Arábia Saudita: diferenças entre revisões

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|mapa = Saudi Arabia - Location Map (2013) - SAU - UNOCHA-pt.svg
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|rodapé = ¹&nbsp; Utiliza-se também: Árabe-saudita<ref name="Saudita">{{Citar web |url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=gentilicos&search=Ar%E1bia+Saudita |título=Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos}}</ref>, saudi-arábico,<ref name="Saudita"/> saudi-árabe<ref>{{citar web | url=http://www.infopedia.pt/dicionarios/vocabulario/saudi-%C3%A1rabe | título=Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora | publicado=www.infopedia.pt | acessodata=9 de Abril de 2015 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303190226/http://www.infopedia.pt/dicionarios/vocabulario/saudi-%C3%A1rabe | arquivodata=3 de Março de 2016 | urlmorta=yes }}.</ref> e arábio.<ref name="Saudita"/>
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Depois da unificação dos reinos de [[Reino do Hejaz|Hejaz]] e [[Néjede]], o novo Estado foi nomeado ''al-Mamlakah al-Arabīyah as-Suūdīyah'' ({{lang-ar|المملكة العربية السعودية}}) por decreto real em 23 de setembro 1932 pelo fundador do país, o rei [[Abdul Aziz Al Saud]]. Isto é normalmente traduzido como "Reino da Arábia Saudita",<ref name="US State Dept Saudi Arabia">{{citar web|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3584.htm |título=Background Note: Saudi Arabia |publicado=U.S. State Department |acessodata=28 de abril de 2011}}</ref> ainda que literalmente signifique "Reino Árabe Saudita".<ref>{{citar livro|título=The Crisis of Islam |último =Lewis |primeiro =Bernard |ano=2003 |isbn=0-679-64281-1 |páginas= xx–xxi (Introduction)}}</ref>
 
A palavra ''Saudi'' é derivada de ''as-Suʻūdīyah'' no nome em árabe do país, que é um tipo de adjectivo conhecido como um ''nisba'', formado a partir do nome da dinastia ''[[Al Saud]]'' (آل سعود). Sua inclusão indicou que o governante do país considerava-o como posse pessoal da família real.<ref>{{citar livro|título=Saudi Arabia: the coming storm |último =Wilson |primeiro =Peter W. |coautor=Graham, Douglas |ano=1994 |isbn=1-56324-394-6 |página=46 |url=http://books.google.co.uk/books?id=K_c9FOeeuewC&pg=PA46 |acessodata=6 de junho de 2011}}</ref><ref name= Kamrava>{{citar livro|título=The Modern Middle East: A Political History Since the First World War |último =Kamrava |primeiro =Mehran |ano=2011 |isbn=978-0-520-26774-9 |página=67 |url=http://books.google.co.uk/books?id=CkLHZCzMEJkC&pg=PA67 |acessodata=6 de junho de 2011}}</ref> ''Al Saud'' é um nome árabe formado pela adição da palavra Al, que significa "família de" ou "Case de",<ref>{{citar livro|título=A Brief History of Saudi Arabia |último =Wynbrandt, |primeiro =James |coautor=Gerges, Fawaz A. |ano=2010 |isbn=978-0-8160-7876-9 |página=xvii}}</ref> ao nome pessoal do antepassado da família ''Al Saud'', no caso, o pai do fundador da dinastia no {{séc|XVIII}}, Muhammad bin Saud.<ref>{{citar livro|título=The heritage of the Kingdom of Saudi Arabia |último =Hariri-Rifai |primeiro =Wahbi |coautor=Hariri-Rifai, Mokhless |ano=1990 |isbn=978-0-9624483-0-0 |página=26}}</ref>
 
== História ==
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=== Pré-unificação ===
[[Imagem:Arabia 1914.png|thumb|esquerda|Mapa da [[Arábia]] em 1914]]
Muitos povos têm vivido na península ao longo de mais de cinco mil anos. A cultura [[Dilmun]], ao longo da costa do Golfo, era contemporânea dos [[Suméria|sumérios]] e dos antigos [[EgiptoEgito|egípcios]], e a maior parte dos impérios do mundo antigo estabeleceu trocas comerciais com os estados da [[península]].<ref name="Britannica history">{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/31568/history-of-Arabia |título=History of Arabia |publicado=Encyclopaedia Britannica Online |acessodata=7 de junho de 2011}}</ref>
 
A fundação do [[islamismo]] por [[Maomé]] no ano de 620 da era atual e a subsequente importância religiosa das cidades árabes de [[Meca]] e [[Medina (Arábia Saudita)|Medina]] concederam aos governantes desse território considerável influência além da península.
 
O Estado Saudita surge na Arábia Central em 1744. Um chefe local, [[Muhammad bin Saud]], uniu forças a um resgatador dos fundamentos do Islã, [[Maomé ibne Abdal Uaabe]], para criar uma nova entidade política. O moderno Estado Saudita foi fundado pelo último rei [[Abdul Aziz Al-Saud]] (conhecido internacionalmente como Abdul Aziz Ibn Saud).
 
