Goldman Sachs: diferenças entre revisões

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== Goldman Sachs na crise financeira de 2008 ==
Goldman Sachs tem sido objeto de muita controvérsia e acusações de fraudes ou práticas inadequadas, especialmente desde o início da [[Grande Recessão|crise financeira global]] dos [[anos 2000]] e [[anos 2010|2010]].<ref name=Diplo>{{citar web | url=http://www.diplomatique.org.br/edicoes_especiais_artigo.php?id=77 | título=Os presidentes norte-americanos passam, o Goldman Sachs continua | acessodata=2013-04-08 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20130523145311/http://diplomatique.org.br/edicoes_especiais_artigo.php?id=77 | arquivodata=2013-05-23 | urlmorta=yes }} {{pt}}. Por Ibrahim Warde. ''Le Monde diplomatique'', 8 de Novembro de 2011.</ref> Em [[2008]], no início da crise, esteve na iminência de ir à [[bancarrota]]. Em [[21 de setembro]] do mesmo ano, o grupo recebeu autorização do [[Sistema de Reserva Federal|FED]] para deixar de ser somente um [[banco de investimento]] e converter-se em [[banco comercial]].<ref name="reuters.com">{{citar web |url=http://www.reuters.com/article/mergersNews/idUSNWEN838420080922 |título=Goldman Sachs to be regulated by Fed |editora=Bloomberg |acessodata=}}</ref> No dia seguinte, o Goldman Sachs e outro grande banco de investimento, [[Morgan Stanley]], confirmaram que havia chegado ao fim a era dos grandes bancos de investimento de [[Wall Street]].<ref>{{citar web | url=http://www.guardian.co.uk/business/2008/sep/22/wallstreet.morganstanley | título=Wall Street in crisis: Last banks standing give up investment bank status }} ''[[The Guardian]]'', 22 de setembro de 2008.</ref>
 
Em 2008, o Goldman Sachs recebeu US$ 10 bilhões do [[Troubled Asset Relief Program|TARP]], programa de compra de ativos e ações de instituições financeiras em dificuldades, instituído pelo [[George W. Bush|governo Bush]] em 3 de outubro de 2008. No dia 12 de outubro, o Goldman declarou que arrecadaria cinco bilhões mediante a venda de novas ações ordinárias aos investidores. O banco também declarou um lucro líquido trimestral de US$ 1,81 bilhão.<ref name="momoelf17/04">{{citar web
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Goldman Sachs esteve envolvido na origem da [[crise financeira da Grécia]], pois ajudou a esconder o déficit das contas do governo conservador de [[Kostas Karamanlis]]. [[Mario Draghi]], presidente do [[Banco Central Europeu]], era vice-presidente do Goldman Sachs para Europa, com funções executivas, durante o período em que se realizou a ocultação do déficit.<ref>[http://www.publico.es/dinero/404437/exejecutivos-de-goldman-sachs-copan-instituciones-clave-en-la-crisis], [[Público (Espanha)|Público]], 01/11/2011</ref><ref>{{citar web | url=http://www.publico.es/dinero/404441/draghi-tiene-que-aclarar-que-hizo-en-goldman | título="Draghi tiene que aclarar que hizo en Goldman }} [[Público (jornal espanhol)|Público]], 01/11/2011</ref> Em junho de 2011, Draghi foi questionado pela Comissão econômica do [[Parlamento Europeu]] a respeito de suas atividades no Goldman Sachs e do ocultamento da situação da Grécia.<ref>[http://blogs.lainformacion.com/zoomboomcrash/2011/06/27/senor-draghi-%C2%BFha-infringido-usted-alguna-ley/ Señor Draghi, ¿ha infringido usted alguna ley?]</ref>
 
