Haçane ibne Ali: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Resgatando 7 fontes e marcando 0 como inativas. #IABot (v2.0beta14)
Linha 1:
[[imagem:Arba'een 83-Mashhad city-Iran اربعین سال 1383 در شهر مشهد 12.jpg|thumb|Haçane (esquerda)]]
'''Haçane ibne Ali ibne Abu Talibe''' ({{lang-ar|الحسن بن علي بن أبي طالب||''Al-Hasan ibn ‘Alī ibn Abī Tālib''}})‎ ( 1 de março de 625 ([[Ramadã]] 15, 3 AH) – 669 ([[Safar]] 7<ref>Shaykh Radi Al-Yasin. ''Sulh al-Hasan.''</ref> ou 28, 50 AH) com (?) anos)<ref>http://www.al-shia.com/html/eng/books/masoom_hasan/2ndimam.html</ref> é uma figura importante no [[Islã]], filho de [[Fátima (filha de Maomé)|Fátima]], a filha do [[Profetas do islão|Profeta]] [[Maomé]] e do quarto [[califa ortodoxo]], [[Ali]].<ref>{{Citar web |url=http://www.msawest.net/islam/politics/firstfourcaliphs.html |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2012-05-31 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100721122026/http://www.msawest.net/islam/politics/firstfourcaliphs.html |arquivodata=2010-07-21 |urlmorta=yes }}</ref> Haçane é um membro do [[Ahl al-Bayt]] e do [[Ahl al-Kisa]]. Ele sucedeu por pouco o tempo o seu pai como o califa após a sua morte e antes de se retirar para [[Medina]], quando entrou em acordo com o primeiro dos [[omíadas]], {{lknb|Moáuia|I}}, que assumiu o califado. Tanto os [[sunitas]] quanto os [[xiitas]] consideram Haçane como um mártir.
 
== Nascimento e família ==
Linha 30:
Com a morte de Ali em Cufa, um novo califa precisava ser eleito. Em acordo com desejo de Ali antes de sua morte, a escolha deveria se restringir entre Haçane e Huceine. Este, por sua vez, não reivindicou para si o califado, assim, os muçulmanos da cidade se colocaram do lado (''[[bay'ah]]'') de Haçane sem discussão.<ref>Madlong, (1997) p. 313 - 314</ref>
 
A maior parte das cronologias não incluem Haçane ibne Ali entre os califas ortodoxos, porém muitos historiadores sunitas, como {{ilc|Suiuti||Suyuti}}, {{ilc|ibne Alárabi||Abu Baquir ibne al-Arabi|Abu Bakr ibn al-Arabi|Ibn al-Arabi}} e [[ibne Catir]] o aceitam como califa.<ref>[[Suiuti]] em ''The Khalifas who took the right way'' [http://www.answering-ansar.org/answers/muawiya/en/chap5.php página 9] {{Wayback|url=http://www.answering-ansar.org/answers/muawiya/en/chap5.php |date=20070208080748 }} e ''[[History of the Caliphs]]'' [http://al-islam.org/twelve/5.htm#n21 volume 12]; [[Abu Bakr ibn al-Arabi|Ibn al-Arabi]] em ''Sharh Sunan al-Tirmidhi'' 9:68-69 [http://al-islam.org/twelve/5.htm ref]; [[Ibn Kathir]] in ''The Beginning and the End'' [http://al-islam.org/twelve/5.htm#n21 volume 6, página 249-250]</ref>
 
[[Moáuia I|Moáuia ibne Abi Sufiane]], que há muito mantinha uma disputa com Ali, convocou os comandantes de seus exércitos na [[Bilade Alxam|Síria]], [[Junde de Filastine|Palestina]] e na [[Cisjordânia]] para que se preparassem para a luta. Ele primeiro tentou negociar com Haçane, pedindo-lhe que renunciasse ao califado na esperança de evitar a morte de muçulmanos e as questões que ficariam se ele simplesmente assassinasse Haçane. A maior parte dos historiadores afirma que grandes quantidades de dinheiro, promessas de grandes propriedades de terra e cargos de governador de províncias foram oferecidos aos comandantes de Haçane para que eles o abandonassem.
 
