Pedro I de Castela: diferenças entre revisões

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Artigo referenciado
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|sepultamento= [[Catedral de Sevilha]]
}}
'''Pedro I de Castela''', cognominado '''''o Cruel'''''<ref name=":0">{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=MqQAAAAAMAAJ&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA633&dq=%22+Peter+of+Castile+(the+Cruel)%22&hl=pt-BR&redir_esc=y|título=The Protestant Theological and Ecclesiastical Encyclopedia|ultimo=Bomberger|primeiro=John Henry Augustus|editora=Lindsay & Blakiston|ano=1860|local=Filadélfia|página=633|lingua=en}}</ref> ([[Burgos]], {{dtlink|lang=pt|30|8|1334}} — {{dtlink|lang=br|23|3|1369}}), foi [[rei de Castela]] de [[1350]] até seu assassinato em Montiel por seu irmão bastardo e sucessor.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=EjTCghPTA94C&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA411&dq=%22Peter+of+Castile%22+%221369%22&hl=pt-BR&redir_esc=y|título=The History of England|editora=Ardent Media|ano=1969|local=Londres|página=411|lingua=en}}</ref><ref name=":2">{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=lLAryx8bC8UC&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA131&dq=%22Peter+of+Castile%22+%221369%22&hl=pt-BR&redir_esc=y|título=Al-Andalus: The Art of Islamic Spain|ultimo=N.Y.)|primeiro=Metropolitan Museum of Art (New York|ultimo2=Spain)|primeiro2=Alhambra (Granada|ultimo3=Alhambra|primeiro3=Patronato de la|editora=Metropolitan Museum of Art|ano=1992|local=Nova Iorque|página=131|lingua=en}}</ref> Foi filho de [[Maria de Portugal, Rainha de Castela|Maria de Portugal]] {{nwrap||1313|1357}} ("''A fermosíssima Maria''" d'''Os Lusíadas'' de [[Luís de Camões]]) e de {{Lknb|Afonso|XI de Castela}} {{nwrap||1311|1350}}. Foi neto materno de {{Lknb|Afonso|IV de Portugal}} {{nwrap||1291|1357}} e de [[Beatriz de Castela (1293–1359)|Beatriz de Castela]] {{nwrap||1293|1359}} e, portanto, sobrinho do homónimo [[Pedro I de Portugal]], ''o Justiceiro''. Era neto paterno da infanta, [[Constança de Portugal, Rainha de Castela|Constança de Portugal]], e de {{Lknb|Fernando|IV de Castela}}.
 
== Vida ==
Único varão legítimo de Maria de Portugal e de Afonso XI, Pedro subiu ao trono após a morte do pai, em 1350. Antes disso houve uma disputa pelo trono entre Pedro e o seu meio-irmão, [[Henrique de Trastâmara]], bastardo de Afonso XI de Castela e da sua amante [[Leonor de Gusmão]].<ref name=":2" /><ref name=":1">{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=QJm4RX5FFiwC&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA279&dq=%22Sancho+IV+de+Castilla%22+%22mar%C3%ADa+de+molina%22&hl=pt-BR&redir_esc=y|título=Genealogía De La Familia Montealegre: Sus Antepasados En Europa Y Sus Descendientes En América|ultimo=Montealegre|primeiro=Flavio Rivera|editora=Trafford Publishing|ano=2011|local=Bloomington|páginas=279-281|lingua=es}}</ref> Pedro foi sempre apoiado pela mãe, a rainha Maria, e pelos seus avós maternos, Beatriz e Afonso IV.
 
