ASP World Tour de 2012

ASP World Tour de 2012
Generalidades
Esporte Surfe
Data de início 25 de fevereiro de 2012
Organizador Association of Surfing Professionals
Data de encerramento 20 de dezembro de 2012 (masculino)
5 de agosto de 2012 (feminino)
Etapas 10 (masculino)
7 (feminino)
Sítio eletrónico worldsurfleague.com
Campeão Joel Parkinson (1º título)
Campeã Stephanie Gilmore (5º título)
Navegação

O Circuito Mundial de Surfe de 2012 ou WCT de Surfe foi uma competição mundial de surfe levada a cabo pela Associação dos Profissionais de Surfe. Homens e mulheres competiram em tours diferentes com eventos que tomaram lugar em diferentes locais entre os meses de fevereiro a dezembro.

O australiano Joel Parkinson, o Parko, tornou-se campeão mundial, superando o estadunidense Kelly Slater e o amigo australiano Mick Fanning.

A australiana Stephanie Gilmore torna-se pentacampeã mundial.

Organização editar

O Circuito Mundial de Surfe (WT) masculino é composto por 34 surfistas. A cada etapa, o grupo que compõe a elite da modalidade se junta a outros dois surfistas convidados ou que se classificaram por uma triagem (torneio qualificatório), em um total de 36 atletas.

No fim do ano, os surfistas que terminarem entre os 22 primeiros do ranking mundial se mantêm na elite na temporada seguinte. Eles ganham a companhia dos 10 melhores da Divisão de Acesso (WQS), além de dois atletas convidados, que se machucaram durante o ano (wild card).

O Circuito Mundial de Surfe (WT) feminino é composto por 17 surfistas. A cada etapa, o grupo que compõe a elite da modalidade se junta a outra surfista convidada ou que se classificou por uma triagem (torneio qualificatório), em um total de 18 atletas.

As 10 melhores colocadas do último ano permanecem. Elas ganham a companhia das 6 competidoras classificadas através da etapa mundial feminina da Divisão de Acesso (WQS). E apenas uma surfista recebe o “wild card”.

Tal como em outros campeonatos de etapas, cada etapa ofereceu determinada pontuação para os competidores segundo sua colocação. O surfista que ao final da última etapa da temporada conquistasse o maior número de pontos na somatória de todas as etapas, desprezando os dois piores resultados, tornar-se-ia campeão mundial na respectiva categoria. No circuito feminino foi descartado apenas o pior resultado.

Pontuação editar

Masculino editar

Neste ano, a pontuação adotada para o ranking masculino foi a seguinte:

Posição                 13º   25º  INJ
Pontos 10.000 8.000 6.500 5.200 4.000 1.750 500 500
  • 1º colocado (campeão) - 10.000 pontos
  • 2º colocado (vice-campeão) - 8.000
  • 3º colocado (eliminado nas semifinais) - 6.500
  • 5º colocado (eliminado nas quartas de final) - 5.200
  • 9º colocado (eliminado na 5ª fase) - 4.000
  • 13º colocado (eliminado na 3ª fase) - 1.750
  • 25º colocado (eliminado na 2ª fase) - 500
  • INJ (lesionado) - 500 pontos (quando o atleta não compete em uma etapa por causa de uma lesão)

Feminino editar

Neste ano, a pontuação adotada para o ranking feminino foi a seguinte:

Posição                 13º  INJ
Pontos 10.000 8.000 6.500 5.200 3.300 1.750 1.750
  • 1ª colocada (campeã) - 10.000 pontos
  • 2ª colocada (vice-campeã) - 8.000
  • 3ª colocada (eliminada nas semifinais) - 6.500
  • 5ª colocada (eliminada nas quartas de final) - 5.200
  • 9ª colocada (eliminada na 5ª fase) - 4.000
  • 13ª colocada (eliminada na 3ª fase) - 1.750
  • INJ (lesionada) - 1750 pontos (quando a atleta não compete em uma etapa por causa de uma lesão)

