Pedro Aleixo: diferenças entre revisões

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| imagem = Pedro Aleixo.jpg
| imagem_tamanho = 220px
| legenda =
| nome = Pedro Aleixo
| título = [[Presidente do Brasil]]<ref>{{citar web |url= http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12486.htm|title= Lei nº 12.486/2011: Inclui o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram ungidos pela Nação Brasileira para a Suprema Magistratura|autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data= 2011|obra= |publicado= Presidência da República|acessodata= 26 de janeiro de 2017|citacao=}}</ref>
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| antecessor = [[Artur da Costa e Silva]]
| sucessor = [[Junta Governativa Provisória de 1969]]
| título2 = [[Lista de vice-presidentes do Brasil|16.°]] [[Vice-presidente do Brasil]]
| mandato2 = {{dtlink|15|3|1967}}<br/>a {{dtlink|31|8|1969}}
| vice_título2 = Presidente
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'''Pedro Aleixo''' ([[Mariana]], {{dtlink|lang=br|1|8|1901}} — [[Belo Horizonte]], {{dtlink|lang=br|3|3|1975}}) foi um [[advogado]], [[jornalista]], [[professor]] e [[político]] [[brasil]]eiro, tendo sido o 16.º vice-presidente do Brasil entre 1967 e 1969, impedido de tomar posse da presidência da República pela [[Junta Governativa Provisória de 1969|junta governativa provisória]]. Foi também [[deputado estadual]], [[deputado federal]] e [[Lista de ministros da Educação do Brasil|ministro da Educação]] no governo do presidente [[Humberto de Alencar Castelo Branco|Castelo Branco]].
 
== Biografia ==
 
[[File:Pedro Aleixo, 1971.tif|thumb|left|upright|Pedro Aleixo em 1971.]]
=== Vida familiar e primeiros anos ===
Nasceu em São Caetano, um distrito do município de [[Mariana]], em [[Minas Gerais]], no dia 1 de agosto de 1901, filho do comerciante José Caetano Aleixo e de Úrsula Martins Aleixo. Casou-se em 25 de outubro de 1925 com Maria Stuart Brandi Aleixo, mais conhecida como ''Mariquita'', com quem teve quatro filhos.
 
=== Estudos e carreira ===
Teve seus primeiros estudos no Colégio Malheiros em Ouro Preto. Ingressou em 1918 no curso de [[direito]] da [[Faculdade de Direito de Minas Gerais]], formando-se em 1922. Exerceu a advocacia no escritório do Dr. Abílio Machado, junto com o seu colega de turma [[Milton Campos]]. Paralelamente a sua formação jurídica, exercia também o jornalismo e em 1928, foi um dos fundadores e diretor do jornal ''[[Estado de Minas]]''. Foi eleito para o cargo de conselheiro municipal de Belo Horizonte (1927-1930). Em 1928 foi aprovado como professor de Direito Penal, passando dar aulas no curso de doutorado na mesma Faculdade que se formara.
 
== Vida política ==
 
=== Deputado constituinte ===
Na política, apoiou a [[Aliança Liberal]] e foi um dos mentores intelectuais da [[Revolução de 1930]]. Elegeu-se deputado à constituinte de 1934. Em 4 de maio de 1937, apoiado por [[Getúlio Vargas]], derrotou o líder mineiro, também da Aliança Liberal, [[Antônio Carlos]] na disputa pela presidência da [[Câmara dos Deputados]], sendo portanto o primeiro substituto de Getúlio, pois não havia a figura do vice-presidente na Constituição de 1934. Foi em sua gestão que o presidente Getúlio Vargas instaurou o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo no Brasil]] através do [[golpe]] de 10 de novembro de 1937.
 
Com o Congresso Nacional fechado, Pedro Aleixo voltou a advogar, sendo eleito, em 1938, Presidente do Instituto da Ordem dos Advogados de Minas Gerais. Alguns anos depois voltou-se contra Getúlio Vargas, sendo um dos signatários do [[Manifesto dos Mineiros]], em 24 de outubro de 1943, em favor do retorno ao estado de direito.
 
