Real (moeda brasileira): diferenças entre revisões

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Surgido de uma conjuntura de descontrole da inflação que gerava instabilidade econômica, pretendia-se uma moeda mais forte e merecedora de mais confiança do que suas predecessoras, filhas de outros planos econômicos que não vingaram. O nome escolhido, "real", coincide com o nome da primeira moeda do Brasil (plural: [[réis]]), moeda essa utilizada pelo império de Portugal em todas as suas colônias.
 
Diferentemente das moedas que haviam circulado anteriormente, o real não traz na sua nota personalidades da história nacional, mas sim animais da fauna brasileira. A explicação é a que famílias das pessoas homenageadas nas notas, como a de [[Mário de Andrade]], já haviam reclamado das homenagens.<ref name="Veja1994">Revista Veja - 15 de junho de 1994[http://www.revistaveja.com.br O Real bate asas] {{Wayback|url=http://www.revistaveja.com.br/ |date=20001019065851 }}. Acessado em 2013-11-08.</ref> Além disso, como a moeda precisava ser cunhada rapidamente, e não havia tempo hábil para negociar com as famílias, optou-se pela solução mais rápida: os animais.<ref name="Veja1994" /> Diversas opções foram pensadas, tais como a [[piranha]], o [[tucunaré]], o [[lambari]] e o [[lobo-guará]].<ref name="Veja1994" />Por fim, foram escolhidos o [[beija-flor]], [[garça]], [[arara]], [[onça pintada]] e a [[garoupa]].
 
O Real fora concebido em três fases, a partir de meados de 1993: primeiro, um plano de ajuste fiscal, com o Plano de Ação Imediata (PAI) e, posteriormente, o Fundo Social de Emergência (FSE), que, além de desvincular obrigações da União para com os demais entes da Federação, previstas na Constituição de 1988, desejava, segundo as palavras do governo, criar um dispositivo que financiasse programas sociais (daí origina-se o nome do fundo); segundo, a criação da Unidade Real de Valor (URV), que tinha como papel servir apenas como unidade de conta, enquanto o Cruzeiro Real permanecia em circulação, como unidade de valor e meio de pagamento; e, por último, a partir de 1º de julho de 1994, entra em operação a moeda Real, que, finalmente, substituiria o Cruzeiro Real nas suas duas funções remanescentes.<ref>GIAMBIAGI, Fábio et al. Economia Brasileira Contemporânea: 1945-2010. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011</ref><ref>BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo, Nobel, 2009</ref>
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A moeda foi criada pela Medida Provisória que instituiu o [[Plano Real]], inicialmente em [[Sistema cambial|regime cambial]] fixo em relação a um conjunto de moedas liderado pelo [[dólar dos Estados Unidos]]. Isto significava que o real tinha um teto e um piso previamente definido para que o valor da moeda flutuasse. Caso a cotação chegasse ao teto, o [[Governo]] se comprometia a vender dólares e forçar queda de cotação. O inverso acontecia quando a cotação atingia o piso. Contudo, surpreendendo muitos, o real valorizou-se logo após ser lançado. Depois de um curto período de valorização no final de [[1994]] e início de [[1995]], quando real chegou a valer 1,20 [[USD]] (câmbio comercial, 31 de março de 1995), o controle do Banco Central resultou numa desvalorização gradual da moeda, de 1 R$ : 1 USD em [[1995]] para cerca de 1,2 : 1 no final de [[1998]].<ref name="IEAcamb" />
 
Em janeiro de [[1999]], entretanto, a crise financeira decorrida da [[crise financeira]] asiática em 1997, da quebra da Rússia em [[1998]], e da crise financeira argentina, levou o [[Banco Central do Brasil]] a abandonar o modelo de câmbio semi fixo e a deixar o câmbio flutuar livremente. A súbita [[desvalorização do real de 1999|desvalorização do real no início de 1999]], de 1,2 : 1 para quase 2,0 : 1 marcou o fim da absoluta previsibilidade do câmbio.<ref>DIEESE (2000) [http://www.dieese.org.br/esp/cambio/cambio.xml Um Ano de Desvalorização do real] {{Webarchive|url=https://archive.today/20120730114523/http://www.dieese.org.br/esp/cambio/cambio.xml |date=2012-07-30 }}</ref> Entre [[1999]] e [[2003]] o câmbio evoluiu de maneira irregular mas geralmente no sentido de desvalorização, atingindo a cotação mínima de 3,9 R$ : 1 USD no final de [[2002]]. Em seguida a tendência geral se inverteu, e em [[2006]] o câmbio havia retornado ao patamar de 2,2 : 1. Desde essa época o câmbio tem flutuado ao redor de 2 reais para 1 dólar.<ref name="IEAcamb">IEA (2006) [http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=8984 As Mudanças no Câmbio e nos Juros, Brasil, 1994-2006]. Acessado em 2010-02-04.</ref>
 
== Notas ==
=== Primeira família ===
 
A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela [[Casa da Moeda do Brasil|Casa da Moeda]].<ref>{{citar web | url=http://www.casadamoeda.gov.br/portalCMB/menu/negocios/solucoesSeguranca/cedulas.jsp | título= Título ainda não informado (favor adicionar) | publicado=www.casadamoeda.gov.br | acessodata=2013-09-04 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20140512215408/http://www.casadamoeda.gov.br/portalCMB/menu/negocios/solucoesSeguranca/cedulas.jsp | arquivodata=2014-05-12 | urlmorta=yes }}</ref>
{|class="wikitable" style="text-align:center"
 
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|align=left|''Frente'': [[Efígie da República]], interpretada como uma [[escultura]].<br />''Verso'': [[Amazilia lactea|Beija-flor]]<br /> ''Dimensões'': 140 x 65&nbsp;mm.
 
|[[1994]]-[[2005]]<ref>{{Citar web |url= http://www.conesulnews.com.br/leitura.php?can_id=4&id=58387 |título= Lançada em 1994, nota de um real sairá de circulação|autor= Conesul News|autorlink= Conesul News|data= 6 de julho de 2006|acessodata= 23 de fevereiro de 2011}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
 
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