Calendário de provas editar

Tour masculino editar

Evento Nome do evento Local Data Vencedor
1 Quiksilver Pro Gold Coast   Austrália 25 fevereiro - 7 de março   Taj Burrow
2 Rip Curl Pro Bells Beach   Austrália 3 - 14 de abril   Austrália Mick Fanning
3 Billabong Rio Pro   Brasil 9 - 20 de maio   John John Florence
4 Volcom Fiji Pro   Fiji 3 - 15 de junho   Kelly Slater
5 Billabong Pro Teahupoo   Polinésia Francesa 16 - 27 de agosto   Mick Fanning
6 Hurley Pro Trestles   Estados Unidos 16 - 22 de setembro   Kelly Slater
7 Quiksilver Pro France   França 28 de setembro - 8 de outubro   Kelly Slater
8 Rip Curl Pro Portugal   Portugal 10 - 21 de outubro   Julian Wilson
9 O'Neill Coldwater Classic Santa Cruz   Estados Unidos 1 - 11 de novembro   Taj Burrow
10 Billabong Pipe Masters   Havaí 8 - 20 de dezembro   Joel Parkinson

Fonte

Tour feminino editar

Evento Nome do Evento Local Data Vencedor
1 Roxy Pro Gold Coast   Austrália 25 de fevereiro - 7 de março   Stephanie Gilmore
2 Rip Curl Women's Pro Bells Beach   Austrália 3 - 9 de abril   Sally Fitzgibbons
3 TSB Bank NZ Surf Festival   Nova Zelândia 11 - 15 de abril   Stephanie Gilmore
4 Commonwealth Bank Beackhley Classic   Austrália 18 - 23 de abril   Courtney Conlogue
5 Billabong Rio Pro   Brasil 9 - 13 de maio   Sally Fitzgibbons
6 Roxy Pro France   França 10 - 14 de julho   Stephanie Gilmore
7 U.S. Open Of Surfing   Estados Unidos 30 de julho - 5 de agosto   Lakey Peterson

Fonte

Resultados dos Circuitos editar

Ranking masculino editar

Posição Surfista  
WCT 1
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WCT 2
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WCT 3
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WCT 4
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WCT 5
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WCT 6
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WCT 7
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WCT 8
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WCT 9
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WCT 10
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Pontos Prêmio
1   Joel Parkinson 58,700 $266,000
2   Kelly Slater INJ 13º 13º 54,450 $344,250
3   Mick Fanning 13º 13º 25º 13º 47,000 $248,500
4   John John Florence 13º 25º 13º 44,350 $211,250
5   Adriano de Souza 13º 25º 13º 42,350 $142,500
6   Taj Burrow 13º 13º 13º 13º 41,900 $235,000
7   Gabriel Medina 25º 13º 25º 41,350 $146,750
8   Josh Kerr 13º 13º 25º 25º 38,900 $137,000
9   Julian Wilson 25º 13º 25º 13º 35,900 $167,750
10   Owen Wright 13º 25º 13º 13º 33,600 $114,250
10   Jeremy Flores 13º 13º 13º 13º 33,600 $116,250
12   Jordy Smith 13º 25º 13º 25º 13º 13º 27,900 $105,500
13   C.J. Hobgood 25º 13º 25º 25º 13º 26,650 $103,500
14   Adrian Buchan 25º 13º 13º 13º 13º 25º 25,400 $98,500
15   Michel Bourez 25º 25º 13º 13º 13º 25º 24,250 $98,500
16   Damien Hobgood 25º 13º 25º 25º 25º 25º 21,750 $95,000
17   Miguel Pupo 25º 13º 13º 13º 25º 25º 25º 19,450 $90,250
18   Alejo Muniz 25º 25º 13º 13º 13º 13º 13º 25º 18,450 $89,500
19   Kieren Perrow 13º 25º 25º 25º 25º 13º 25º 18,200 $88,750
20   Bede Durbidge 13º 13º 13º 13º 25º 13º 13º 13º 13º 16,250 $87,000
20   Travis Logie 13º 13º 13º 25º 25º 13º 25º 13º 25º 16,250 $89,000
22   Kai Otton 25º 25º 13º 13º 13º 13º 13º 13º 25º 16,200 $86,750
23   Kolohe Andino 13º 25º 13º 25º INJ 25º 25º 13º 15,950 $79,250
24   Matt Wilkinson 13º 13º 25º 25º 25º 13º 25º 25º 25º 15,250 $98,500
25   Brett Simpson 25º 13º 13º 13º 13º 13º 13º 25º 25º 15,000 $84,000
26   Yadin Nicol 13º 13º 25º 25º 25º 13º 25º 13º 13º 14,950 $85,250
27   Heitor Alves 25º 13º 13º 13º 25º 25º 25º 25º 14,750 $83,500
28   Raoni Monteiro 13º 13º 25º 25º INJ INJ INJ INJ 13,500 $54,000
29   Tiago Pires 25º 13º 13º 25º 25º 25º 25º 25º 37º 11,200 $81,000
30   Freddy Patacchia Jr. 13º 13º 25º 13º 13º 25º 13º - - 25º 10,250 $64,500
30   Taylor Knox 25º 25º 25º 25º 13º 13º 13º 25º 13º 37º 9,000 $77,000
32   Adam Meeling 13º 25º 13º 25º 25º 13º 25º 25º 25º 25º 7,750 $75,500
32   Jadson André 25º 13º 25º INJ 25º 25º 13º 25º 13º 37º 7,750 $68,500
32   Patrick Gudauskas 25º 25º 13º 25º 25º 25º 13º 25º 13º 37º 7,750 $75,500
32   Dusty Payne INJ INJ INJ INJ 25º 13º 25º 13º 13º 37º 7,750 $46,500
36   Willian Cardoso 25º - - 25º 25º 25º - - - 1,500 $22,000