Em 1902, Abdul Aziz Ibn Saud capturou [[Riade]], a capital ancestral da dinastia de Al-Saud à família rival Raxide. Continuando estas conquistas, Abdul Aziz subjugou o oásis de Alhaça, o resto do [[Néjede]] e do [[Hijaz]] entre 1913 e 1926. Em 8 de janeiro de 1926, Abdul Aziz Ibn Saud torna-se "Rei do Hijaz". Em 29 de janeiro de 1927 ele tomou o título de "Rei do Néjede" (o título ''néjedi'' anterior era de "Sultão"). Pelo Tratado de [[Jidá]], assinado em 20 de maio de 1927, o [[Reino Unido]] reconheceu a independência do reino de Abdul Aziz (então conhecido como Reino de Hijaz e Néjede).
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Em 1990-91, o [[Fahd da Arábia Saudita|Fahd]] desempenhou um papel-chave antes e durante a [[Guerra do Golfo]]: a Arábia Saudita acolheu a família real kuwaitiana além de {{fmtn|400000}} refugiados e ao mesmo tempo permitiu a entrada de tropas ocidentais e árabes em seu território para a liberação do Kuwait no ano seguinte.
 
Quando o então rei Fahd sofreu um enfarte em novembro de 1995, o seu sucessor, então príncipe-herdeiro [[Abdallah da Arábia Saudita|Abdallah]], assumiu muitas das responsabilidades rotineiras da condução do governo. Morto o rei Fahd em 1 de agosto de 2005, Abdallah sucedeu-lhe, convertendo-se no rei do país, até 22 de janeiro de 2015, quando faleceu, depois de cerca de 30 dias de luta contra uma pneumonia, assumindo como seu sucessor, em 23 de janeiro o seu meio irmão [[Salman da Arábia Saudita|Salman bin Abdalaziz Al Saud]] e passando a sucessor do trono o sobrinho [[Mohammed bin Nayef]]. No entanto, em junho de 2017, este foi afastado, e o rei Salman tornou [[Mohammad bin Salman]] herdeiro do trono. <ref>{{citar web|url=https://www.mirror.co.uk/news/world-news/saudi-arabia-return-moderate-open-11400298|titulo=Saudi Arabia will return to moderate, open Islam and 'will destroy extremist ideas', says crown prince-Mohammad bin Salman bin Abdulaziz Al Saud also announced the kingdom would do more to tackle extremism|data=24 de outubro de 2017|acessodata=|publicado=Mirror|ultimo=Bond|primeiro=Anthony (e outro)}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://edition.cnn.com/2017/06/21/middleeast/saudi-arabia-crown-prince/index.html|titulo=Saudi Arabia's king replaces nephew with son as heir to throne|data=21 de junho de 2017|acessodata=|publicado=CNN|ultimo=Chavez|primeiro=Nicole}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.washingtonpost.com/world/saudi-king-names-son-as-new-crown-prince-upending-the-kingdoms-succession-line/2017/06/21/e66db88d-fecc-40fe-a902-7f9afa487de9_story.html?utm_term=.3dd62f301700|titulo=Saudi king names son as new crown prince, upending the royal succession|data=21 de junho de 2017|acessodata=|publicado=The Washington Post|ultimo=Raghavan|primeiro=Sudarsan (e outro)}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.thenational.ae/world/saudi-royal-decrees-announcing-prince-mohammed-bin-salman-as-the-new-crown-prince-1.93194|titulo=Saudi royal decrees announcing Prince Mohammed Bin Salman as the new crown prince - Saudi Arabia’s Prince Mohammed bin Salman was promoted to crown prince on Wednesday, making him next in line to rule the kingdom.|data=21 de Junho de 2017|acessodata=|publicado=The National|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Geografia ==
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Em 2010, o [[Departamento de Estado dos Estados Unidos|Departamento de Estado]] dos [[Estados Unidos]] afirmou que na Arábia Saudita "a [[liberdade de religião]] não é reconhecida ou protegida sob a lei e é severamente restrita na prática" e que "as políticas do governo continuam a colocar graves restrições à liberdade religiosa" no país.<ref name=irf2010>{{citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2010/148843.htm |título=Saudi Arabia: International Religious Freedom Report 2010 |publicado=[[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] |data=17 de novembro de 2010 |acessodata=27 de julho de 2011}}</ref> Nenhuma outra [[religião]] que não seja o islamismo pode ser praticada, embora haja cerca de um milhão de [[Cristianismo|cristãos]] no país, quase todos trabalhadores estrangeiros.<ref name= Times>{{citar jornal|título=Saudi Arabia extends hand of friendship to Pope |url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article3571835.ece |jornal=The Times |data=17 de março de 2008 |acessodata=27 de julho de 2011 |local=Londres |primeiro =Richard |último =Owen}}</ref> Na Arábia Saudita igrejas ou outros templos não-muçulmanos são proibidos.<ref name=irf2010/> Mesmo a realização de orações de forma privada é proibida na prática e a polícia religiosa saudita supostamente investiga regularmente as casas de cristãos.<ref name= Times/> Os trabalhadores estrangeiros têm que comemorar o [[Ramadã]], mas não estão autorizados a celebrar o [[Natal]] ou a [[Páscoa]].<ref name= Times/> A conversão por muçulmanos para outra religião ([[apostasia]]) é punida com a [[pena de morte]], embora não tenha havido relatos confirmados de execuções por apostasia nos últimos anos.<ref name=irf2010/> O [[proselitismo]] religioso por não-muçulmanos é ilegal<ref name=irf2010/> e o último sacerdote cristão foi expulso da Arábia Saudita em 1985.<ref name= Times/> De acordo com a ''[[Human Rights Watch]]'', a minoria xiita do país sofre discriminação sistemática do governo saudita na educação, no sistema judiciário e em suas liberdades, especialmente a religiosa.<ref>{{citar livro|título=Denied dignity: systematic discrimination and hostility toward Saudi Shia citizens |último =Human Rights Watch |ano=2009 |isbn=1-56432-535-0 |página=1}}</ref> Várias restrições são impostas para a celebração pública de festas xiitas, como o ''[[Ashura]]''.<ref>{{citar livro|título=Denied dignity: systematic discrimination and hostility toward Saudi Shia citizens |último =Human Rights Watch |ano=2009 |isbn=1-56432-535-0 |páginas=2, 8–10}}</ref>
 
