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Freud descreveu a evolução de seu método clínico e criou sua própria teorias das origens psicogenéticas da histeria, demonstrado em várias histórias e casos, em ''Estudos sobre a Histeria'' publicados em 1895 (com coautoria de Josef Breuer). Em 1899, ele publicou ''[[A Interpretação dos Sonhos]]'', onde interpretações detalhadas dos seus próprios sonhos e aqueles dos seus pacientes em termos de realizações de desejos oníricos os quais foram sujeitos das repressões e censuras em relação ao seu próprio "trabalho com os sonhos". Então ele preparou seu modelo teórico da estrutura mental (o inconsciente, pré-consciente e o consciente) onde sua teorização era baseada. Uma versão abreviada, ''Sobre Sonhos'', foi publicada em 1901. Em trabalhos mais dirigidos ao público em geral e que o fariam ganhar mais popularidade, Freud voltou sua atenção para além do escopo meramente clínico ao escrever ''[[Zur Psychopathologie des Alltagslebens|A psicopatologia da vida cotidiana]]'' (1901) e ''Os chistes e sua relação com o inconsciente'' (1905).<ref>Mannoni, Octave, ''Freud: The Theory of the Unconscious'', London: Verso 2015, pp. 55–81.</ref> Em ''[[Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade]]'' publicado em 1905, Freud elaborou sua teoria da sexualidade infantil, descrevendo as formas "perversamente estimulantes ao poliamor" e a funcionalidade das "pulsões", as quais dão o caminho na formação da identidade sexual.<ref>Mannoni, Octave, ''Freud: The Theory of the Unconscious'', London: Verso 2015, p. 91.</ref> No mesmo ano ele publicou ''[[Dora (caso de estudo)|Fragmentos de uma Análise de um caso de Histeria]]'', o qual se tornaria um dos mais famosos e controversos casos de estudo de Freud.<ref>Charles Bernheimer and Claire Kahane (eds) ''In Dora's Case: Freud – Hysteria – Feminism'', London: Virago 1985.</ref>
 
=== Relação de amizade com Fliess ===
Durante o período de formulação de seu trabalho, Freud buscou suporte emocional e intelectual com seu amigo [[Wilhelm Fliess]], um especialista em ouvidos, nariz e garganta e que se conheceram em 1887. Ambos viam a si mesmos como isolados da abordagem clínica e teórica convencional por causa de suas ambições em desenvolver novas teorias radicais da sexualidade. Fliess desenvolveu uma teoria altamente excêntrica dos [[biorritmo (pseudociência)|biorritmos]] e reflexo nasogenital os quais hoje são considerados pseudocientíficos. Ele compartilhou certos elementos importantes com Freud sobre a sexualidade – masturbação, [[coito interrompido]] e o uso de preservativos – em uma etiologia do que era chamado de "neuroses reais", primariamente [[neurastenia]] e certas manifestações físicas de sintomas de ansiedade..<ref name=massonee>{{cite book |last=Masson |first=Jeffrey Moussaieff |author-link=Jeffrey Moussaieff Masson |title=The Assault on Truth |url=https://books.google.com/books?id=jDkkSLkjdJ8C |year=2012 |orig-year=[https://books.google.com/?id=5G0QAQAAIAAJ 1984] |publisher=Untreed Reads |isbn=978-1-61187-280-4 |page=[https://books.google.com/?id=jDkkSLkjdJ8C&pg=PT18 18]}}</ref> Eles mantiveram correspondências por um longo período, o qual Freud esboçou nas especulações de Fliess as teorias da sexualidade infantil e bissexualidade para elaborar e revisar suas próprias ideias. Sua primeira tentativa sistemática do funcionamento da mente, seu projeto por uma psicologia científica que se desenvolveu em direção a [[metapsicologia]] como Fliess sendo o intermediador.<ref>Kris, Ernst, Introduction to ''Sigmund Freud The Origins of Psychoanalysis. Letters to Wilhelm Fliess, Drafts and Notes 1887–1902''. Eds. Marie Bonaparte, Anna Freud, Ernst Kris, E. London: Imago 1954.</ref> Entretanto, os esforços de Freud em construir uma ponte entre a neurologia e a psicologia foi eventualmente abandonada após eles alcançarem um impasse, como as cartas de Fliess revelam,<ref>{{cite book |last=Reeder |first=Jurgen |title=Reflecting Psychoanalysis. Narrative and Resolve in the Psychoanalytic Experience |url=https://books.google.com/books?id=38_kz3n4bbEC |year=2002 |publisher=Karnac Books |location=London |isbn=978-1-78049-710-5 |page=[https://books.google.com/?id=38_kz3n4bbEC&pg=PA10&dq=% 10]}}</ref> embora algumas ideias do projeto foram resgatadas na conclusão do livro ''A Interpretação dos Sonhos''.<ref>Mannoni, Octave, ''Freud: The Theory of the Unconscious'', London: Verso 2015, pp. 40–41.</ref>
 
Freud repetidamente operou seu próprio nariz com Fliess e sinusite para tratar "neurose nasal", e posteriormente encaminhou sua paciente Emma Eckstein para Fliess. De acordo com Freud, o histórico de seus sintomas incluíam várias dores nas pernas restringindo sua mobilidade, como também dores no estômago e menstruais. As dores eram causadas, de acordo com a teoria de Fliess, pela masturbação habitual a qual, como os tecidos do nariz e da genitália era conectados, poderia ser curado ao retirar uma parte do [[corneto médio]]. A cirurgia de Fliess se mostrou desastrosa, causando um recorrente e profundo sangramento nasal; ele deixou meio metro de gaze na narina perfurada de Eckstein, deixando-a permanente aleijada. Primeiramente, embora parecesse ser culpa de Fliess pelo desastre da cirurgia, Freud foi tímido em correspondências subsequentes em culpar o papel desastroso dele, e mais tarde cartas mantiveram um silêncio tácito na questão ou retornarem a falar em curar a histeria de Eckstein. Em último princípio, sobre a luz da história de adolescência de se auto cortar e sangria nasal e menstrual irregulares, concluiu que Fliess "não era culpado de jeito nenhum", já que a hemorragia pós-operatória era um "desejo de ter sangramentos" conectados a "um velho desejo em ser amada por sua doença" e sendo isto engatilhado por um meio "rearranjo pelas afeições a Freud". De qualquer maneira Eckstein continuou suas análises com Freud. Ela restaurou sua mobilidade por completo e quis praticar psicanálise por conta própria.<ref>Gay 2006, pp. 84–87, 154–56.</ref><ref>Schur, Max. "Some Additional 'Day Residues' of the Specimen Dream of Psychoanalysis." In ''Psychoanalysis, A General Psychology'', ed. R.M. Loewenstein et al. New York: International Universities Press, 1966, pp. 45–95.</ref>
 
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