Fonte

Ranking feminino editar

Posição Surfista WCT 1
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WCT 2
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WCT 3
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WCT 4
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WCT 5
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WCT 6
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WCT 7
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Pontos Prêmio
1   Stephanie Gilmore 48,400 $71,500
2   Sally Fitzgibbons 43,400 $73,500
3   Carissa Moore 40,700 $52,000
4   Tyler Wright 36,700 $47,500
5   Courtney Conlogue 36,000 $65,000
6   Malia Manuel 34,100 $45,500
7   Lakey Peterson 33,700 $49,000
8   Laura Enever 32,800 $43,500
9   Coco Ho 13º 13º 31,850 $44,000
10   Paige Hareb 13º 13º 23,450 $37,500
11  Rebecca Woods 13º 13º 13º 22,000 $36,000
12   Sofia Mulanovich INJ 13º 21,750 $30,000
13   Pauline Ado 13º 13º 13º 13º 13º 16,200 $33,500
13   Sage Erickson 13º 13º 13º 13º 13º 16,200 $33,500
13   Sarah Mason 13º 13º 13º 13º 13º 16,200 $33,500
16   Silvana Lima INJ INJ INJ INJ INJ INJ 13,950 $6,000
17   Justine Dupont INJ 13º 13º 13º 13º 13º 12,750 $28,000
18   Jacqueline Silva 13º 13º 13º 13º 13º 13º 13º 10,500 $31,500

Fonte

Formato de disputa das etapas editar

Depende das condições climáticas corretas para que uma etapa ocorra. Por este motivo, as etapas não tem dias determinados para ocorrer, mas sim janelas de tempo, nas quais as disputas são travadas nos dias de melhores condições.

Rodadas do Circuito WT masculino:

1ª rodada (não eliminatória): 36 surfistas são divididos em 12 baterias, com três atletas em cada. Os vencedores das 12 sessões avançam diretamente para a terceira rodada. Esta disputa não é eliminatória e quem fica em segundo e terceiro lugares vai disputar a primeira repescagem.

2ª rodada (1ª repescagem): reúne 24 competidores que não venceram suas baterias na primeira fase. São 12 sessões, com dois surfistas em cada uma delas. Quem vence vai para a terceira rodada, enquanto os perdedores são eliminados, terminando a disputa na 25ª colocação (a pior).

3ª rodada: reúne 12 baterias com dois surfistas cada. Os vencedores passam para a quarta rodada.

4ª rodada (não eliminatória): reúne 12 surfistas distribuídos em quatro baterias, com três atletas cada. Os vencedores passam diretamente para as quartas de final. Aqueles que ficam em segundo e terceiro lugares vão disputar a segunda repescagem da competição.

