Filipo (prefeito pretoriano)

político

Flávio Filipo (em latim: Flavius Philippus; fl. anos 340 - anos 350) foi oficial do Império Romano sob o imperador Constâncio II (r. 337–361). Tornou-se prefeito pretoriano do Oriente e cônsul, e esteve envolvido em alguns dos principais eventos do reinado de Constâncio, como a execução do bispo Paulo I e a embaixada ao usurpador Magnêncio (r. 350–353).

Flávio Filipo
Nacionalidade Império Romano
Filho(a)(s) Simplício
Ocupação Governador
Religião Cristianismo

Biografia editar

 
Soldo do imperador Constâncio II (r. 337–361)
 
Centenional duplo do usurpador Magnêncio (r. 350–353)

Flávio Filipo era de origem humilde, filho de um fabricante de salsicha, e pai e avo de Simplício e Antêmio respectivamente,[1] o que lhe fez parente de Antêmio (r. 467–472), futuro imperador do Ocidente.[2] Filipo subiu de nível social tornando-se notário quando aprendeu taquigrafia.[3] Em 346, tornou-se prefeito pretoriano do Oriente sob o imperador Constâncio II, supostamente devido a influência dos eunucos da corte;[4] foi assessorado por um oficial chamado Quirino. Nesta posição, deportou para Tessalônica o bispo Paulo I de Constantinopla e instalou o ariano Macedônio I. Em 348, durante uma viagem de inspeção, foi à Bitínia. Neste mesmo ano obteve o consulado. Em 350, quando mencionado como ainda exercendo a função, fez Paulo ser executado em Cucuso, na Armênia.[5]

Em 351, quando Constâncio enfrentava a rebelião do usurpador Magnêncio (r. 350–353), Filipo foi enviado para o acampamento rebelde, formalmente, para negociar a paz, mas na verdade para descobrir a prontidão militar do inimigo.[6] Filipo dirigiu-se ao exército rebelde, acusando-o de ingratidão para com a dinastia constantiniana, e, propondo a Magnêncio deixar a Itália e manter apenas a Gália. Após Magnêncio tentar conquistar Síscia, Filipo foi mantido prisioneiro pelo usurpador.[7] Antes do final de 351, pensando que Filipo havia desertado, Constâncio o fez cair em desgraça e ele morreu no mesmo ano, ainda sob custódia de Magnêncio. Quando o imperador solve a verdade, de modo a restaurar sua memória, fez erigir estátuas em várias cidades imperiais.[8]

Referências

  1. «A dictionary of Greek and Roman biography and mythology, entry on Theodosius II». Consultado em 7 de janeiro de 2014 
  2. Martindale 1980, p. 93-94.
  3. Libânio século IV, XLII.24-25.
  4. Libânio século IV, LXXII.11.
  5. Martindale 1971, p. 696.
  6. Zósimo, II.46.2.
  7. Zósimo, II.46.2-4.
  8. Martindale 1971, p. 696-697.

Bibliografia editar

  • Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • Libânio (século IV). Orações. Antioquia 
  • Zósimo. História Nova  In Ridley, R.T. (1982). Zosimus: New History (em inglês). Camberra: Byzantina Australiensia 2