A Arábia Saudita financia a construção de mesquitas por todo o mundo ocidental, (incluido Portugal <ref>{{citar web|url=https://www.publico.pt/2016/06/05/sociedade/noticia/forcas-de-seguranca-acreditam-que-dinheiro-publico-para-as-mesquitas-ajuda-a-integracao-1734016|titulo=Polícias crêem que dinheiro público para as mesquitas ajuda à integração|data=5 de Junho de 2016|publicado=Público|ultimo=Ribeiro|primeiro=Nuno}}</ref> ) que espalham a sua versão do Islão, e ofereceu-se para construir 200 mesquitas na Alemanha para os refugiados sírios, apesar de se recusar a recebê-los no seu território. Financia também com generosas quantias muitas universidades no mundo ocidental. Segundo os relatos do jornalista [[Stephen Pollard]], só entre 1995 e 2008, oito universidades britânicas - Oxford, Cambridge, Durham, University College London, a London School of Economics, Exeter, Dundee and City – aceitaram mais de 233 milhões de libras de governantes sauditas e outros do Médio Oriente . Uma grande parte dessas verbas foi para centros de estudos islâmicos, como o [[Oxford Centre for Islamic Studies]] que recebeu 75 milhões. <ref>{{citar web|url=https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/africaandindianocean/libya/8360103/Libya-and-the-LSE-Large-Arab-gifts-to-universities-lead-to-hostile-teaching.html|titulo=Libya and the LSE: Large Arab gifts to universities lead to 'hostile' teaching - The LSE is not the only university that has reason to feel ashamed, writes Stephen Pollard.|data=3 de Março de 2011|acessodata=|publicado=The Telegraph|ultimo=Pollard|primeiro=Stephen}}</ref> Em Dezembro de 2015, Sigmar Gabriel, vice-chanceler alemão, acusou os sauditas de financiarem o extremismo islâmico no Ocidente <ref>{{citar web|url=http://www.independent.co.uk/news/world/europe/saudi-arabia-funding-islamic-extremism-west-german-vice-chancellor-sigmar-gabriel-a6763366.html|titulo=Saudi Arabia 'funding Islamic extremism in the West', German vice-chancellor Sigmar Gabriel claims|data=7 de Dezembro de 2015|publicado=The Independent|ultimo=Henderson|primeiro=Emma}}</ref> .
{{panorama|Madina_Haram_at_evening.jpg|1200px|Panorama da mesquita [[Mesquita do Profeta]], em [[Medina]], ao entardecer}}
 
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=== Saúde ===
 
A [[esperança de vida]], em 2012, era de 74,8 anos. Os homens viviam, em média, 73,5 anos, enquanto a expectativa de vida para as mulheres era de 76,5 anos de idade.<ref name="Esperança de vida na Arábia Saudita">{{citar web | url = http://gamapserver.who.int/gho/interactive_charts/mbd/life_expectancy/atlas.html | título = Life expectancy (years) | publicado = Organização Mundial de Saúde (OMS) | lingua = inglês | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref> A [[taxa de mortalidade]] foi de 12 mortes por 100.000 nascidos vivos em 2016, e a [[taxa de natalidade]] foi, em 2012, de 22 nascimentos a cada 1.000 pessoas.<ref name="Taxa de mortalidade e de natalidade na Arábia Saudita">{{citar web | url = http://gamapserver.who.int/gho/interactive_charts/mdg5_mm/atlas.html | título = Maternal mortality ratio (por cada 100 000 nacidos vivos), 2010 | publicado = Organização Mundial de Saúde (OMS) | lingua = inglês | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref><ref name="Taxa de mortalidade e de natalidade na Arábia Saudita 2">{{citar web | url = https://www.unicef.org/spanish/infobycountry/saudiarabia_statistics.html | título = Arabia Saudita: Estadísticas | publicado = UNICEF | lingua = espanhol | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref> Essas taxas vêm melhorando há décadas, graças ao fato de que o governo investe 4,7% de seu PIB nessa área, enquanto cada habitante gasta cerca de US$ 2.466 por ano.<ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita">{{citar web | url = http://www.who.int/countries/sau/es/# | título = Arabia Saudita | publicado = Organização Mundial de Saúde (OMS) | lingua = espanhol | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref> A obesidade é bastante alta, já que nos homens é de 29,9% e nas mulheres é de 43,5%, além de que 24% da população masculina consome [[tabaco]], com esse índice caindo para 1% entre as mulheres.<ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita 2">{{citar web | url = http://www.who.int/gho/countries/sau.pdf | título = SaudiArabia: WHO statistical profile | publicado = Organização Mundial de Saúde (OMS) | lingua = inglês | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref> Além disso, possui cerca de 300 hospitais com uma das melhores infraestruturas sanitárias do planeta.<ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita 2" />
 
