Tombuctu: diferenças entre revisões

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|subdivisão_nome = {{MLI}}
|subdivisão_tipo1 = [[Regiões do Mali|Região]]
|subdivisão_nome1 = [[TombouctouTombuctu (região)|TombouctouTombuctu]]
|subdivisão_tipo2 = [[Cercles do Mali|Cercle]]
|subdivisão_nome2 = Timbuktu
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Tombuctu foi fundada cerca do ano 1100 pela sua proximidade com o [[rio Níger]] para servir às caravanas que traziam sal das minas do [[deserto do Saara]] para trocar por [[ouro]] e [[Escravatura|escravos]] trazidos do sul por aquele rio. Em 1330, Tombuctu fazia parte do poderoso império do [[Mali]], que controlava o lucrativo negócio do sal por ouro em toda a região, estando ligada à cidade de [[Jené]] através do comércio do sal, de cereais e do ouro. A sua função comercial era acompanhada de uma função militar. Dois séculos mais tarde, Tombuctu atingiu o seu apogeu sob o [[Império Songai]], tornando-se um paraíso para os estudiosos e a capital espiritual dos finais da [[dinastia Mandingoásquia]] Ásquia ({{nwrap|r.|1493-|1591)}}. Tombuctu, que foi habitada por [[muçulmanos]], [[cristãos]] e [[judeus]] durante centenas de anos, foi sempre um centro de tolerância religiosa e racial.
 
As culturas locais - [[songais|songai]], [[tuaregues|tuaregue]] e [[cultura árabe|árabe]]– misturaram-se, mas conservaram as suas distintas tradições. Essa idade de ouro terminou no {{séc|XVI}}, quando um exército [[Marrocos|marroquino]] destruiu o Império Songai. O domínio do comércio com [[África]] pelos navegadores [[Europa|europeus]] foi mais uma razão para o declínio de Tombuctu. O plano actual da cidade é do {{séc|XIX}}. Cinco bairros repartem-se no espaço urbano rodeado por uma muralha de cinco quilómetros. Nesta cidade comercial, é dada uma grande importância ao espaço dedicado aos mercados e aos lugares públicos. Uma parte da cidade de Tombuctu já caiu devido às tempestades de areia do Saara.
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== Centro de aprendizagem ==
Durante o começo do {{séc|XV}}, foram criadas várias instituições islâmicas. A mais famosa delas é a mesquita de SankoreSancoré, conhecida atualmente por [[Universidade de SankoreSancoré]]. Enquanto o [[islamismo]] era praticado nas cidades, nas zonas rurais locais a maioria não seguia as tradições muçulmanas. Seus líderes eram muçulmanos, interessados no avanço econômico, ao passo que a maioria da população era de "tradicionalistas".
 
=== Universidade de SankoreSancoré ===
[[imagem:Medersa Sankore.jpg|thumb|esquerda|200px|Mesquita de SankoreSancoré]]
 
No centro da comunidade escolar islâmica, a universidade[[Universidade de [[SankoreSancoré]] se organizava de forma diferente das escolas medievais europeias, sem uma administração central, registros de estudantes, ou cursos prescritos para estudo. Era composta, basicamente, por outras escolas ou "faculdades" independentes, cada qual com seu mestre. Os estudantes ligavam-se a um único professor e os cursos eram oferecidos em pátios abertos dentro das instalações da instituição ou em residências fechadas. As escolas dedicavam-se a ensinar o [[Alcorão]] e outros campos de conhecimento, tais como a lógica, a astronomia e a história. A venda e compra de livros chegou a ser mais lucrativa do que o comércio de ouro e escravos. Entre os melhores alunos, professores e pedagogos, estava [[Amade Baba]], personagem histórico frequentemente citado no ''[[História do Sudão (livro)|História do Sudão]]'' e em outros livros.
 
== Ver também ==