Relações entre Brasil e Estados Unidos: diferenças entre revisões

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}}
As '''relações entre Brasil e Estados Unidos''' englobam o conjunto de relações diplomáticas, económicas, históricas e culturais estabelecidas entre o [[Brasil]] e os [[Estados Unidos]]. Estão entre as mais antigas do [[América|continente americano]], sendo os Estados Unidos o primeiro país a [[reconhecimento diplomático|reconhecer]] a [[Independência do Brasil|independência brasileira]]. Atualmente, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/05/04/ult4294u2547.jhtm |titulo=China supera Estados Unidos e torna-se maior parceiro comercial do Brasil|ultimo=[[Universo Online|UOL Economia]]|formato=apresentação de slides|acessodata=19 de março de 2011}}</ref>
[[Ficheiro:Bolsonaro with US President Donald Trump in White House, Washington, 19 March 2019.jpg|miniaturadaimagem|400x400px|[[Presidente do Brasil]], [[Jair Bolsonaro]] com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante uma visita oficial à [[Casa Branca]], em [[19 de março]] de [[2019]]]]
 
Além disso, os dois países compartilham a adesão de várias organizações internacionais, incluindo as [[Nações Unidas]], a [[Organização Mundial do Comércio]], a [[Organização dos Estados Americanos]], o [[G8+5]] e o [[G20]]. O Brasil é um dos países mais pró-Estados Unidos do mundo. De acordo com uma pesquisa de opinião global, 62% dos brasileiros viam os Estados Unidos de maneira favorável em 2010, índice que aumentou para 73% em 2013. No entanto, essas pesquisas foram realizadas antes de revelações de espionagem da [[Agência de Segurança Nacional]] para o público brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://www.pewglobal.org/database/?indicator=1&country=223&response=Favorable|título=Global Indicators Database|data=22 de abril de 2010|publicado=}}</ref> Em outra pesquisa realizada no final de 2013, 61% dos estadunidenses viam favoravelmente o Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.pewresearch.org/fact-tank/2013/12/30/which-countries-americans-like-and-dont/|título=Which countries Americans like … and don’t|data=30 de dezembro de 2013|publicado=}}</ref>
 
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[[Imagem:Dilma Rousseff and Barack Obama 2012.jpg|thumb|esquerda|Presidente Rousseff com o presidente Obama na [[Casa Branca]], em 14 de abril de 2012.]]
[[Imagem:National Security Agency headquarters, Fort Meade, Maryland.jpg|thumb|esquerda|Sede da [[Agência de Segurança Nacional]] em [[Fort George G. Meade]], [[Maryland]]]]
[[Ficheiro:Bolsonaro with US President Donald Trump in White House, Washington, 19 March 2019.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[Jair Bolsonaro]] com [[Donald Trump]] na [[Casa Branca]], em 19 de março de 2019.]]
 
Em julho de 2013, o jornalista [[Glenn Greenwald]] escreveu uma série de artigos no jornal brasileiro ''[[O Globo]]'' revelando que o Brasil foi um dos maiores alvos do [[Revelações da vigilância global (2013–presente)|programa de vigilância em massa]] promovido pela [[Agência de Segurança Nacional]] (NSA - sigla em [[Língua inglesa|inglês]]) dos Estados Unidos. O governo brasileiro denunciou as atividades da NSA e disse que consideraria trazer a questão para as [[Nações Unidas]].<ref>[http://www.politico.com/story/2013/09/brazil-to-us-explain-spying-96168.html?hp=r10 "Brazil to U.S.: Explain spying".] Politico. Acessado em 4 de fevereiro de 2015.</ref>
 
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Em 24 de setembro de 2013, Rousseff fez um discurso de abertura da [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] condenando os métodos de coleta de inteligência dos Estados Unidos em geral, mas especificamente de cidadãos, empresas e funcionários do governo do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://america.aljazeera.com/articles/2013/9/24/brazil-s-presidentbringsnsasurveillancescandaltounsdoor.html|título=Brazil takes NSA scandal to the UN|publicado=}}</ref><ref>{{citar jornal| url=http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-24230069 |obra=BBC News |título=Brazil's president Rousseff attacks US over spy claims |data=24 de setembro de 2013}}</ref>
 