Há um risco de proliferação de doenças como a [[malária]], principalmente de setembro a janeiro, e predominantemente de ''[[Plasmodium falciparum]]'', incluindo os surtos ao longo da fronteira sul com o Iêmen, exceto nas áreas de maior altitude da província de [['Asir]].<ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita 3">{{citar web | url = http://www.mscbs.gob.es/profesionales/saludPaises.do?metodo=verDetallePais | título = Situación sanitaria por países | publicado = Ministerio de Sanidad, Consumo y Bienestar Social de España | lingua = espanhol | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref> Não há risco de doenças generalizadas em Meca ou Medina. Por outro lado, para cada 1.000 habitantes havia 2,6 médicos e 2,1 leitos de hospitais.<ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita 4">{{citar web | url = https://data.worldbank.org/indicator/SH.MED.PHYS.ZS | título = Physicians (per 1,000 people) | publicado = Banco Mundial | lingua = inglês | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref><ref name="Investimento em saúde na Arábia Saudita 5">{{citar web | url = https://data.worldbank.org/indicator/SH.MED.BEDS.ZS?locations=SA | título = Hospital beds (per 1,000 people) | publicado = Banco Mundial | lingua = inglês | acessodata = 1 de dezembro de 2018 | data = }}</ref>
 
== Governo e política ==
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xeques]] tribais mantendo um grau considerável de influência sobre eventos locais e nacionais.<ref name=Britannica/> Como mencionado anteriormente, nos últimos anos tem havido medidas limitadas para ampliar a participação política, como a criação do Conselho Consultivo no início de 1990 e do Fórum de Diálogo Nacional em 2003.<ref name=Cavendish78/>
 
O governo da família Saud enfrenta oposição política a partir de quatro fontes: ativismo islâmico [[sunita]], principalmente a [[Ash Sharqiyah|Província Oriental]]; críticos [[Liberalismo social|liberais]]; minoria [[xiita]]; e antigos adversários tribais e regionais (por exemplo, no [[Hejaz]]).<ref>{{citar periódico|autor =Barenek, Ondrej |ano=2009 |título=Divided We Survive: A Landscape of Fragmentation in Saudi Arabia |periódico=Middle East Brief |número=33 |publicado=Brandeis University Crown Center for Middle East Studies |url=http://www.brandeis.edu/crown/publications/meb/MEB33.pdf |acessodata=29 de junho de 2011}}</ref> Destes, os ativistas islâmicos foram a ameaça mais importante para o regime e nos últimos anos perpetraram uma série de atos violentos ou [[Terrorismo|terroristas]] no país. No entanto, protestos populares abertamente contra o governo, mesmo que pacíficos, não são tolerados.<ref name=Cavendish78/>
 
A Arábia Saudita foi, até 23 de Junho de 2018, o único país do mundo que proibía proibia as mulheres de dirigir.<ref>Web 2.0 Technologies and Democratic Governance, Christopher G. Reddick, Stephen Kwamena Aikins - 2012</ref><ref>{{citar web|url=https://observador.pt/2018/06/24/arabia-saudita-hoje-vou-conduzir-para-o-trabalho-e-pela-primeira-vez-nao-estou-no-banco-de-tras/|titulo=Arábia Saudita. “Hoje, vou conduzir para o trabalho. E, pela primeira vez, não estou no banco de trás”|data=24 de Junho de 2018|acessodata=|publicado=Observador|ultimo=|primeiro=}}</ref> Em 25 de setembro de 2011, o rei Abdullah anunciou que as mulheres terão o direito de se candidatar e votar nas futuras eleições locais e se juntar ao conselho consultivo ''Shura'' como membros de pleno direito.<ref>{{citar jornal|url=http://www.guardian.co.uk/world/2011/sep/25/saudi-arabia-women-vote-elections |título=Saudi Arabia gives women right to vote |data=25 de setembro de 2011 |local=Londres |obra=The Guardian }}</ref>
 
=== Forças Armadas ===
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Causas também podem ser julgados em tribunais da Sharia, com uma exceção: os xiitas podem julgar casos desse tipo em seus próprios tribunais. Outros processos cíveis, incluindo os que envolvem queixas contra o governo e a execução de sentenças estrangeiras, são submetidos inicialmente a tribunais administrativos especializados, tais como a Comissão para a Resolução de Conflitos Laborais e o Conselho de Queixas.<ref name = Jurist/>
[[Imagem:WLM - roel1943 - Koran.jpg|thumb|esquerda|O [[Alcorão]] é a constituição oficial do país e a primeira fonte de [[direito civil]]. A Arábia Saudita é o único país que transformou um texto religioso em político.<ref>{{citar livro|título=The history of Saudi Arabia |último =Bowen |primeiro =Wayne H. |ano=2007 |isbn=978-0-313-34012-3 |página=13}}</ref>]]
 
As principais fontes de direito saudita são a [[fiqh]] [[hambali]], consagrada em vários tratados acadêmicos especificados por juristas competentes, outras escolas de direito, as regulamentações estatais e decretos reais (quando estes são relevantes), e o costume e a prática.<ref name =emory>{{Citar web|url=http://www.law.emory.edu/ifl/legal/saudiarabia.htm |título=Saudi Arabia, Kingdom of |publicado=Law.emory.edu |data=1933-09-22 |acessodata=2010-05-01}}</ref>
 
