O rio Turiaçu é um curso de água que banha o estado do Maranhão, no Brasil.

Rio Turiaçu
Rio Turiaçu
Comprimento 720 km
Nascente Zé Doca (Serra do Tiracambu/Serra da Desordem)
Foz Turiaçu
Área da bacia 17.502 km²
Afluentes
principais
rios Paruá, Urubucu, Caxias
País(es)  Brasil

Características editar

Nasce nas vertentes das serras do Tiracambu e da Desordem, na região de Zé Doca e da Terra Indígena Alto Turiaçu, percorrendo 720 km. Sua Bacia tem uma área de drenagem da ordem de 17.502 km², representando cerca de 4,26% da área do Estado . [1]

A serra do Tiracambu constitui o principal divisor de água da bacia do rio Gurupi, estabelecendo limites com as bacias do Pindaré, do Turiaçu e do Tocantins.[2]

De sua nascente até o lago Guariba é conhecido como Turi. Alguns de seus afluentes são os rios Paruá, Urubucu, Caxias e além de igarapés de menor porte e uma série de lagos.

Na região próxima ao município de Santa Helena, no curso médio do rio, há um grande número de lagos marginais, como o Lago da Capivara, Lago das Seis Horas, Lago do Rapa Cuia, Lago Cabeludo, Lago Joaquim Manoel e Lago São Jerônimo. No período seco, as planícies laterais secam e apenas o leito do rio permanece com água.[3][4]

Banha os municípios de Zé Doca, Santa Luzia do Paruá, Nova Olinda do Maranhão, Araguanã, Pedro do Rosário, Presidente Sarney, Santa Helena, Turilândia, Serrano do Maranhão, Bacuri e Turiaçu.[1]

Os rios Turiaçu e Maracaçumé são de regime equatorial; com suas nascentes originando-se dos chapadões meridionais do Estado. Em razão da pluviosidade dessa região, o Turiaçu e o Maracaçumé assemelham-se aos afluentes meridionais do rio Amazonas.[1]

Biodiversidade e conservação editar

Ocupa o bioma da Amazônia e atravessa a Baixada Maranhense, uma planície formada por lagos e campos alagados.

Os rios do litoral ocidental maranhense vivem sob constante influência das marés, que também influenciam também o ritmo de vida da população. A foz apresenta grandes larguras e apresentam exuberante vegetação de mangue, com rica biodiversidade. Sua foz se insere no âmbito da APA das Reentrâncias Maranhenses.[2]

Também foi criada a Terra Indígena Alto Turiaçu, habitada pelos povos tupis urubus-kaapor, guajajara e awá-guajá.[2]

Dentre as árvores da região, há a faveira, bem como o trapiazeiro, araribeira, quiririzeiro, ingazeira, gagaubeira, bacurizeiro.[1]

Entre os mamíferos, pode-se encontrar o tatu, paca, cutia, capivara, porco-do-mato e veados do tipo catingueiro e mateiro, bem como aves como nambu, siricora, garça, socó-boi, marreca. [1]

Alguns dos peixes encontrados no rio são: branquinha, piau, traíra, bagre, bodo, cascudo, curimatã, mandi, pirapema, piranha-vermelha e mussum.[1]

O rio sofre com diversas ameaças, como desmatamento, extração de areia e pesca predatória.[1]

Referências

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