Cráton São Francisco: diferenças entre revisões

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=== Neoproterozoico ===
[[Imagem:Neoproterozoico_brasil1.png|miniatura|Paleocontinente Gonduana e os cinturões orogênicos neoproterozoicos. FA, traços estruturais da Faixa de Dobramentos Araçuaí; ZI, zona de interferência do Orógeno Araçuaí com o Aulacógeno do Paramirim. Crátons: A, Amazônico; K, Kalahari; PP-RP, ParanáParanapanema-Rio de la Plata; SF-C, São Francisco-Congo; SL-OA, São Luís-Oeste Africano.<ref>Pedrosa-Soares, A.C., Noce, C.M., Alkmim, F.F., Silva, L.C., Babinski, M., Cordani, U., Castañeda, C. 2007. Orógeno Araçuaí: síntese do conhecimento 30 anos após Almeida 1977. Geonomos, 15.</ref> ligação=Special:FilePath/Neoproterozoico_brasil1.png|ligação=Special:FilePath/Neoproterozoico_brasil1.png]]
 
No início do [[Neoproterozoico]], uma importante glaciação afeta a maior parte do Cráton, acompanhando o começo de uma nova etapa tafrogenética, responsável pela individualização da placa São Francisco-Congo há aproximadamente 950 Ma ([[Período Toniano]]), delineando-se os traços do que se tornaria o Cráton do São Francisco como se tem hoje.<ref name="Alkmim, 2004">ALKMIM, F. F. 2004. O que faz de um cráton um cráton? O cráton do São Francisco e as revelações almeidianas ao delimitá-lo. In: MANTESSO-NETO, V. et al. (ed.) Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida, p. 17-34, São Paulo, Beca, 647p.</ref> A sedimentação glaciogênica durante este evento tafrogênico é representada pelo [[Grupo Macaúbas]]. A idade máxima de deposição do Grupo Macaúbas, caracterizado por depósitos glacio-continentais a glacio-marinhos, é 900 Ma<ref name="Babinski, 2012">BABINSKI, M. & PEDROSA-SOARES, A. C., TRINDADE, R. I. F., MARTINS, M., NOCE, C. M., LIU, D. 2012. Neoproterozoic glacial deposits from the Araçuaí orogen, Brazil: Age, provenance and correlations with the São Francisco craton and West Congo belt. Gond. Res., 21:451–465.</ref> e sua sedimentação está relacionada ao preenchimento de um [[rifte]] neoproterozoico. Os riftes estaterianos foram reativados e alguns ramos evoluíram para [[margens passivas]].<ref name="Alkmim, 2004"/> Assim, bacias de [[margem passiva]] com sedimentação gravitacional e possível contribuição glacial desenvolveram-se nas bordas do cráton. Essas rochas estão preservadas nas faixas dobradas, constituindo várias [[unidades estratigráficas]], que representam a inversão tectônica e o [[metamorfismo]] das [[margens passivas]] originais, formadas durante a [[Orogênese Brasiliana]].