Cruz cristã: diferenças entre revisões

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Já se tentou associar a este uso difundido do símbolo, em particular na forma da [[suástica]], uma importância [[etnografia|etnográfica]]; ela poderia ter representado o aparato usado para se fazer o [[fogo]] e, como tal, ser um símbolo do fogo sagrado<ref name="Burnouf">[[Emile Burnouf]], ''[[La science des religions]]''</ref> ou como um símbolo do [[Sol]],<ref name="Bertrand">[[Bertrand]], ''[[La religion des Gaulois]]'', p. 159. A ''[[E. W. Bullinger|Companion Bible]]'' diz: "Estas cruzes eram usadas como símbolos do [[Deus-Sol babilônio]], [uma cruz dentro de um círculo], e foram vistas pela primeira vez numa [[moeda]] de [[Júlio César]], [[100 a.C.|100]]-[[44 a.C.]], e depois numa moeda cunhada pelo seu herdeiro ([[Augusto]], em [[20 a.C.]]. Nas moedas de [[Constantino I]] o símbolo mais frequente é [[☧]]; mas o mesmo símbolo é usado sem o círculo que o envolve, e com os quatro braços de dimensões iguais; e este símbolo era especificamente venerado como a '[[Roda Solar]]'. Deve-se lembrar que Constantino era um devoto do [[Sol Invicto|Deus-Sol]], e não entraria para a 'Igreja' até um quarto de século depois da lenda de sua [[In hoc signo vinces|visão da cruz nos céus]]." ([http://www.angelfire.com/nv/TheOliveBranch/append162.html Appendix No. 162])</ref> indicando sua rotação diária. Também foi interpretado como uma representação mística do [[relâmpago]] ou do deus das [[tempestade]]s, e até mesmo como o emblema do [[panteão]] [[ariano]] e da antiga civilização ariana.
 
Outro símbolo que foi associado à cruz é a cruz ansata (''[[ankh]]'' or ''crux ansata'') dos [[Egito Antigo|antigos egípcios]], que frequentemente aparecem como um sinal simbólico nas mãos da deusa [[SekhetSacmis]], e como um símbolo [[hieróglifo|hieroglífico]] para a vida ou os vivos.<ref>"A cruz na forma da 'Crux Ansata' . . . era carregada nas mãos dos sacerdotes egípcios e reis pontífices como o símbolo de sua autoridade como sacerdotes do Deus Sol, e era chamada de 'o Símbolo da Vida'." (''[[The Worship of the Dead]]'' (London, 1904), de [[J. Garnier]], p. 226.</ref> Em períodos subsequentes os cristãos egípcios ([[coptas]]), atraídos por sua forma e, talvez, por seu simbolismo, o adotaram como emblema da cruz.<ref>[[Gayet]], "Les monuments coptes du Musée de Boulaq" in "Mémoires de le mission française du Caire", VIII, fasc. III, 1889, p. 18, pl. XXXI–XXXII & LXX–LXXI.</ref>
 
Na [[Era do Bronze]] encontrava-se em diversas partes da Europa uma representação mais precisa da cruz, tal como concebida pela arte cristã, e foi neste formato que ela acabou por ser mais amplamente difundida. Esta caracterização mais precisa coincide com uma mudança geral correspondente nos costumes e crenças; a cruz passou a ser associada a diferentes objetos, como [[fivela]]s, [[cinturão|cinturões]], e encontrada em fragmentos de terracota, e no fundo de recipientes usados para beber. Já se especulou que tal uso do símbolo não seria apenas ornamental, mas também um sinal de consagração, especialmente no caso de objetos pertencentes a [[enterro]]s. No [[cemitério]] proto-[[etruscos|etrusco]] de [[Golasecca]], cada [[tumba]] contém um [[vaso]] com uma cruz entalhada. Cruzes legítimas, de maior ou menor design artístico, foram encontradas em [[Tirinte]], [[Micenas]], [[Creta]], e numa fivela de [[Vulci]].