Goldman Sachs é chamado "a [[hidra]]", "A Firma" ou "Governo Sachs"<ref name=Diplo /> por sua habilidade em infiltrar-se nas mais altas instâncias dos [[estado]]s. Políticos chave dos Estados Unidos e da Europa trabalharam anteriormente para o banco. É o caso, não apenas do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, mas também de [[Mario Monti]], [[Peter Sutherland]] (ex-diretor geral da [[Organização Mundial do Comércio]]), [[Petros Christodoulou]] (gerente geral da Agência de Administração da Dívida Pública grega, em 2010, e, em junho de 2012, eleito vice-presidente do [[Banco Nacional da Grécia]]<ref>{{citar web | url=http://www.foxbusiness.com/news/2013/03/27/big-greek-banks-post-steep-2012-losses/ | título=Big Greek Banks Post Steep 2012 Losses | acessodata=2013-04-07 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20130420152332/http://www.foxbusiness.com/news/2013/03/27/big-greek-banks-post-steep-2012-losses/ | arquivodata=2013-04-20 | urlmorta=yes }} 'Fox business'', 27 de março 27 de 2013.</ref><ref>{{citar web | url=http://www.zerohedge.com/article/head-greek-debt-office-replaced-former-goldman-investment-banker | título=Head Of Greek Debt Office Replaced By Former Goldman Investment Banker }} Por Tyler Durden, 19 de fevereiro de 2010</ref><ref>{{citar web | url=http://www.nbg.gr/wps/portal/en/the-group/Governance-Governance/content/common/petros-christodoulou | título=Curriculum Vitae: Petros Christodoulou, Deputy CEO (Executive Member), Member of the Executive Committee | acessodata=2013-04-07 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20131007020317/http://www.nbg.gr/wps/portal/en/the-group/Governance-Governance/content/common/petros-christodoulou | arquivodata=2013-10-07 | urlmorta=yes }} no site do Banco Nacional da Grécia (NBG).</ref>), o português Antonio Borges, ex-vice-presidente da Goldman Sachs Internacional (unidade que dirigiu os ''[[swap]]s'' gregos entre 2000 e 2008), que assumiu a direção do FMI para a Europa, em outubro de 2010; [[Karel van Miert]] e [[Otmar Issing]], entre outros. "Colocar Draghi à frente do BCE é como deixar a raposa cuidando do galinheiro", explicou o economista [[Simon Johnson]], professor da ''[[MIT Sloan School of Management]]''.<ref>{{citar web | url=http://www.publico.es/dinero/404437/exejecutivos-de-goldman-sachs-copan-instituciones-clave-en-la-crisis | título=Exejecutivos de Goldman Sachs copan instituciones clave en la crisis. El nuevo presidente del BCE, Mario Draghi, fue alto directivo del banco estadounidense, como otros dirigentes }} Por Pere Rusiñol. ''Público.es'', 01 de novembro de 2011.</ref>
 
Nos Estados Unidos, o ex-diretor do Goldman Sachs, [[Robert Rubin]], dirigiu o Conselho Econômico Nacional criado por [[Bill Clinton]] (1993-1995), antes de se tornar seu Secretário do Tesouro (1995-1999). Sob a presidência de [[George W. Bush]], dois outros ex-proprietários do banco Goldman tiveram papel político importante em diferentes áreas do governo e dentro dos dois principais partidos. [[Henry Paulson]] foi, de 2006 a 2009, Secretário do Tesouro (e principal arquiteto do ''[[bailout]]'' do sistema bancário americano), enquanto [[Jon Corzine]] foi eleito senador (democrata) por [[Nova Jersey]] em 2000 e governador daquele estado, entre 2006 e 2010. [[Stephen Friedman]], antigo [[CEO]] do banco, estava usando três chapéus no momento da crise financeira: era administrador do Goldman Sachs, chefe do ''[[President's Intelligence Advisory Board]]'', órgão consultivo do presidente para assuntos de [[Serviço de inteligência|inteligência]], e presidente do [[Federal Reserve]] de Nova York, órgão que fiscaliza o Goldman Sachs.<ref name=Diplo />