Bertrand Russell: diferenças entre revisões

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{{mais notasfontes|arte=sim|biografia=sim|ciência=sim|data=janeiro de 2013}}
{{Info/Escritor
|nome =<font color="blue">Bertrand Russell</font> [[Ficheiro:Nobel prize medal.svg|20px|Medalha Nobel|link=Prémio Nobel]] <br />
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Em estreita harmonia com essas teses lógico-semânticas, Russell desenvolveu algumas teses de teoria do conhecimento, em particular, a distinção entre conhecimento direto (''by acquaintance'') e conhecimento por descrição. Assim, o conhecimento que se tem de uma mancha vermelha numa parede, para Russell, poderia ser expresso numa frase como (2); por outro lado, o conhecimento que se tem dos números e de suas relações, p.ex., que 2 é maior do que 1, envolveria conceitos lógicos, e não o conhecimento direto dos números. Russell formulou a relação entre essas duas formas de conhecimento no seguinte princípio: todo o conhecimento envolve a relação direta do sujeito cognoscente com algum objeto (a relação de conhecer diretamente ou, conversamente, de apresentação de um objeto a um sujeito cognoscente), mesmo que esse conhecimento seja conhecimento por descrição de outro objeto.
 
Da volumosa obra de Russell, destacam-se o seu livro de 1903, ''The Principles of Mathematics'' (que consiste numa apresentação informal do projeto logicista de Russell); o clássico ensaio de 1905 ''On Denoting'' (em que Russell apresenta pela primeira vez ao público sua teoria das descrições definidas), considerado um dos paradigmas da história da filosofia;<ref>{{citecitar web|lastúltimo =Ludlow|firstprimeiro =Peter|titletítulo=Descriptions, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2008 Edition), Edward N. Zalta (ed.)|url=http://plato.stanford.edu/archives/fall2008/entries/descriptions/}}</ref> o livro em três volumes, em co-autoria com o [[Alfred North Whitehead|Whitehead]], publicados entre 1910 e 1913, intitulado [[Principia Mathematica]] (a segunda edição, de 1925, contem importantes modificações no projeto logicista de Russell-Whitehead); o seu artigo de 1910-11,"Knowledge by Acquaintance and Knowledge by Description"; e as conferências proferidas no inverno de 1917-18, reunidas sob o título ''The Philosophy of Logical Atomism''.
{{Portal-filosofia}}
 
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Em 1955, Russell lançou o [[Manifesto Russell-Einstein]], co-assinado por [[Albert Einstein]] e outros nove cientistas e intelectuais principais, um documento que levou à primeira das [[Conferências Pugwash]] sobre Ciência e Assuntos Mundiais em [[1957]]. Em [[1958]], Russell tornou-se o primeiro presidente da [[Campanha para o Desarmamento Nuclear.]] Demitiu-se dois anos mais tarde, quando o CDN não o apoiou em um ato de [[desobediência civil]], e formou o [[Comitê dos 100 (Reino Unido)|Comitê dos 100.]] Com quase noventa anos, em setembro de 1961 ele foi preso por uma semana por incitar a desobediência civil, por ter participado de uma grande manifestação chamada [[não-à-bomba|ban-the-bomb]] no [[Ministério da Defesa (Reino Unido)|Ministério da Defesa]], mas a sentença foi anulada por conta de sua idade.
 
Durante a [[Crise dos mísseis de Cuba]], Russell enviou telegramas tanto para o [[Presidente dos Estados Unidos]] [[John F. Kennedy]], quanto para [[Nikita Khrushchev]] da [[URSS]]. Foram contactados também o [[Secretário-Geral das Nações Unidas|Secretário-Geral]] [[U Thant]] e [[o primeiro-ministro do Reino Unido|primeiro-ministro britânico]] [[Harold Macmillan]]. Seus telegramas eram bastante críticos em relação a Kennedy, que ele já havia apontado anteriormente como "mais perigoso do que Hitler"; e tolerantes com [[Khrushchev]]. Khrushchev respondeu com uma longa carta, publicada pela agência de notícias russa [[ITAR-TASS]], que foi dirigida principalmente aos Kennedy e ao mundo ocidental <ref>{{citar livro|autor =Horst-Eberhard Richter|título=Die Krise der Männlichkeit in der unerwachsenen Gesellschaft|publicado=Psychosozial-Verlag|ano=2006|isbn=3-89806-570-7}}</ref>
 
Cada vez mais preocupados com o perigo potencial para a humanidade decorrente de armas nucleares e outras descobertas científicas, Russell também se juntou a [[Einstein]], [[Robert Oppenheimer]], [[Joseph Rotblat]] e outros cientistas eminentes da época para estabelecer a [[Academia Mundial de Arte e Ciência]], que foi formalmente constituída em 1960.
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| url=http://books.google.com/?id=qnaqY4gUyrAC&dq=mr+bertrand+russell+having+died+according+to+the+japanese+press|páginas=lxviii}}</ref><ref name="papers"/>
 
Ele foi um forte crítico do regime de [[Joseph Stalin]] e referia-se ao marxismo como um "sistema de dogmas".<ref>Bertrand Russell, ''Unpopular Essays'' (1950), p.19, Simon and Schuster</ref> Entre 1945 e 1947, juntamente com a [[A. J. Ayer]] e [[George Orwell]], ele contribuiu com uma série de artigos para a ''[[Polemic (magazine)|Polemic]]'', uma revista de filosofia, psicologia e estética - que teve curta duração - editada pelos ex-comunistas [[Humphrey Slater]] <ref>[http://findarticles.com/p/articles/mi_qn4158/is_19981113/ai_n14189822] Art-Historical Notes: "Where are the Hirsts of the 1930s now?"
''The Independent'', Nov 13, 1998 by David Buckman</ref><ref name="Absent Minds">[http://books.google.es/books?id=j-OjW2JvVfAC&pg=PA396&vq=ayer&source=gbs_search_r&cad=1_1#PPA396,M1] ''Absent Minds: Intellectuals in Britain''
by Stefan Collini
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=== Sufrágio feminino ===
Quando jovem, Russell era um membro da [[Liberal Party (UK)|Partido Liberal Britânico]] e escreveu em favor do [[sufrágio feminino]]. Em seu panfleto de 1910, ''ansiedades Anti-Suffragist'', Russell escreveu que alguns homens que se opunham ao sufrágio o faziam porque "...têm medo de que a liberdade deles para agir de maneiras tão prejudiciais para as mulheres fosse reduzida." Em maio de 1907, Russell concorreu para o Parlamento Britãnico levantando a bandeira do [[sufrágio feminino]], mas não foi eleito <ref name="WomenSuffrage">{{citar livro|título=The Women's Suffrage Movement: A Reference Guide, 1866–1928|autor =Crawford, Elizabeth|publicado=Routledge|páginas=785|isbn=0-415-23926-5|ano=2001|url=http://books.google.com/?id=eIzLissZmscC}}</ref>
 
===Sexualidade ===