5ª rodada (2ª repescagem): disputada em quatro baterias, com dois atletas cada. Os vencedores vão para as quartas de final.

Rodadas do Circuito WT feminino:

1ª rodada (não eliminatória): 18 surfistas são divididas em 6 baterias, com três atletas em cada. As vencedoras das 6 sessões avançam diretamente para a terceira rodada. Esta disputa não é eliminatória e quem fica em segundo e terceiro lugares vai disputar a primeira repescagem.

2ª rodada (1ª repescagem): reúne 12 competidoras que não venceram suas baterias na primeira fase. São 6 sessões, com duas surfistas em cada uma delas. Quem vence vai para a terceira rodada, enquanto os perdedoras são eliminadas, terminando a disputa na 13ª colocação (a pior).

3ª rodada (não eliminatória): reúne 12 surfistas distribuídos em quatro baterias, com três atletas cada. As vencedoras passam diretamente para as quartas de final. Aquelas que ficam em segundo e terceiro lugares vão disputar a segunda repescagem da competição.

4ª rodada (2ª repescagem): disputada em quatro baterias, com duas atletas cada. As vencedoras vão para as quartas de final.

Quartas de final: quatro baterias, com dois surfistas cada. Os vencedores avançam às semifinais.

Semifinais: duas baterias, com dois atletas cada. Os dois vencedores avançam a final.

Final: A etapa é decidida em um confronto direto através de uma bateria.

[1]

Pontuação das baterias editar

Os novos critérios de julgamento da ASP foram implementados em todos os eventos da ASP a partir de 2005.

As baterias geralmente duram 30 minutos, mas podem ter esta duração ampliada, caso as condições do mar não estejam boas, possibilitando que os surfistas tenham a chance de pegar mais ondas. Os surfistas podem pegar no máximo 15 ondas por bateria. Mas na soma de pontos, apenas as duas maiores são consideradas na nota final. A pontuação de cada onda vai de 0.0 a 10.0. Com isso, o máximo de pontos que um atleta pode atingir em uma sessão é 20.0.

Para cada onda, o grupo de cinco juízes atribui suas notas segundo os critérios abaixo:

  • Comprometimento e grau de dificuldade;
  • Inovação e progressão das manobras;
  • Combinação de manobras fortes/expressivas;
  • Variedade de manobras/repertório;
  • Velocidade, força e fluidez.

Certos aspectos do surf pontuam mais, dependendo da localização e das condições ou mudanças das condições durante o dia.

Cada juiz dá sua nota e a melhor e a pior são cortadas. A média entre as três notas restantes é a nota final da onda surfada pelo atleta.

Escala de notas:

  • [0.0 – 1.9: Fraca]
  • [2.0 – 3.9: Regular]
  • [4.0 – 5.9: Média]
  • [6.0 – 7.9: Boa]
  • [8.0 – 10.0: Excelente]

[2].[3]

Sistema de prioridades editar

Existe um sistema de prioridade nas baterias. A regra da prioridade não existe na 1ª rodada do ASP World Tour porque são realizadas baterias com três surfistas. A prioridade foi feita apenas para baterias homem-a-homem que se iniciam apenas na 2ª rodada. A regra da prioridade foi instituída em meados da década de 1980 e tem sido modificada ao longo dos anos com objetivo de melhorar cada vez mais o surf competitivo.

O surfista que chegou primeiro no outside ou lineup tem a prioridade de escolher a primeira onda e surfar para ambos os lados a onda escolhida, se ele quiser exercer. Desta forma, se o surfista com prioridade remar na onda e entrar nela, o outro surfista deve sair da onda sem atrapalhá-lo. Caso a prioridade não seja respeitada, o surfista que causou a interferência receberá zero pontos pela onda surfada e será penalizado com a anulação da segunda maior nota dele, computando apenas uma onda na nota final.

Um surfista perderá a prioridade assim que ele pegar uma onda e suas mãos deixarem a borda da prancha se preparando para se levantar. No caso em que ambos os surfistas concluírem uma onda até o inside, o primeiro surfista que retornar ao lineup receberá a prioridade. A Prioridade é indicada pela cor do disco de sinalização posicionado no palanque do evento.[4]

Referências

Ligações externas editar