O jornalista [[Glenn Greenwald]], que ajudou [[Edward Snowden]] a divulgar a espionagem que NSA realiza ao redor do mundo, disse que o governo brasileiro teve muito mais coragem que a maioria dos outros países ao criticar a posição do governo norte-americano. Greenwald afirmou: "Aqui [no Brasil] os políticos e a presidente Dilma Rousseff reagiram de forma muito mais veemente e agressiva [aos casos de espionagem]. Rousseff reprovou o comportamento dos EUA, recusando o convite para a primeira visita de Estado aos EUA, desde várias décadas. Ela criticou o comportamento dos EUA perante as Nações Unidas, enquanto o presidente Obama esperava fora do plenário, no corredor. A meu ver, nenhum dos chefes de governo e de Estado europeus mostrou tanta coragem."<ref>{{citar web |url=http://www.dw.de/greenwald-o-brasil-ousou-mais-do-que-a-europa/a-17705709 |título=Greenwald: "O Brasil ousou mais do que a Europa" |autor=Nina Haase/Kristin Zeier |editor=[[Deutsche Welle]] |data=13 de junho de 2014 |acessodata=14 de junho de 2014}}</ref> Em fevereiro de 2015, uma reportagem do ''[[The New York Times]]'' afirmou que os programas de espionagem da NSA no Brasil e no [[México]] continuaram mesmo após as revelações ao público e o estremecimento das relações bilaterais.<ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-continua-sendo-espionada-pelos-eua-diz-ny-times|título=Dilma continua sendo espionada pelos EUA, diz NY Times |editor=[[Revista Exame]] |data=4 de fevereiro de 2015}}</ref>
 
Em fevereiro de 2015, uma reportagem do ''[[The New York Times]]'' afirmou que os programas de espionagem da NSA no Brasil e no [[México]] continuaram mesmo após as revelações ao público e o estremecimento das relações bilaterais.<ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-continua-sendo-espionada-pelos-eua-diz-ny-times|título=Dilma continua sendo espionada pelos EUA, diz NY Times |editor=[[Revista Exame]] |data=4 de fevereiro de 2015}}</ref>
 
[[Michael Shifter]], presidente da [[ONG]] [[Inter-American Dialogue]], considerou as revelações "um grande golpe para o esforço de aumentar a confiança entre as duas nações" e acrescentou que o "relacionamento Brasil-Estados Unidos estava sob ameaça."<ref name="WPost" /> Dirigindo-se a sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro de 2014, Rousseff criticou fortemente a estratégia dos Estados Unidos de formar uma coalizão internacional para combater militarmente os avanços do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]], pedindo a negociação ao invés da força. Essa postura, e o silêncio do Brasil em face da [[Crise da Crimeia de 2014|invasão e anexação]] da [[Crimeia]] pela [[Rússia]], pode tornar menos provável o apoio dos Estados Unidos ao desejo de longa data do Brasil de ter um assento permanente no [[Conselho de Segurança da ONU]].<ref>{{citar web|url=http://www.miamiherald.com/news/local/news-columns-blogs/andres-oppenheimer/article2235212.html|título=Andres Oppenheimer: Brazil makes it hard to back key U.N. reforms|publicado=}}</ref>
; Reação
[[Michael Shifter]], presidente da [[ONG]] [[Inter-American Dialogue]], considerou as revelações "um grande golpe para o esforço de aumentar a confiança entre as duas nações" e acrescentou que o "relacionamento Brasil-Estados Unidos estava sob ameaça."<ref name="WPost" />
 
No dia 19 de março de 2019, o Presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o [[Presidente dos Estados Unidos]] [[Donald Trump]], durante uma visita oficial à [[Casa Branca]]. Sendo a primeira visita bilateral de Bolsonaro como Presidente da República.<ref>{{Citar web|titulo=Ao lado de Trump, Bolsonaro evita descartar opção bélica contra a Venezuela|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/19/politica/1553005345_775101.html|obra=EL PAÍS|data=2019-03-19|acessodata=2019-03-20|lingua=pt-br|primeiro=El|ultimo=País}}</ref>
Dirigindo-se a sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro de 2014, Rousseff criticou fortemente a estratégia dos Estados Unidos de formar uma coalizão internacional para combater militarmente os avanços do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]], pedindo a negociação ao invés da força. Essa postura, e o silêncio do Brasil em face da [[Crise da Crimeia de 2014|invasão e anexação]] da [[Crimeia]] pela [[Rússia]], pode tornar menos provável o apoio dos Estados Unidos ao desejo de longa data do Brasil de ter um assento permanente no [[Conselho de Segurança da ONU]].<ref>{{citar web|url=http://www.miamiherald.com/news/local/news-columns-blogs/andres-oppenheimer/article2235212.html|título=Andres Oppenheimer: Brazil makes it hard to back key U.N. reforms|publicado=}}</ref>
 
== Missões diplomáticas ==