Marraquexe: diferenças entre revisões
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|imagem =Marrakech Montage.png
|imagem_legenda =De cima para baixo e da esquerda para a direita: 1) [[minarete]] da [[Mesquita Cutubia]]; 2) muralhas da [[Almedina de Marraquexe|almedina]] ; 3) músicos [[Gnaoua]] na praça [[Jemaa el-Fna]]; 4) [[palácio da Bahia]]; 5) tapetes à venda num [[soco (mercado)|soco]]; 6) [[palácio el Badi]]; 7) exterior da porta [[Bab Agnaou]]
|escudo_tamanho =x150px
|apelido =Cidade Vermelha • Cidade Ocre • Porta do Sul
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=== Século XX, protetorado ===
Durante o início do {{séc|XX}}, Marraquexe passou alguns anos agitados. Depois da morte prematura do [[grão-vizir]] [[Bamade]] (Amade ibne Muça), que tinha sido nomeado [[Regência (governo)|regente]] até que o sultão [[Mulei Abdalazize]] atingisse a maioridade, o país foi atormentado por anarquia, revoltas tribais, conspirações de senhores feudais e intrigas das potências europeias. Em 1907, [[Mulei Abdal Hafide|Abdal Hafide]], irmão de Abdalazize, apoiado por
[[Imagem:T. Glaoui w Makareszu - Makaresz - 004429n.jpg|thumb|upright|esquerda|[[Thami El Glaoui]], líder tribal dos [[Gloua]] e [[paxá]] de Marraquexe durante praticamente toda a primeira metade do {{séc|XX}}]]
A 30 de março de 1912, foi estabelecido o [[Protetorado Francês em Marrocos]].<ref name=dah117/> Em setembro desse ano, a coluna francesa de [[Charles Mangin|Mangin]] derrotou as forças de al-Hiba na {{ilc|Batalha de Sidi Bu Othman||Batalha de Sidi Bou Othman|Batalha de Sidi Bou Othmane}}. A conquista da região de Marraquexe foi facilitada pela reunião das tribos Imzwarn e dos seus líderes com a poderosa família Glaoui, que conduziu a um massacre de cidadãos de Marraquexe nos tumultos que se seguiram.<ref name=barr73/>
Thami El Glaoui, conhecido como "Senhor do [[Cordilheira do Atlas|Atlas]]", tornou-se o [[paxá]] de Marraquexe, um posto que conservou praticamente durante os 44 anos que durou o protetorado {{nwrap||1912|1956}}. El Glaoui dominou a cidade e tornou-se famoso pela sua colaboração com as autoridades coloniais, que culminou num complô para destronar Maomé ibne Iúçufe ({{lknb|Maomé|V|de Marrocos}}) e substitui-lo pelo primo do sultão, [[Maomé ibne Arafa]], que ocupou o trono entre 1953 e 1955.{{harvy|baeg|Lehmann et al.|2009|p=84}} Glaoui, que já era conhecido pelas suas aventuras amorosas e estilo de vida luxuoso, tornou-se um símbolo da ordem colonial marroquina. Porém, não conseguiu conter a ascensão dos sentimentos nacionalistas nem a hostilidade de uma proporção crescente da população marroquina. Tão pouco resistiu às pressões dos franceses, que concordaram em pôr fim ao protetorado em 1956 devido à [[Guerra de Independência Argelina|Guerra da Argélia]] {{nwrap||1954|1962}}, que estalou imediatamente a seguir ao fim da [[Primeira Guerra da Indochina]] {{nwrap||1946|1954}}, na qual participaram [[Conscrição|recrutas]] marroquinos que combateram no [[Vietname]] com o [[exército francês]]. Depois de dois exílios sucessivos na [[Córsega]] e em [[Madagáscar]], Maomé ibne Iúçufe foi autorizado a regressar a Marrocos em novembro de 1955, pondo fim ao governo despótico de
=== Pós-independência ===
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[[Imagem:MoroccoMarrakech KoutoubiaMosqueTop.jpg|thumb|Mesquita Cutubia]]
A Cutubia
==== Mesquita ibne Iúçufe e Cuba Almorávida ====
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[[Imagem:Marrakesh, Almoravid Koubba (5365352820) (2).jpg|esquerda|thumb|Cuba Almorávida e paredes e telhados da Mesquita ibne Iúçufe (''Ben Youssef'')]]
Situada no interior da almedina, a Mesquita ibne Iúçufe (''Ben Youssef'') distingue-se pela sua cobertura de telhas verdes e pelo minarete. É a mesquita mais antiga de Marraquexe, tendo sido construída originalmente no {{séc|XII}} pelo [[emir almorávida]].{{sfn|Searight|1999|p=399}} Quando foi construída passou a ser a maior mesquita da cidade, mas atualmente tem apenas metade do seu tamanho original. Foi reconstruída na década de 1560{{harvy|rg2013|Jacobs & Drew|2013|p=425}} pelo sultão [[Saadianos|saadiano]] [[Abdalá Algalibe]], quando o edifício original estava em ruínas. O mesmo monarca mandou construir ao lado da mesquita [[Madraça ibne Iúçufe]], com uma grande biblioteca, mas ambos os edifícios se deterioraram é atualmente o que existe é o resultado de outra reconstrução levada a cabo no {{séc|XIX}}.{{sfn|Rogerson|2000|p=100}}
A Cuba Almorávida ou Cuba Badine (''Qubba Ba’adiyn'') é um pavilhão de [[Ablução|abluções]] e fonte de dois andares descoberto enterrado junto à mesquita em 1948. De estilo marroquino, os seus arcos são recortados no rés de chão, enquanto que no andar superior tem [[Arco de ferradura|arcos de ferradura]] gémeos, decorados com um motivo em forma de turbante. A cúpula do pavilhão é enquadrada por um parapeito decorado com arcos e estrelas de sete pontas. O interior da cúpula arqueada [[Octógono|octogonalmente]] é decorada em estuque finamente esculpido com um friso onde está inscrito em [[cúfico]] o nome do patrono, o sultão Ali ibne Iúçufe. Os cantos da cúpula estão cobertos com ''[[muqarna]]s''.{{sfn|Rogerson|2000|pp=100–102}} O edifício tem ornamentos com motivos de cones de pinhas, folhas de palmeira e [[Folha de acanto|de acanto]], que também se encontra na vizinha Madraça ibne Iúçufe.{{harvy|rg2013|Jacobs & Drew|2013|pp=425–426}}
==== Mesquita Mouassine ====
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