As negociações fracassaram e Moáuia decidiu marchar contra o exército de Haçane, que tinha quarenta mil homens,<ref>Dr. Israr Ahmad, ''The Tragedy of Karbala'', Society of the Servants of Al-Quran, Lahore</ref> com seus próprios, supostamente com sessenta mil.<ref>[[Ibn A'zham]] [http://www.answering-ansar.org/answers/muawiya/en/chap5.php IV, p. 153] {{Wayback|url=http://www.answering-ansar.org/answers/muawiya/en/chap5.php |date=20070208080748 }}. Other numbers: [http://www.al-islam.org/sulh/10.htm]</ref> Os dois exércitos se encontraram perto da cidade de [[Sabat]]. Diz-se que Haçane então deu um sermão no qual ele proclamou sua ojeriza ao [[cisma]] e apelou para que seus homens seguissem suas ordens mesmo que não concordassem com elas. Uma parte das tropas, acreditando que isso era um sinal de que ele iria entregar a batalha, se rebelaram e o atacaram. Haçane foi ferido, mas os soldados fiéis a ele conseguiram cercá-lo e mataram os amotinados. Um comandante, Ubayd-Allah ibn Abbas, desertou e se juntou às forças de Moáuia.
 
As duas forças então se enfrentaram em algumas rusgas pouco efetivas. Haçane estava muito perturbado, pois entendia que a luta entre muçulmanos numa batalha significaria perda de muitos. Moáuia, que tinha as mesmas preocupações, enviou dois homens da tribo dos [[Coraixitas]] para tentar fechar um acordo.<ref>[{{Citar web |url=http://www.usc.edu/schools/college/crcc/engagement/resources/texts/muslim/hadith/bukhari/049.sbt.html#003.049.867 |titulo=Sahih Bukhari 3:49:867] |acessodata=2012-05-31 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110820100522/http://www.usc.edu/schools/college/crcc/engagement/resources/texts/muslim/hadith/bukhari/049.sbt.html#003.049.867 |arquivodata=2011-08-20 |urlmorta=yes }}</ref> Os acadêmicos xiitas citam um hádice de [[imame]]s xiitas posteriores que afirmariam que Haçane carecia do apoio necessário para lutar e, por isso, cedeu o poder a Moáuia, assinando um acordo de que ele seria novamente califa após a sua morte. Ainda de acordo com eles, Haçane estipulou que se ele não estivesse vivo quando Moáuia morresse, o califado deveria ir para o seu irmão.<ref>[http://al-islam.org/gallery/kids/Books/2ndimam/index.htm Imam Hasan bin 'Ali]</ref> Os acadêmicos sunitas afirmam que Haçane estipulou que Moáuia deveria seguir o [[Corão]] e a [[Suna]], permitindo que um "parlamento" ({{ilc|chura|chura (islamismo)|shura (islamismo)}}) deliberasse sobre o califado após a sua morte e que ele não cometesse atos de vingança contra seus antigos adversários. Moáuia concordou com as condições e um tratado de paz se firmou.<ref>Kitab Al-Irshad, Shaykh al-Mufid, Ansariyan Publications</ref>
 