O sistema legal saudita prescreve [[pena de morte]] ou [[castigo físico]], incluindo [[amputação]] das mãos e dos pés para certos crimes, como [[Apostasia no Islã|apostasia]] ou [[blasfêmia]],<ref>{{citar web|url=https://www.hrw.org/news/2015/11/23/saudi-arabia-poet-sentenced-death-apostasy|titulo=Saudi Arabia: Poet Sentenced to Death for Apostasy|data=23 de Novembro de 2015|publicado=Human Rights Watch}}</ref> [[assassinato]], [[roubo]], [[estupro]], contrabando de drogas, [[homossexualidade|atividade homossexual]] e [[adultério]]. O roubo é punível com a amputação da mão, embora raramente seja fixada para a primeira ofensa. Os tribunais podem impor outras penas severas, como [[flagelação|flagelações]] para crimes menos graves contra a [[moralidade pública]], como a [[embriaguez]].<ref>{{Citar web|url=http://hrw.org/backgrounder/mena/saudi/saudi.pdf |título=Human Rights in Saudi Arabia: A Deafening Silence |data= |acessodata=2010-05-01}}</ref> Homicídio, morte acidental e lesão corporal estão abertas à punição pela família da vítima. Retribuição pode ser pedida em espécie ou através de [[dinheiro de sangue|dinheiro]]. O dinheiro de sangue a pagar pela morte acidental de uma mulher ou de um homem cristão<ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2008/108492.htm |título=State Department |publicado=State.gov|acessodata=2010-05-01}}</ref> é a metade do que para um homem muçulmano.<ref>{{Citar web |url=http://www.jeansasson.com/law_and_government.htm |título=Saudi Arabian Government and Law |publicado=Jeansasson.com |data= |acessodata=2010-05-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110205111614/http://www.jeansasson.com/law_and_government.htm |arquivodata=5 de Fevereiro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Todos os outros ([[hinduísmo|hindus]], [[budismo|budistas]] e sikhs[[siquismo|siques]]) são avaliados em 1/16 daquele valor. A principal razão para isto é que, de acordo com a lei islâmica, os homens devem ser os fornecedores para as suas famílias e, portanto, espera-se que ganhem mais dinheiro em suas vidas; o que ,no entanto, cada vez menos se verifica nas sociedades modernas. O dinheiro de sangue de um homem deveria sustentar sua família, pelo menos durante um curto período de tempo. Os assassinatos devido à "[[Crime de honra|honra]]''" ''também não são punidos tão severamente como o assassinato comum. Isto geralmente decorre do fato de que os assassinatos devidos à "honra" - além de vitimarem na sua maioria mulheres - ocorrerem dentro de uma família e serem considerados como compensadores de algum ato 'desonroso' cometido. A escravidão só foi abolida em 1962. Muitas leis relacionadas a esta {{esclarecer|data=agosto de 2010}} implicam punições severas, como flagelações por ingressar com o tipo incorreto de visto.<ref name="autogenerated1" />
 
Devido a religião, a Árabia Saudita era o único país onde as mulheres estavam proibidas de dirigir, até Junho de 2018.<ref>{{citar web |url=http://www.bangkokpost.com/breakingnews/376662/saudis-arrest-16-women-for-driving|publicado=Bangkok Post |título= "Saudis arrest 16 women for driving" |data=27 de outubro de 2013 |acessodata=28 de outubro de 2013 |língua=en}}</ref><ref>{{citar web |url= http://www.mail.com/int/news/world/2420572-saudi-women-drive-protest-with-problem.html#.2422464-rightcolumn-mostviewed1-5|publicado=mail.com|título= "Saudi women drive in protest with little problem". |data=26 de outubro de 2013 |acessodata=28 de outubro de 2013 |língua=en }}</ref>
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A Arábia Saudita tem sido muito criticada por seu histórico de desrespeito aos [[direitos humanos]]. As questões que têm atraído fortes críticas incluem a posição extremamente desvantajosa das [[Direitos da mulher|mulheres]] dentro da sociedade saudita, a [[discriminação religiosa]] e a falta de [[liberdade religiosa]] e política. Entre 1996 e 2000, a Arábia Saudita aderiu a quatro convenções da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU) sobre direitos humanos e, em 2004, o governo aprovou a criação da Sociedade Nacional para os Direitos Humanos (SNDH), composta por funcionários do governo, para monitorar sua implementação. As atividades da SNDH têm sido limitadas e subsistem dúvidas sobre a sua neutralidade e independência.<ref>{{citar livro|título=A History of Saudi Arabia |último =Al-Rasheed |primeiro =Madawi |ano=2010 |isbn=978-0-521-74754-7 |páginas=250–252}}</ref> A Arábia Saudita continua a ser um dos poucos países do mundo que não aceitam a [[Declaração Universal dos Direitos Humanos]] da ONU. Em resposta às críticas contínuas de seu histórico de direitos humanos, o governo saudita aponta para o caráter islâmico especial de seu país e afirma que isso justifica uma ordem social e política diferente da do resto do mundo.<ref>{{citar livro|título=Sharia Incorporated: A Comparative Overview of the Legal Systems of Twelve Muslim Countries in Past and Present |último =Otto |primeiro =Jan Michiel |ano=2010 |isbn=978-90-8728-057-4 |páginas=168, 172}}</ref>
 
O britânico [[Ziauddin Sardar]], de origem paquistanesa, comentaː ''"O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita”''. E continuaː "''Se olharmos para as leis que o ISIS pratica são exactamente as mesmas em vigor na Arábia Saudita (onde as mulheres têm de ter um guardião masculino e andar cobertas, e crimes como a blasfémia são sentenciados como chicotadas ou alguém que tenha cometido adultério pode ser condenado à morte). Só há uma diferença entre o ISIS e a Arábia Saudita, a Arábia Saudita comete as suas atrocidades atrás de uma cortina enquanto o ISIS transforma as suas atrocidades em vídeos do YouTube. O ano passado,'' (refere-se a 2014) ''na verdade, mais pessoas foram executadas na Arábia Saudita [oficialmente, 151] do que pelo ISIS."''<ref>{{citar web|url=https://www.publico.pt/2015/12/07/mundo/noticia/o-estado-islamico-sempre-existiu-e-a-arabia-saudita-1716649|titulo=O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita” Ziauddin Sardar, reformista muçulmano, acredita que se um grupo terrorista for destruído outro ocupará o seu lugar. Isto, até se atacar a ideologia na base do extremismo, o uaabismo saudita. Riad e os terroristas usam as mesmas leis, diz.|data=7 de Dezembro de 2015|publicado=Público|ultimo=Lorena|primeiro=Sofia}}</ref> O escritor e jornalista argelino [[Kamel Daoud]], tem opiniões semelhantes.<ref>{{citar web|url=https://www.nytimes.com/2015/11/21/opinion/larabie-saoudite-un-daesh-qui-a-reussi.html|titulo=L’Arabie saoudite, un Daesh qui a réussi (A Arábia Saudita, um Daesh que resultou) - em francês|data=20 de Novembro de 2015|publicado=The New York Times|ultimo=Daoud|primeiro=Kamel}}</ref>
 