Rei de Castela e Leão em 1350, ficou manchado do sangue de numerosas vítimas. Desejando vingar-se de fidalgos castelhanos refugiados em Portugal, negociou com seu tio, o rei Pedro I de Portugal, o escambo dos perseguidos, entregando dois dos culpados da morte de [[Inês de Castro]]. Teria mandado matar, em [[Toro (Espanha)|Toro]], fidalgos que seus desvarios haviam condenado, entre eles o português [[Martim Afonso Telo de Meneses]], pai de [[Leonor Teles]], rainha de Portugal.
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==Reinado==
Em 1353, influenciado pela mulher, denominada sem coroa, Maria de Padilla, o jovem rei de 19 anos escolhe governar como um autocrata, apoiado no povo, o que lhe valeu o apelido de ''Justiceiro''.<ref name="info">{{citar web|título=Pedro I de Castilla|publicado=Wikipédia em espanhol|url=https://es.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_de_Castilla}}</ref> Seus meio-irmãos conspiravam com o rei de Aragão. Pedro I mandou executar seus cúmplices, combateu [[reino de Aragão|Aragão]], mandou assassinar dois meio-irmãos e se tornou assim ''o Cruel''.<ref name="info:0" />
 
O [[Príncipe Negro]] interveio em [[Nájera]] em 3 de abril de 1367 a seu favor. O primogênito de seus irmãos bastardos, Henrique, fez apelo ao rei de [[Aragão]] e ao da [[França]], {{lknb|Carlos|V|de França}}, ''o Sábio''. A França estava lentamente se recuperando da ocupação inglesa, do desastre de Poitiers, da Grande Peste, das rebeliões camponesas (''jacqueries'') e sofria as vexações da soldadesca desenfreada.
 
Desde o início da [[Guerra dos Cem Anos]], os reis da França tinham hábito de recrutar ''routiers'' ou [[mercenário]]s, mais disponíveis que os cavaleiros. Mas, organizados em ''[[Grandes Compagnies]]'', os mercenários se entregam a pilhagens terríveis das aldeias, quando não se combatem uns aos outros. [[Carlos V de França]] pediu a seu capitão [[Bertrand Du Guesclin]] para levá-los para a Espanha. Pedro I, diante da ameaça, se precipitou para [[Bordéus]], terra inglesa, aliando-se ao Príncipe Negro, o filho do rei inglês.<ref name="info"/> O primeiro combate foi fatal para Du Guesclin, capturado pelo Príncipe Negro, que não demorou em libertá-lo mediante resgate, montante elevado marcado pelo próprio cativo. Em 1 de março de 1369 Pedro I foi vencido por Du Guesclin em [[Montiel]], no sudeste de Castela. A batalha pôs termo à primeira guerra civil espanhola que opôs durante 15 anos o herdeiro legítimo aos bastardos do pai. Du Guesclin, bretão, se vingou de Pedro: sob falsa promessa de liberdade, leva-o a seu meio irmão Henrique de Trastamara. Os dois combateram, Henrique matou Pedro e subiu ao trono como [[Henrique II de Castela]].<ref name="info"/> Bertrand Du Guesclin, voltando a Paris, recebeu o título de [[condestável]], tornando-se uma espécie de chefe do estado-maior do rei [[Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos V]]. Terminara a coligação de rebeldes castelhanos e barões franceses atraídos a Castela pela expansão além Pirenéus da Guerra dos Cem Anos, que mantivera o reino em torvelinho. Estava no trono a nova dinastia de Trastâmara.
 
==Casamento ==
[[Imagem:Estatua de Pedro I el Cruel (M.A.N.) 01.jpg|thumb|upright|Estátua de Pedro I (1504)]]
 
Casou-se por procuração em 1351 na França e depois em [[Valladolid]] em 3 de Junho de 1353 com [[Branca de Bourbon]] (1339-1361), envenenada em Medina Sidonia. Era irmã gémea da rainha [[Joana de Bourbon]],<ref name="info1">{{citar web|título=Branca de Bourbon|publicado=Wikipédia em português|url=https://pt.wikipedia.org/wiki/Branca_de_Bourbon}}</ref> esposa de {{Lknb|Carlos|V de França}}. Não tiveram descendência.<ref name="info"/>
 
