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== História ==
É pouco provável que a cultura brasileira tenha herdado essa técnica de produção de [[Povos indígenas do Brasil|grupos indígenas]], pois não é hábito dessas culturas conservar alimentos em sal. Já os portugueses tinham tradição de conservar alimentos expondo-os ao sol ([[passa|frutas]]) e salgando-os (peixes e [[bacalhau]]). Provavelmente, no litoral [[Nordeste do Brasil|nordestino]] (onde o [[Sal de cozinha|sal]] e o sol eram abundantes), nos primeiros séculos da [[Colonização do Brasil|colonização portuguesa]], os pescadores passaram o processo dos peixes às carnes.
[[Imagem:Carne de sol, macaxeira e cebola - Bonsucesso Rio de Janeiro.jpg|direita|thumb|Prato com carne de sol, [[macaxeira]] e cebola em restaurante de cozinha nordestina no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]]]
Os mais antigos registros históricos a respeito da carne de sol são do [[século XVII]]
{{quote2|É impossível terem-se carnes mais gordas e tenras e de melhor sabor. Verdade é que são os mais belos e os maiores bois do mundo. Salgam as carnes, cortam-nas em pedaços bastante largos, mas pouco espessos, quando muito dois dedos de espessura, se tanto. Quando estão bem salgadas, tiram-nas sem lavar, pondo-as a secar ao sol; quando bem secas, podem conservar-se por muito tempo, sem se estragar, contanto que fiquem secas (...)}}
O [[Rio Grande do Norte]] e a [[Paraíba]] disputaram a iniciativa de industrialização da carne de sol no Nordeste quando, sem nome especial, já nos finais do século XVII, iam barcas de [[Pernambuco]] aos rios [[Rio Piranhas-Açu|Assu]] e [[Rio Moçoró|Mossoró]] carregar "carne-seca de bolas".
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