O [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] considera a "discriminação contra as mulheres um problema significativo" na Arábia Saudita e observa que as mulheres têm poucos [[direitos políticos]] devido a políticas discriminatórias do governo local.<ref name= State2010>{{citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/hrrpt/2010/nea/154472.htm |título=2010 Human Rights Report: Saudi Arabia |data=8 de abril de 2011 |publicado=[[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] |acessodata=11 de julho de 2011}}</ref>
[[Imagem:Dira Square.JPG|miniaturadaimagem|esquerda|Praça Dira, em [[Riade]], onde pessoas são regularmente decapitadas e têm membros amputados.<ref>{{citar web|url=http://www.newsweek.com/2014/10/24/when-it-comes-beheadings-isis-has-nothing-over-saudi-arabia-277385.html|titulo=When It Comes to Beheadings, ISIS Has Nothing Over Saudi Arabia|data=14 Outubro 2014|publicado=Newsweek|ultimo=di Giovanni|primeiro=Janine}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2008/oct/14/saudiarabia-humanrights|titulo=How I survived chop chop square (Como sobrevivi á Praça chop chop) - em inglês|data=14 de Outubro de 2008|publicado=The Guardian|ultimo=Sampson|primeiro=William}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ibtimes.co.uk/saudi-arabia-chop-square-beheading-453240|titulo=Execution Central: Saudi Arabia's Bloody Chop-Chop Square (Central de Execuçõesː A sangrenta Praça Chop Chop da Arábia Saudita) - em inglês|data=1 de Julho de 2014|publicado=International Business Times|ultimo=Bacchi|primeiro=Umberto}}</ref>]]
 
Um relatório especial da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU) sobre a violência doméstica em 2008, notou a ausência de leis que criminalizem a violência contra as mulheres.<ref name= State2010/> Um relatório produzido pelo [[Fórum Econômico Mundial]] de 2010 sobre [[igualdade de gênero]] classificou a Arábia Saudita no 129º lugar entrem os 134 países avaliados.<ref>{{citar livro |título=The Global Gender Gap Report 2010 |último=[[Fórum Econômico Mundial]] |ano=2010 |isbn=978-92-95044-89-0 |página=9 |url=http://www.weforum.org/pdf/gendergap/report2010.pdf |acessodata=27 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101108161527/http://www.weforum.org/pdf/gendergap/report2010.pdf |arquivodata=8 de novembro de 2010 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Sob a lei saudita, cada mulher adulta deve ter um parente do sexo masculino como seu "guardião".<ref name= State2010/> Como resultado, a organização ''[[Human Rights Watch]]'' descreve a situação jurídica das mulheres sauditas como equivalente a de um menor de idade, com pouca autoridade legal sobre a sua própria vida. As autoridades governamentais podem forçar as mulheres a obter a permissão legal de um guardião masculino para viajar, estudar ou trabalhar.<ref name= HRWPM2>{{citar livro|título=Perpetual Minors: human rights abuses from male guardianship and sex segregation in Saudi Arabia |último =[[Human Rights Watch]] |ano=2008 |página=2 |url=http://books.google.com/?id=nFv4d6LdyFEC&printsec=frontcover&dq=saudi+%22perpetual+minors%22#v=onepage&q&f=false |acessodata=27 de julho de 2011}}</ref> O guardião está legalmente autorizado a fazer uma série de decisões críticas em nome de uma mulher.<ref name= State2010/><ref name= HRWPM2/><ref>{{citar livro|título=Perpetual Minors: human rights abuses from male guardianship and sex segregation in Saudi Arabia |último =Human Rights Watch |ano=2008 |página=3 |url=http://books.google.com/?id=nFv4d6LdyFEC&printsec=frontcover&dq=saudi+%22perpetual+minors%22#v=onepage&q&f=false |acessodata=27 de julho de 2011}}</ref>
 
Em 11 de Março de 2002, os próprios jornais sauditas noticiaram que a [[Mutaween]] (polícia religiosa) tinha impedido a fuga de estudantes de uma escola em chamas em Meca, porque as meninas não estavam usando o vestuário islâmico - hijab e abayas. 15 meninas morreram no incêndio e mais de 50 outras ficaram feridas.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/1874471.stm|titulo=Saudi police 'stopped' fire rescue|data=15 de Março de 2002|acessodata=|publicado=BBC|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Em Abril de 2017, a Arábia Saudita foi eleita para a Comissão dos Direitos das Mulheres na ONU.Comentou Hillel Neuer, diretor da UN Watch: ''“Eleger a Arábia Saudita para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para chefe dos bombeiros”''. O regime saudita obteve 47 votos dos 54 países que participaram nesta eleição.<ref>{{citar web|url=http://www.esquerda.net/artigo/arabia-saudita-eleita-para-comissao-dos-direitos-das-mulheres-da-onu/48305|titulo=Arabia Saudita eleita para Comissão dos Direitos das Mulheres|data=23 Abril 2017|publicado=Esquerda.net}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.unwatch.org/no-joke-u-n-elects-saudi-arabia-womens-rights-commission/|titulo=Não é piada! UN elege a Arabia Saudita para Comissão dos Direitos das Mulheres (em inglês)|data=22 Abril 2017|publicado=UN Watch}}</ref>
 