Moáuia seguiu para Cufa e exigiu que os muçulmanos da cidade confirmassem a sua lealdade para com ele como califa. Ele também pediu a Haçane que se juntasse a ele e o apoiasse contra os [[carijitas]], então em revolta. Acredita-se que Haçane escreveu uma resposta para ele: ''"Eu abandonei a luta contra você, mesmo sendo direito legítimo, para manter a paz e a reconciliação da congregação dos muçulmanos [ ''[[ummah]]'' ]. Você acredita que eu devo, então, lutar ao seu lado?"''.<ref>[[Wilferd Madelung|Madelung]], 1997 pp. 324-325</ref>
Linha 55:
Haçane ibne Ali morreu em Medina, no mês de [[Safar]], no dia 7 ou 28 de 50 AH (669). Ele está sepultado no famoso cemitério de [[Jannatul Baqee|Jannatul Baqee‘]], em frente à [[Masjid al-Nabawi]] ("Mesquita do Profeta"). De acordo com os historiadores, Moáuia desejava passar o califado para seu próprio filho [[Iázide I|Iázide]] e enxergava em Haçane um obstáculo. Ele secretamente contatou uma das esposas dele, {{ilc|Jada binte Alaxate ibne Cais||Ja'da bint al-Ash'ath ibn Qays}}, e a convenceu a envenená-lo. Jada o fez, servindo mel com veneno ao marido.<ref>Mas'oodi, Vol 2: Page 47</ref><ref>Tāreekh - Abul Fidā Vol 1 : Page 182</ref><ref>Iqdul Fareed - Ibn Abd Rabbāh Vol 2, Page 11</ref><ref>Rawzatul Manazir - Ibne Shahnah Vol 2, Page 133</ref><ref>Tāreekhul Khamees, Husayn Dayarbakri Vol2, Page 238</ref><ref>Akbarut Tiwal - Dinawari Pg 400</ref><ref>Mawātilat Talibeyeen - Abul Faraj Isfahāni</ref><ref>Isti'ab - Ibne Abdul Birr</ref> Madelung<ref>Madelung, pp. 331–333</ref> cita outras tradições, sugerindo que Haçane possa ter sido envenenado por outro esposa, a filha de {{ilc|Suail ibne Amir||Suhayl ibn Amr}}, ou, talvez, por um de seus servos, e também cita os historiadores mais antigos ([[Baladuri]], [[Uaquidi]] etc.). Ele acreditava que Haçane fora mesmo envenenado e que o famoso historiador do início do período islâmico, [[Tabari]], suprimiu a história preocupado com a fé da população em geral.<ref>Madelung pp. 331–332</ref>
 
Os [[xiitas]] acreditam que a Jada foram prometidos ouro e um casamento com Iázide. Seduzida pelo poder e pela riqueza, ela envenenou o marido e correu para a corte de Moáuia, em [[Damasco]], para receber sua recompensa. Moáuia então renegou as promessas e a obrigou a se casar com outro homem.<ref>[http://www.ezsoftech.com/stories/infallible4.asp], [http://www.al-islam.org/kaaba14/5.htm], [http://www.shia.org/hasan.html], [http://www.al-imam.net/forums/lofiversion/index.php?t1056.html] {{Wayback|url=http://www.al-imam.net/forums/lofiversion/index.php?t1056.html |date=20060622085305 }}</ref>
 
Haçane havia pedido que seu corpo fosse levado até o túmulo do profeta para que ele pudesse honrá-lo uma última vez e que, então, ele fosse enterrado próximo a sua avó, [[Fátima (filha de Maomé)|Fátima]]. Este pedido provocou uma reação armada, pois conforme o funeral prosseguiu em direção ao túmulo do Profeta, alguns [[omíadas]] a cavalo bloquearam o caminho. [[Aixa]] apareceu montada numa mula e gritando que o túmulo de Maomé estava em sua casa e que ela não permitiria que o neto de [[Cadija]] fosse enterrado ao lado dele. Uma chuva de flechas então caiu sobre o caixão. Huceine, cumprindo então o desejo final de seu irmão, liderou a procissão funerária até [[Jannat al-Baqi]], o cemitério de [[Medina]], onde ele foi enterrado.
Linha 74:
== Ligações externas ==
{{wikiquote}}
* [https://web.archive.org/web/20140814062757/http://www.arresala.org.br/text.php?op=90 Biografia do Imam al-Hassan] (português)
* [http://www.britannica.com/eb/article-9039439/Hasan Hasan ibn 'Ali] In Encyclopædia Britannica
* [https://web.archive.org/web/20080218091626/http://www.iranica.com/newsite/articles/v12f1/v12f1024.html Hasan ibn 'Ali] by [[Wilferd Madelung]] , In Encyclopædia Iranica
* [http://www.al-shia.com/html/eng/books/masoom_hasan/2ndimam.html Kitab al Irshad, by Sheikh al Mufid, translated by I.K.A Howard, pp. 279 - 289]