Estação Ferroviária de Canas-Felgueira

estação ferroviária em Portugal
(Redirecionado de Estação de Canas-Felgueira)

A Estação Ferroviária de Canas-Felgueira (nome anteriormente grafado como "Cannas"),[4] originalmente conhecida como de Canas de Senhorim,[4] é uma interface da Linha da Beira Alta, que serve a localidade de Canas de Senhorim, no Distrito de Viseu, em Portugal.

Canas-Felgueira
Identificação: 46599 CFE (Canas)[1]
Denominação: Estação Satélite de Canas-Felgueira
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Tipologia: D [3]
Linha(s): Linha da Beira Alta (PK 109+097)
Altitude: 337.5 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°29′27.83″N × 7°54′23.43″W

(=+40.49106;−7.90651)

Mapa

(mais mapas: 40° 29′ 27,83″ N, 7° 54′ 23,43″ O; IGeoE)
Município: NelasNelas
Serviços: R
Conexões:
Serviço de táxis
Serviço de táxis
NLS
Equipamentos: Telefones públicos Sala de espera
Inauguração: [quando?]
Website:
Painel azulejar promovendo o Hotel da Urgeiriça, um de vários colocados pela J.T.N. na estação de Canas-Felgueira.

Descrição

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Localização e acessos

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A estação situa-se junto à localidade de Canas de Senhorim, em frente ao Largo da Estação.[5]

Infraestrutura

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Esta interface apresenta seis vias de circulação, identificadas como I, I-A, I + I-A, II, II-A, e II + II-A, com comprimentos entre 225 e 675 m, sendo destas duas (I e II)[obs. 1] acessíveis por plataforma de 100 m de comprimento e 65 cm de altura; existe ainda uma via secundária, identificada como III, com comprimento de 395 m; todas estas vias estão eletrificadas em toda a sua extensão, escetuando a via II-A, eletrificada apenas 172 dos seus 390 m.[2] O edifício de passageiros situa-se do lado noroeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Vilar Formoso).[6] A superfície dos carris da estação ferroviária de Canas-Felgueira no seu ponto nominal situa-se à altitude de 3375 dm acima do nível médio das águas do mar.[7]

Serviços

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Em dados de 2023, esta interface é frequentada por autocarros ao serviço da C.P. substituindo provisoriamente, por motivo de obras, o seu serviço regional, com duas circulações diárias em cada sentido entre Coimbra-B e Guarda.[8]

História

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Informação tarifária de 1903, onde esta interface surge ainda com o nome original, Cannas de Senhorim.

A Linha da Beira Alta entrou ao serviço, de forma provisória, em 1 de Julho de 1882, tendo a linha sido definitivamente inaugurada no dia 3 de Agosto do mesmo ano, pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta.[9] Este interface constava já do elenco original de estações e apeadeiros, sendo designado Cannas de Senhorim (Apeadeiro).[7] Em 1902 era já identificada como estação[10] e nos horários de 1913 figurava já o nome composto Canas-Felgueira.[11]

 
Anúncio de 1902 às Caldas de Felgueira, onde se publicita um serviço de carruagens entre aquela estância termal e a estação, que ainda surge com o nome de Cannas de Senhorim.

Em 1888, existia um serviço de diligências entre a estação e as Caldas da Felgueira,[12] que ainda funcionava em 1913.[13]

Em 1932, executaram-se trabalhos de modificação da retrete, tendo a fossa turca sido substituída por uma do tipo mouras.[14] Em 1934 e 1935, o chefe da estação de Canas - Felgueira foi premiado com vários dias de licença, no âmbito de um concurso dos jardins das estações na Linha da Beira Alta.[15][16] Em 1934, foram instaladas novas cancelas nos acessos ao cais,[17] e em 1935 foi construído o pavimento do cais coberto, utilizando calçada de junta aberta reforçada com argamassa hidráulica.[18] Em 1936, foram feitas obras de reparação no edifício da estação e nas retretes.[19]

Em 1940, Canas ficou em quarto lugar no concurso das estações floridas da Linha da Beira Alta.[20]

Em dados oficiais de 2011, esta interface tinha duas vias de circulação, com 541 e 514 m de comprimento, e duas plataformas, com 164 e 94 m de extensão, e 45 cm de altura[21] — valores mais tarde[quando?] ajustados para os atuais.[2]

Ver também

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Observações

  1. Indica-se para a via II-A também plataforma com 390 m de comprimento mas sem altura («-»), no que poderá ser um erro tipográfico.[2]

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c d Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  4. a b Marquês de Gouvêa: Tarifa Especial N.º 9. Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta: 1898
  5. «Canas-Felgueira - Linha da Beira Alta». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 10 de Março de 2024 
  6. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  7. a b (anónimo): “Caminho de Ferro da Beira AltaDiario Illustrado 3307 (1882.07.24)
  8. Longo Curso | Regional : Lisboa / Coimbra ⇄ Guarda ⇄ Covilhã / Vilar Formoso («Horário em vigor desde 22 de dezembro de 2022»).
  9. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). Lisboa. p. 133-140. Consultado em 5 de Fevereiro de 2014 – via Biblioteca Nacional Digital 
  10. publicidade às termas da Felgueira
  11. Mendonça e Costa; Amaral: “Beira AltaGuia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal 168 (1913.10). Pessoa & C.ª / Typ. Horas Romanticas: Lisboa: p.95
  12. «Guia annunciador do viajante luso-brasileiro: indicador official dos caminhos de ferro e da navegação». Biblioteca Nacional Digital. Ano 10 (37). Lisboa: Empreza do Guia Annunciador. 1888. p. 70. Consultado em 25 de Setembro de 2018 – via Biblioteca Nacional Digital 
  13. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Lisboa. Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 26 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional Digital 
  14. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1081). Lisboa. 1 de Janeiro de 1933. p. 10-14. Consultado em 26 de Junho de 2011 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  15. «Linha da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1120). Lisboa. 16 de Agosto de 1934. p. 418. Consultado em 2 de Novembro de 2010 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  16. «Ajardinamento das estações da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1144). Lisboa. 16 de Agosto de 1935. p. 356. Consultado em 2 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  17. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1129). Lisboa. 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 20 de Outubro de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  18. SOUSA, José Fernando de (1 de Outubro de 1935). «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1153). Lisboa. p. 5-9. Consultado em 2 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  19. «O que se fez em caminhos de ferro durante o ano de 1936» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1179). Lisboa. 1 de Fevereiro de 1937. p. 86-87. Consultado em 2 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  20. C. A. (1 de Setembro de 1940). «Caminhos de Ferro da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1265). Lisboa. p. 591-592. Consultado em 10 de Março de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  21. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
 
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Ligações externas

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