Em 2 de Outubro de 2018, o jornalista saudita [[Jamal Khashoggi]], desapareceu depois de entrar no consulado saudita em Istambul, na Turquia, para tratar de documentação. Segundo fontes do governo turco, há gravações de áudio e vídeo que provam ter sido torturado, assassinado e desmembrado dentro do consulado por uma equipa de execução de quinze elementos.<ref>{{citar web|url=https://observador.pt/2018/10/17/gravacao-de-audio-revela-novos-detalhes-sobre-desaparecimento-de-jornalista-saudita/|titulo=Gravação de áudio revela novos detalhes sobre desaparecimento de jornalista saudita - Depois de ter sido levado para o escritório da embaixada, os agentes prenderam Jamal Khashoggi e, quase imediatamente a seguir, terão começado a espancar e a torturar o jornalista.|data=17 de Outubro de 2018|acessodata=|publicado=Observador|ultimo=|primeiro=}}</ref> A Arábia Saudita acabou por admitir que o jornalista foi morto no consulado durante uma luta; o Presidente dos EUA, Donald Trump, criticou a explicação dada, mas adiantou que a Arábia Saudita era um ''"incrível aliado",'' e que os EUA não deixariam que o episódio interrompesse a sua mais recente e substancial encomenda de armas para aquele país.<ref>{{citar web|url=https://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/jamal-khashoggi-trump-saudi-arabia-jared-kushner-crown-prince-mohammed-bin-salman-a8594586.html|titulo=Jamal Khashoggi: Trump administration privately doubts Saudi Arabia and worries Jared Kushner’s close relationship is a 'liability' - President publicly supports work of Kushner and Saudi crown prince but increasingly concerned by inconsistent explanation for journalist death, officials say|data=21 de Outubro de 2018|acessodata=|publicado=The Independent|ultimo=Hudson|primeiro=John ( e outros)}}</ref>
 
== Subdivisões ==
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A Arábia Saudita é um dos poucos países em rápido [[crescimento econômico]] no mundo, com uma renda ''per capita'' relativamente elevada de 24.200 dólares (2010). O país pretende lançar seis "cidades econômicas" (por exemplo, a Cidade Econômica Rei Abdullah),<ref>{{citar web | url=http://www.sagia.gov.sa/en/business-opportunities/economic-cities | título= Six New Economic cities in Saudi Arabia | publicado=www.sagia.gov.sa }}{{ligação inativa|data=outubro de 2009|url=http://www.sagia.gov.sa/en/business-opportunities/economic-cities}}</ref> que são estão previstas para serem concluídas até 2020. Essas seis novas cidades industrializadas têm a intenção de diversificar a economia da Arábia Saudita e espera-se que aumentem a renda ''per capita'' do país. O rei da Arábia Saudita anunciou que a renda per capita deveria aumentar de 15.000 dólares em 2006, para 33.500 dólares em 2020.<ref>{{citar web | url=http://professional.tdctrade.com/content.aspx?data=Professional_content_en&contentid=917452&w_sid=194&w_pid=836&w_nid=10993&w_cid=917452&w_idt=1900-01-01&w_oid=181&w_jid= | título=Construction boom of Saudi Arabia and the UAE | publicado=professional.tdctrade.com | acessodata=7 de dezembro de 2016 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011212725/http://professional.tdctrade.com/content.aspx?data=Professional_content_en&contentid=917452&w_sid=194&w_pid=836&w_nid=10993&w_cid=917452&w_idt=1900-01-01&w_oid=181&w_jid= | arquivodata=11 de outubro de 2007 | urlmorta=yes }}</ref> As cidades serão espalhadas pelo território saudita para promover a diversificação de cada região e de sua economia.
 
