Reino Unido]]}}:
Por outro lado, a ingerência das [[Grande potência|potências]] industrializadas nos assuntos internos de outros países menos desenvolvidos, tem sido considerado como uma forma de colonização, referida como [[neocolonialismo]]. Como exemplos, podem apontar-se a exportação maciça de armamento russo para [[Moçambique]] e outros países recém-independentes ou a recente invasão do [[Iraque]] pela coligação de países ocidentais.
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|{{legenda|#DC143C|[[Reino Unido]]}}
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=== Século XXI ===
Alguns territórios decidiram [[democracia|democraticamente]] manter-se ligados à antiga potência colonial, como "territórios ultramarinos", que gozam de autonomia, têm governo próprio e apenas se subordinam à "mãe-pátria" em termos [[militar]]es e [[Diplomacia|diplomáticos]], não podendo, portanto, considerar-se colónias, no sentido político do termo. Exemplos destes territórios são várias ilhas das [[Caribe|Caraíbas]], como [[Guadeloupe]] e [[Martinica]], que são dependências de França, as [[Antilhas Neerlandesas]], dependência dos [[Países Baixos]], e a [[Bermudas|Bermuda]], dependente do [[Reino Unido]].
[[Imagem:STS034-76-88.jpg|thumb|[[Porto Rico]] é considerada por alguns a "colônia mais antiga do mundo".<ref>[http://www.crf-usa.org/bill-of-rights-in-action/bria-17-4-c.html Constitutional Rights Foundation.] {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20090610210536/http://www.crf-usa.org/bill-of-rights-in-action/bria-17-4-c.html |date=June 10, 2009 }}</ref><ref>Sharon Ann Navarro, and Armando Xavier Mejia, '''Latino Americans and Political Participation''' (Santa Barbara, California: ABC-CLIO) 2004. p. 106. {{ISBN|1-85109-523-3}}.</ref><ref>[https://books.google.com/books?id=IjaRKo2XUsEC&dq=the+trials+of+the+world's+oldest+colony '''Puerto Rico:The Trials of the Oldest Colony in the World.'''] By Jose Trias Monge. Yale University Press. 1997.</ref>]]
{{AP|Neocolonialismo}}
 
Atualmente, 16 territórios no mundo são considerados colônias ([[Anguilla]], [[Bermuda]], [[Gibraltar]], [[Guam]], [[ilhas Caimão]], [[ilhas Malvinas]], [[Turks e Caicos]], [[ilhas Virgens Britânicas]], [[ilhas Virgens Americanas]], [[Montserrat]], [[Nova Caledônia]], [[Pitcairn]], [[Saara Ocidental]], [[Samoa Americana]], [[Santa Helena (território)]] e [[Tokelau]]), ainda que a denominação ''possesões ultramarinas'' contenha um bom número de entidades sujeitas a um status jurídico similar. Outras unidades, ainda que não correspondam exatamente a esta definição, são consideradas às vezes ''colónias'' por elementos [[nacionalista]]s, como os [[Açores]], a [[Madeira (Portugal)|Madeira]] e as [[Ilhas Canárias]].{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
 
Não existem colónias no sentido político estrito referido acima – a última a ganhar a sua independência foi provavelmente o [[Timor-Leste]], em [[2002]] –, mas existem [[colonato]]s nos territórios [[árabes]] ocupados por [[Israel]] e o Saara Ocidental encontra-se ocupado pelo [[Marrocos]], o que podem considerar-se formas de colonização. Por outro lado, a ingerência das [[Grande potência|potências]] industrializadas nos assuntos internos de outros países menos desenvolvidos, tem sido considerado como uma forma de colonização, referida como [[neocolonialismo]]. Como exemplos, podem apontar-se a exportação maciça de armamento russo para [[Moçambique]] e outros países recém-independentes ou a recente invasão do [[Iraque]] pela coligação de países ocidentais.{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
 
Alguns territórios decidiram [[democracia|democraticamente]] manter-se ligados à antiga potência colonial, como "territórios ultramarinos", que gozam de autonomia, têm governo próprio e apenas se subordinam à "mãe-pátria" em termos [[militar]]es e [[Diplomacia|diplomáticos]], não podendo, portanto, considerar-se colónias, no sentido político do termo. Exemplos destes territórios são várias ilhas das [[Caribe|Caraíbas]], como [[Guadeloupe]] e [[Martinica]], que são dependências de França, as [[Antilhas Neerlandesas]], dependência dos [[Países Baixos]], e a [[Bermudas|Bermuda]], dependente do [[Reino Unido]].{{carece de fontes|data=outubro de 2010}}
 
{{panorama|Non-Self-Governing.png|700px|Territórios sem governo próprio em 2012.}}
 
== Ver também ==
*[[Lista das Nações Unidas de territórios não autônomos]]
== *[[Colonização recente ==espacial]]
 
{{referências}}
 
{{Colonialismo}}
 
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|História|Política}}