Livro de Ester: diferenças entre revisões

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O '''Livro de Ester''' ({{lang-he|אֶסְתֵּר}}) é um dos livros históricos do [[Antigo Testamento]] da [[Bíblia]], vem depois do [[Livro de Neemias]] e antes do [[I Macabeus|Primeiro Livro dos Macabeus]] nas Bíblias católicas ou antes do [[Livro de Jó]], nas Bíblias protestantes.<ref name="echegary">{{citar livro|autor=Echegary, J. González et ali|título=A Bíblia e seu contexto|edição=2|local= São Paulo|editora=Edições Ave Maria|ano=2000|páginas=1133|volume=2|isbn = 978-85-276-0347-8}}</ref><ref name="pearlman">{{citar livro|autor=Pearlman, Myer|título=Através da Bíblia|subtítulo=Livro por Livro|edição=23|local=São Paulo|editora=Editora Vida|ano=2006|páginas=439|isbn = 978-85-7367-134-6}}</ref> Possui 10 capítulos (ou 16 na [[Vulgata]] que reuniu as [[Adições em Ester|adições ao texto em hebraico]] encontrados na [[Septuaginta]] em seis capítulos ao final<ref>[[Tradução Ecumênica da Bíblia]] Ed. Loyola, São Paulo, 1994, p 1.539</ref>).
 
Conta como [[Ester]]<ref>Bíblia Sagrada - Edição Pastoral [http://www.paulus.com.br/BP/93.HTM Ester] {{Wayback|url=http://www.paulus.com.br/BP/93.HTM |date=20091115131429 }}</ref>, uma jovem judia que estava entre os deportados, tornou-se [[Império Aquemênida|imperatriz da Pérsia]], ao se casar com o imperador [[Assuero]] (geralmente identificado com [[Xerxes I]]), e como seu primo e tutor [[Mordecai]] () descobriu um complô contra a vida do rei; como o [[grão-vizir]] [[Hamã]] procurou liquidar os judeus; como Ester interveio, arriscando a própria vida; como o principe Hamã foi enforcado e os judeus autorizados a fazer um contra-[[pogrom]], cujo aniversário celebram com a festa do [[Purim]]<ref name=teb>[[Tradução Ecumênica da Bíblia]] cit., p 1.343</ref>.
 
O título deriva do nome de seu principal personagem. Os [[judeus]] o chamam de ''Meghil-láth És-tér'', ou simplesmente de o ''Meghil-láh'', que significa "rolo", "rolo escrito", porque constitui para eles um rolo muito estimado, parte da seção dos "Escritos" (''[[Ketuvim]]'') da [[Bíblia hebraica]]. É um dos [[cinco rolos|cinco ''megillot'']] e é lido no [[feriado judaico]] do [[Purim]]. A celebração deste feriado é uma forte evidência da autenticidade do livro. Diz-se que uma inscrição [[Escrita cuneiforme|cuneiforme]], evidentemente de [[Borsipa]], menciona um oficial persa de nome Mardukâ ([[Mordecai]]?), que estava em [[Susa]] (Susã) no fim do reinado de [[Dario I]] ou no começo do reinado de [[Xerxes I]].<ref>Zeitschrift für die alttestamentliche Wissenschaft (Revista de Ciência do Velho Testamento), 1940/41, Vol. 58, pp.&nbsp;243, 244; 1942/43, Vol. 59, p.&nbsp;219.</ref>
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Mordecai, testemunha ocular e um dos principais personagens do relato, foi, mui provavelmente, o escritor do livro; o relato íntimo e pormenorizado indica que o escritor deve ter vivenciado esses eventos no palácio de Susa. Embora não seja mencionado em nenhum outro livro da Bíblia, não há dúvida de que Mordecai foi personagem real da história.
 
Os estudiosos situam a composição deste livro algures entre os séculos IV e I a.C.. A maioria dos teólogos prefere uma data no final do século V ou no século IV devido a determinadas características da linguagem utilizada e à atitude favorável em relação ao rei [[Pérsia|persa]], as [[Adições em Ester|adições em grego]] (consideradas [[Deuterocanônico|deuterocanônicas]]) surgiram em meados do século II a.C.<ref name=pastoral>[http://www.paulus.com.br/BP/_PDB.HTM Ester] {{Wayback|url=http://www.paulus.com.br/BP/_PDB.HTM |date=20100615011551 }}, [[Edição Pastoral|Edição Pastoral da Bíblia]], acessado de 1 de agosto de 2010</ref>.
 
Por outro lado, a [[Tradução Ecumênica da Bíblia]] sustenta que a versão em hebraico foi escrita no final do Séc. II a.C., por um autor que vivia na [[Mesopotâmia]], e que haveria adições já no texto em hebraico ({{citar bíblia|Ester|9|20}}-{{citar bíblia|Ester|10|3}})<ref name=teb/>.
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A inclusão de Ester no Cânon bíblico é polêmica, dividindo muitos teólogos, tanto [[cristãos]] como [[judeus]], devido a estar ausente de algumas das mais antigas listas dos livros canônicos, por nunca ser mencionado nos livros do [[Novo Testamento]], por não possuir referências claras a [[Deus]] e a práticas religiosas, pelo seu excessivo nacionalismo judaico e espírito de vingança.
 
Nem [[Livro de Esdras|Esdras]], nem [[Livro de Neemias|Neemias]] nem o [[Eclesiástico|Sirácida]] mencionam esta história<ref name=teb/>, em [[Qumran]] ([[Manuscritos do Mar Morto]]) não foram encontrados fragmentos deste livro, enquanto que foram encontrados manuscritos de todos os demais livros da [[Septuaginta]], inclusive de todos os [[deuterocanônicos]]<ref name=teb/><ref>[http://www.airtonjo.com/historia38.htm Os Essênios] {{Wayback|url=http://www.airtonjo.com/historia38.htm |date=20100920060112 }}, acessado em 1 de agosto de 2010</ref>.
 
A favor de sua [[Cânon bíblico|canonicidade]], verifica-se que [[II Macabeus]] [https://web.archive.org/web/20091211203927/http://www.paulus.com.br/BP/_PEI.HTM 15:36] se refere ao Dia de [[Mordecai]]<ref name=teb/> e existem os argumentos de que '''Ester''' dá testemunho da invisível Providência em favor do Seu povo, assim como da situação particular vivida no contexto do livro (os [[judeus]] encontravam-se sob uma ameaça de extermínio e, de acordo com o relato, muitos inimigos estavam preparados para os matar e saquear).