Os relatos de [[pobreza]] no país continuam a ser um [[tabu]] para o governo saudita. Em dezembro de 2011, dias após os levantes da [[Primavera Árabe]], o Ministério do Interior saudita deteve o repórter Feros Boqna e dois colegas e os mantiveram presos por quase duas semanas para questionamentos depois que eles enviaram um vídeo sobre o tema para o [[YouTube]].<ref>{{citar jornal|url=http://www.kansascity.com/2011/12/04/3301226/saudi-dissidents-turn-to-youtube.html#storylink=rss#storylink=cpy |título=Saudi dissidents turn to YouTube to air their frustrations |autor =Roy Gutman |jornal=The Kansas City Star |data=4 de dezembro de 2011|ligação inativa=outubro de 2013}}</ref><ref>{{citar web |autor=Roy Gutman, McClatchy Newspapers |url=http://www.mcclatchydc.com/2011/12/04/v-print/132112/saudi-dissidents-turn-to-youtube.html |título=Saudi dissidents turn to YouTube to air their frustrations &#124; McClatchy |publicado=Mcclatchydc.com |acessodata=3 de março de 2012 |ligação inativa=outubro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120119010100/http://www.mcclatchydc.com/2011/12/04/v-print/132112/saudi-dissidents-turn-to-youtube.html |arquivodata=19 de Janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref> As estatísticas sobre o assunto não estão disponíveis por meio das [[Nações Unidas]] porque o governo saudita não emite os seus índices de pobreza.<ref>{{citar web|url=http://www.npr.org/2011/05/19/136439885/poverty-hides-amid-saudi-arabias-oil-wealth |título=Poverty Hides Amid Saudi Arabia's Oil Wealth |publicado=NPR |acessodata=3 de março de 2012}}</ref> Os observadores e pesquisadores desse assunto preferem ficar anônimos<ref>{{citar web|url=http://observers.france24.com/content/20081028-poverty-exists-saudi-arabia |título=Poverty exists in Saudi Arabia too &#124; The Observers |publicado=Observers.france24.com |data=28 de outubro de 2008 |acessodata=3 de março de 2012}}</ref> por causa do risco de serem presos. Três [[jornalista]]s — Feras Boqna, Hussam al-Drewesh e Khaled al-Rasheed — foram detidos depois de postar um filme no YouTube de dez minutos de duração chamado "''Mal3ob 3alena''", ou "''Nós estamos sendo enganados''", mostrando sauditas vivendo na pobreza.<ref>{{citar jornal| url=http://www.guardian.co.uk/world/2011/oct/23/feras-boqna-saudi-arabia-poverty |local=London |obra=The Guardian |primeiro =Amelia |último =Hill |título=Saudi film-makers enter second week of detention |data=23 de outubro de 2011}}</ref> Os autores do vídeo afirmam que 22% da população do país é considerada pobre (2009) e que 70% dos sauditas não são donos de suas casas.<ref>{{citar web |autor=by Zak |url=http://lebanonspring.com/2011/10/19/plot-to-show-foreign-poverty-in-foreign-saudi-arabia-arab-spring-youtube-video/ |título=A foreign Saudi plot to expose foreign poverty in foreign Saudi " Lebanon Spring |publicado=Lebanonspring.com |acessodata=3 de março de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120103204944/http://lebanonspring.com/2011/10/19/plot-to-show-foreign-poverty-in-foreign-saudi-arabia-arab-spring-youtube-video/ |arquivodata=3 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>
 
== Infraestrutura ==
=== Educação ===
[[Imagem:King saud university entrance.jpg|thumb|Universidade Kingdo Rei Saud]]
 
Quando o Reino da Arábia Saudita foi fundado, em 1932, a [[educação]] não era acessível a todas as pessoas, e era limitada a instrução individualizada nas escolas religiosas em mesquitas nas áreas urbanas. Essas escolas ensinavam leis islâmicas e habilidades básicas de leitura. No final do século&nbsp;{{séc|XX}}, a Arábia Saudita possuía um sistema educacional que cobria todo o país, provendo treinamento gratuito da pré-escola até a universidade a todos os cidadãos.
 
O sistema educacional primário na Arábia Saudita começou na década de 1930. Em 1945, o rei [[Ibn Saud|AbdulazizAbdulazize binibne AbdelrahmanAbdal Ramane Al-Saud]], o fundador do país, iniciou um extensivo programa para estabelecer escolas no reinado. Seis anos depois, em 1951, o país possuía 226 escolas e 29.887 estudantes. Em 1954, o [[Ministério da Educação (Arábia Saudita)|MinstérioMinistério da Educação]] foi fundado, chefiado pelo príncipe [[Fahd da Arábia Saudita|FahdFade binibne AbdulazizAbdulazize]] como o primeiro Ministro da Educação. A primeira universidade foi a [[Universidade Rei Saud]], fundada em 1957.
 
No início do século&nbsp;{{séc|XXI}} o sistema nacional de educação pública possui vinte universidades, mais que 24&nbsp;mil escolas, e uma grande quantidade de colégios e outras instituições de educação e treinamento. O sistema provê aos estudantes educação e livro gratuito, serviços de saúde, e é acessível para todos os cidadãos. Mais que 25% da receita anual do estado é para a educação, incluindo treinamento vocacional. O reinado tem também trabalhado em programas escolares para enviar estudantes para os [[Estados Unidos]], [[Canadá]], [[França]], [[Reino Unido]], [[Austrália]], [[Japão]], [[Malásia]] e outras nações. No início do século&nbsp;{{séc|XXI}} milhares de estudantes são mandados para o exterior através de programas de educação superior todos os anos.
 
O estudo do [[Islã]] permanece como o centro do sistema educacional da Arábia Saudita. Os aspectos islâmicos do currículo nacional foram examinados em 2006 em um relatório por [[Freedom House]].<ref>{{Citation|url=http://www.freedomhouse.org/uploads/special_report/48.pdf|título=Saudi Arabia's Curriculem of Intolerence|publicado=Center for Religious Freedom, [[Freedom House]]|ano=2006|autor =Shea, Nona, et.al.|acessodata=2008-09-21}}</ref> O relatório percebeu que nas classes de educação religiosa (e em qualquer escola religiosa) as crianças eram ensinadas a depreciar outras religiões, assim como outras ramificações do Islã.<ref>Press Release: {{Citation|url=http://www.freedomhouse.org/template.cfm?page=70&release=379|título=Revised Saudi Government Textbooks Still Demonize Christians, Jews, Non-Wahhabi Muslims and |data=23 de maio de 2006|publicado=Freedom House|acessodata=2008-09-21}}</ref> O currículo de estudos religiosos da Arábia Saudita é ensinado fora do reino em [[madraçal|madraçais]] espalhados pelo mundo.
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== Bibliografia ==
* [[Ahmed , Qanta A]]. - ''No País das Mulheres Invisíveis''. Editora QuidNovi, 2009 -
'''ISBN:''' 9789896281250
 
== Ligações externas ==