História do xadrez: diferenças entre revisões

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O ''chaturanga'' é considerado o jogo mais antigo com características essenciais da [[Xadrez na Índia#Definição do xadrez|definição do jogo]] encontradas nas versões posteriores - dois jogadores se enfrentando em um arranjo inicial e simétrico das peças, com peças de movimentos diferentes e a vitória dependendo da captura de uma única peça.<ref name=Britannica02>{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/109655/chess|titulo=Chess: Ancient precursors and related games|acessodata=14/05/2010|lingua=inglês|publicado=Encyclopædia Britannica Online|ano=2010|autor=Encyclopædia Britannica}}</ref> Não está claro se o ''chaturanga'' utilizava [[dado]]s para designar seus movimentos, embora a grande maioria dos jogos indianos os utilizasse{{sfn|Murray|1913|pp=45-47}}
 
Uma das lendas a respeito da origem indiana do xadrez, contada no poema persa ''Chatrang nâmag'' (c. Séc {{séc|VII}}) e no livro persa ''[[Shahnameh|Shāh-nāmeh]]'' (c. {{séc|XI}}) relata que um [[rajá]] indiano{{nota de rodapé|O texto original em [[pahlavipálavi]] não indica claramente qual rei Hindu enviou o chaturanga e os historiadores apresentam como os mais prováveis ''Dêwišarm'' (identificado como rei de Kanauj da dinastia Maukhari), ''Râe Hendi'', ''Râe of Kanouj'' ou o rei de ''Dabishlun''.<ref name="Hist2">{{citar web|url=http://www.avesta.org/mp/chatrang.htm|título=Explanation of Chess and arrangement of Vin-Artakhshir|acessodata=15/04/2010|língua=inglês}}</ref>}} enviou seu vizir Tâtarîtos à corte de [[Cosroes I]] ''Anôšag-ruwân'', xá da Pérsia, com tributos e um desafio para descobrir as regras do ''chaturanga''. Cosroes pediu por quatro dias para resolver o enigma, tendo obtido êxito no tempo previsto.<ref name="Hist2"/> {{sfn|name=L41|Lasker|1999|p=42-44}}{{nota de rodapé|Apesar da história não ser considerada verídica para a criação do xadrez, teorias recentes indicam que uma regra matemática relacionada ao [[quadrado mágico]] poderia reger os movimentos das peças, o que possibilitou a Buzurdjmir desvendar o ''chaturanga''.<ref>{{citar web|url=http://www.goddesschess.com/chessays/calvonumerology.html|título=Mystical Numerology in Egypt and Mesopotamia|acessodata=15/04/2010|língua=inglês}}</ref>}}
 
O livro ''Shāh-nāmeh'' descreve ainda mais duas lendas a respeito da origem do xadrez. A primeira conta a história do [[brâmane]] [[Sessa ibn Daher]], que criou o jogo a pedido de um rajá indiano e, como recompensa, pedira um grão de trigo na primeira [[Glossário de enxadrismo#casa|casa]] do tabuleiro, dobrando [[progressão geométrica|progressivamente]] a quantidade a cada nova casa. {{nota de rodapé|O que resulta em 18&nbsp;446&nbsp;744&nbsp;073&nbsp;709&nbsp;551&nbsp;615 (18.400 bilião) de grãos de trigo.}} A outra história conta que o jogo foi inventado a pedido da mãe do rei Gav para provar que este não havia provocado a morte do irmão Talhend durante uma batalha, reconstituída sobre o tabuleiro.<ref>{{citar periódico|autor=Wilkinson, Charles K.|publicado= From The Metropolitan Museum of Art Bulletin|titulo=Chessmen and Chess|volume=1|jornal=New Series| edição=9|mês=maio|ano=1943|páginas=271-279|url=http://www.goddesschess.com/chessays/chessmenandchess.html|acessodata=14/05/2010|lingua=inglês}}</ref>
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Por volta do {{séc|VII}} outro poema, ''Xusraw Kawadan ud redag'', escrito na língua pahlavi, menciona o chaturanga, o ''Ashtāpada'' e o ''nard'', antecessor do [[gamão]]. Cosroes foi o Xá da Pérsia de 531 a 579 e entre as possibilidades existentes, seria o primeiro a receber um conjunto de peças de xadrez da Índia.{{nota de rodapé|O texto original emprega a palavra ''Hind'' que segundo Majid Yekta´i não era empregada para designar a Índia antes do {{séc|XI}}. Portanto, a palavra pode se referir a outros locais, como o [[Cuzistão]] ou o [[Baluchistão]], como local de origem do jogo.<ref>{{citar web|url=http://www.mynetcologne.de/~nc-jostenge/|título=On the origin of chess|acessodata=13/04/2010|língua=inglês}}</ref>}}
 
Na região da Pérsia foram encontrados os vestígios arqueológicos mais antigos do jogo, localizados no sítio arqueológico de Afrasiab, perto da cidade de [[Samarcanda]], no atual Uzbequistão. As denominadas [[peças de Afrasiab]] são sete em número (1 Rei, 1 Torre, 1 Vizir, 2 Cavalos e 2 Peões), com um tamanho médio de 3&nbsp;cm de altura, e foram datadas do {{séc |VII}}.<ref name="W">{{Citar livro| autor= WILLIANS, Gareth| título= Master Pieces| idioma= inglês| edição= 1ª| local= Londres| editora= Quintet Publishing Limited| ano= 2000|isbn= 0670893811|páginas=15-16}}</ref>
 
As primeiras adaptações ao ''chaturanga'' foram a tradução do jogo, que passou a se chamar [[Chatrangue]], e das peças que mantiveram o significado indiano de representar no jogo os quatro componentes do exército na época: [[biga]]s, [[cavalaria]], [[elefante]]s montados e [[soldado]]s além do soberano e seu conselheiro.{{sfn|name=L22|Lasker|1999|pp=29-30}} Os persas também introduziram expressões no jogo como ''Shāh'', atual [[xeque (xadrez)|xeque]], utilizado ao ameaçar o Rei adversário, ''Shāh-mat'' (''[[xeque-mate]]'') que o Rei foi emboscado, capturado ou morto, o que indica o término da partida<ref>{{citar web|url=http://www.goddesschess.com/chessays/shahmatjan.html|título=The King Isn't Dead After All!|acessodata=19/04/2010|língua=inglês|autor=Jan Newton|mês=09|ano=2003}}</ref> e ''Shāh-rukh'', que indica uma ameaça dupla ao rei e à [[Torre (xadrez)|Torre]], que até então era a peça mais forte{{sfn|Hooper|Whyld|1992|p=75}}.