Eudócia Ingerina
Eudócia Ingerina (em grego: Ευδοκία Ιγγερίνα), também chamada de Eudócia, foi uma imperatriz-consorte bizantina, esposa do imperador bizantino Basílio I, o Macedônio, concubina de seu antecessor, Miguel III, o Ébrio, e a mãe dos futuros imperadores Leão VI, o Sábio e Alexandre, além do patriarca de Constantinopla Estêvão I.
Eudócia Ingerina | |
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Imperatriz-consorte bizantina | |
Soldo em ouro retratando no anverso o imperador Basílio I, o Macedônio, com barba. No reverso, o co-imperador Constantino e sua mãe, Eudócia Ingerina. | |
Reinado | c. 25 de maio de 866 — 882 |
Consorte | Basílio I, o Macedônio |
Antecessor(a) | Eudócia Decapolitissa |
Sucessor(a) | Teófano |
Nascimento | c. 840 |
Morte | ca. 882 (42 anos) |
Constantinopla | |
Sepultado em | Igreja dos Santos Apóstolos |
Dinastia | Macedônica |
Pai | Inger |
Filho(s) | Leão VI, o Sábio Alexandre Estêvão I de Constantinopla Ana Maria Helena |
Biografia
editarEudócia era filha do senador Inger.[1].
Sua família era iconoclasta e, por isso, a imperatriz-mãe Teodora a reprovava. Por volta de 855, Eudócia se tornou amante do filho de Teodora, Miguel III, o que provocou a fúria de sua mãe e do poderoso ministro Teoctisto. Sem condições de encarar o escândalo de abandonar a sua esposa, Miguel casou Eudócia com seu amigo Basílio, mas continuou mantendo relações com ela. O amigo foi recompensado com uma amante também, a irmã do imperador, Tecla, pelo inconveniente.
Eudócia teve um filho, Leão, em setembro de 866, e outro, Estêvão, em novembro de 867. Eles eram oficialmente filhos de Basílio, mas a paternidade foi contestada, aparentemente até mesmo pelo suposto pai. A estranha promoção de Basílio a co-imperador em maio de 867 dá alguma credibilidade à teoria de que pelo menos Leão seria na verdade o filho ilegítimo de Miguel III. Já a paternidade dos filhos mais jovens de Eudócia não é disputada, pois Miguel III foi assassinado em setembro de 867.
Uma década depois do início do reinado de Basílio, Eudócia se envolveu com outro homem, que o imperador ordenou que fosse tonsurado e enviado a um mosteiro. Em 882, ela selecionou Teófano como esposa para seu filho Leão e morreu logo em seguida. Ela foi sepultada na Igreja dos Santos Apóstolos, em Constantinopla.
Prole
editarEudócia e Basílio tiveram seis filhos oficialmente:
- Leão VI, o Sábio (19 de setembro de 866 - 11 de maio de 912), que sucedeu Basílio como imperador e pode ter sido, na verdade, filho de Miguel III.
- Estêvão I de Constantinopla (novembro de 867 - 18 de maio de 893), patriarca e que pode também ter sido filho de Miguel III.
- Alexandre (ca. 870 - 6 de junho de 913), que sucedeu a Leão em 912.
- Ana. Freira no Convento de Santa Eufêmia, em Petron.
- Helena. Freira no Convento de Santa Eufêmia, em Petron.
- Maria. Freira no Convento de Santa Eufêmia, em Petron.
Ver também
editarEudócia Ingerina Nascimento: 840 Morte: 882
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Títulos reais | ||
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Precedido por: Eudócia Decapolitissa |
Imperatriz-consorte bizantina 866–882 com Eudócia Decapolitissa (866–867) |
Sucedido por: Teófano |
Referências
- ↑ Cyril Mango (1973). «Eudocia Ingerina, the Normans, and the Macedonian Dynasty». Zbornik radova Vizantoloskog Instituta. XIV-XV: 17-27
Bibliografia
editar- The Oxford Dictionary of Byzantium (em inglês). Oxford: Oxford University Press. 1991
Ligações externas
editar- Charles Cawley. «Verbete sobre Eudócia» (em inglês). Medieval lands. Consultado em 31 de julho de 2011