Branca trouxe dote de 300 mil florins de ouro.<ref name="info1"/> Seu séquito, chefiado pelo visconde de Narbona, chegou a Valladolid em 25 de fevereiro de 1353, mas Pedro estava em [[Torrijos]], com Maria de Padilla, prestes a parir. Em 3 de junho houve a cerimônia da boda, apadrinhada por [[João Afonso de Albuquerque]] e Leonor de Aragão. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán, onde o esperava Maria de Padilla. Houve depois uma reconciliação de breves dias em Valladolid, Pedro partiu para [[Olmedo (Espanha)|Olmedo]] e não mais viu a esposa. Maria de Portugal levou a nora para [[Tordesillas]] e depois para [[Medina del Campo]], mas o marido a fez encerrar em [[Arévalo]] e no alcázar de [[Toledo]]. O partido político adverso a Pedro explorou o fato de que ele, secretamente, enquanto Branca vivia, se casou com Maria de Padilla. Don Beltran de la Sierra, [[Núncio apostólico|núncio]] do papa, intimou o rei a retomar Branca, assim como exigiu sua tia Leonor de Aragão. O rei entretanto a manteve presa, levando-a de Siguenza para [[Jerez de la Frontera]] e para Medina Sidonia e ali ela foi assassinada pelo ''[[Ballesteros|ballestero]]'' Juan Perez de Rebolledo. Com isso alienou Carlos V de França, cuja mulher era gémea de Branca e deu pretexto à intervenção da França (du Guesclin) em favor do bastardo Henrique de Trastamara, futuro rei. Murmúrios de que o dote não teria sido pago ou de que ela seria amante de D. Fadrique, Duque de Benavente, meio-irmão do rei, mas este nem se lhe acercara nem era do seu séquito.
 
Casou-se depois secretamente com sua amante [[Maria de Padilla]] (1335 - 1361 em Sevilha). Era filha de Juan Garcia de Padilla em 1355 senhor de Villagera, e de Maria Gonçales de Henestrosa. A desgraça do rei foi esta paixão. A amante, de família nobilíssima, teve dele quatro filhos até a peste de 1361, que a levou, semanas após o assassinato da rainha.
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* [[Constança de Castela, duquesa de Lencastre|Constança]], infanta de Castela ([[Castrojeriz]], Castela, julho de 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leicester) casada em 21 de setembro de 1371 em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, com [[João de Gante]], [[duque de Lencastre]], filho de [[Eduardo III de Inglaterra]] e [[Filipa de Hainaut]].
 
* [[Isabel de Castela, Duquesa de Iorque|Isabel, infanta de Castela]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=Q1BVAAAAMAAJ&newbks=0&printsec=frontcover&dq=%22Peter+of+Castile%22&q=%22Peter+of+Castile%22&hl=pt-BR&redir_esc=y|título=An American Ancestry of the Clark-Morton and Tyman-Millar-Adams Families|ultimo=Spoden|primeiro=Muriel Clark|editora=Spoden Associates|ano=1995|local=Kingsport|lingua=en|citacao=Landley , England , Duke of York & PRINCESS ISABEL , daughter of KING PETER of Castile.}}</ref> (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de novembro de 1393) casou-se em Hertford em 1 de março de 1372 com [[Edmundo de Langley|Edmundo Plantageneta de Langley]] (1341-1 de agosto de 1402), [[conde de Cambridge]], em 1385 [[Duque de York]], irmão de João de Gante.
 
* Afonso, príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362)
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* Fernando de Castela (nascido antes de 1361 e morto jovem), senhor de Niebla.
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==Bibliografia==
{{citar web|título=Pedro I de Castilla|publicado=Wikipédia em espanhol|url=https://es.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_de_Castilla}}
 
[[Categoria:Reis de Castela]]
[[Categoria:Monarcas assassinados]]