=== Deputado estadual ===
Fundador da [[União Democrática Nacional]], tendo sido eleito presidente da seção mineira deste partido. Elegeu-se [[deputado estadual]] e foi secretário de estado do Interior e Justiça no governo [[Milton Campos]], de 1947 até julho de 1950. Eleito novamente [[deputado federal]] em 1958 e 1962, pela [[UDN]], destacou-se por fazer acirrada oposição aos governos de [[Juscelino Kubitschek]] e [[João Goulart]]. Foi um dos líderes civis do [[golpe militar de 1964]], tendo se filiado à [[ARENA]]. Entre 10 de janeiro e 30 de junho de 1966 exerceu o cargo de ministro da Educação e Cultura no governo [[Castelo Branco]].
Fundador da [[União Democrática Nacional]], tendo sido eleito presidente da seção mineira deste partido. Elegeu-se [[deputado estadual]] e foi secretário de estado do Interior e Justiça no governo [[Milton Campos]], de 1947 até julho de 1950.
 
=== Deputado federal ===
 
Fundador da [[União Democrática Nacional]], tendo sido eleito presidente da seção mineira deste partido. Elegeu-se [[deputado estadual]] e foi secretário de estado do Interior e Justiça no governo [[Milton Campos]], de 1947 até julho de 1950. Eleito novamente [[deputado federal]] em 1958 e 1962, pela [[UDN]], destacou-se por fazer acirrada oposição aos governos de [[Juscelino Kubitschek]] e [[João Goulart]]. Foi um dos líderes civis do [[golpe militar de 1964]], tendo se filiado à [[ARENA]]. Entre 10 de janeiro e 30 de junho de 1966 exerceu o cargo de ministro da Educação e Cultura no governo [[Castelo Branco]].
 
=== Vice-presidente do Brasil ===
[[File:Pedro Aleixo, 1971.tif|thumb|left|upright|Pedro Aleixo em 1971.]]
Eleito vice-presidente da república na chapa do [[marechal]] [[Artur da Costa e Silva]], pela [[Aliança Renovadora Nacional]], em 3 de outubro de 1966, Pedro Aleixo se posicionou contra a edição do [[Ato Institucional Número Cinco|AI-5]] chegando inclusive a elaborar uma revisão da [[constituição de 1967]]<ref>{{Citar web|titulo=1968 - Ato Institucional 5 - Pedro Aleixo|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/personas/pedroAleixo.html|obra=www1.folha.uol.com.br|acessodata=2019-06-08}}</ref>, a fim de restaurar a legalidade. Contudo, a doença do presidente da república impediu que tal intenção se concretizasse. Consumado o afastamento de Costa e Silva em 31 de agosto de 1969, em virtude de uma [[trombose]], foi impedido de exercer seu direito constitucional de assumir o cargo pelos ministros militares, que mais tarde consideraram extinto seu mandato por força do [[Ato Institucional Número Doze|AI-12]] de 6 de outubro de 1969. Em 1970 desligou-se da ARENA e tentou organizar, sem sucesso, o [[Partido Democrático Republicano]].<ref>[http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/pedro_aleixo Biografia de Pedro Aleixo] na página do [[Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil]] (CPDOC)</ref>
 
Como vice-presidente da república, foi o último nesta condição a exercer a presidência do Senado Federal. Assumiu a Presidência da República entre 11 e 14 de abril de 1967, em razão de uma viagem de Costa e Silva ao [[Uruguai]].
 
=== Homenagens ===
Em [[2001]], o ''[[Estado de Minas]]'' ganhou nova e moderna sede, na [[Avenida Getúlio Vargas]], no bairro dos [[Funcionários]], zona nobre de [[Belo Horizonte]], que recebeu o nome de Edifício Pedro Aleixo. Aleixo foi um dos fundadores do jornal, o maior de Minas Gerais e um dos mais importantes do Brasil.