Eusébio Néri Alves de Sousa (Recife, 14 de agosto de 1883 - Fortaleza, 22 de setembro de 1947), beneditino das letras históricas , foi jornalista, historiador, teatrólogo e poeta. Ocupou a cadeira de número três do Instituto do Ceará[1].

Vida editar

Eusébio Néri Alves de Sousa nasceu em agosto de 1883 em Recife. Filho de José Néri Alves de Sousa (Major do Exército) e da dona de casa Maria Galdina Alves de Sousa, fez seus estudos primários em sua terra natal, ingressando na Faculdade de Direito de Recife e concluindo-a em 1907.

Chegou ao Ceará em 1908, exercendo o cargo de juiz do Termo do Icó. Nesse mesmo ano casou-se com Márcia Monteiro Osório.

Passou pelas cidades de Quixeramobim, Assaré, Ipu, São Bernanrdo das Russas e Quixadá, onde permaneceu entre os anos de 1922 e 1926. Desenvolvia concomitantemente às atividades jurídicas, o jornalismo e a pesquisa histórica. Durante este período criou o jornal O Sitiá, sob sua direção e propriedade[2].

Jornalismo esse que o fez dirigir-se a Fortaleza em 1927 para ser redator-chefe da Gazeta de Notícias. Em 1928 foi eleito sócio efetivo do Instituto do Ceará, entidade que já integrara como sócio correspondente. Foi diretor do Museu Histórico do Ceará, entre 1932 e 1942,[3] e do Arquivo Público do Estado.[4]

Obras editar

História[1] [2] editar

  • Há cem anos: Fatos da Confederação do Equador no Ceará
  • Álbum do Jaguaribe
  • Meio século de existência
  • Tibúrcio - Grande Soldado e Pensador
  • Sampaio - Patrono da Infantaria
  • Tradição Militar[nt 1]
  • Os Patronos do Exército Brasileiro[nt 1]
  • Clarindo - o Cidadão Soldado[nt 1]
  • História Militar do Ceará[nt 1]

Teatro [5] editar

  • Amor noturno
  • Por causa do bicho condescendente
  • Tiro infantil
  • Um médico em apuros
  • Uma professora em apuros


Poesia editar

Quando te vejo

Quando te vejo sempre cercada
Cantarolando lindos versinhos,
A semelhança da voz d’anjinhos,
Quero abraçar-te, beijar-te, amada.

Quando te vejo cheia de dores
Sempre pensando no nosso enlace,
Desejo junto da tua face
Depôr formosos ramos de flores.

Quando te vejo co’os teus primores
Bellacreança, o meu coração
Por ti palpita cheio d’amores,

Pensando só na nossa união
Vida completa de resplendores
Felicidade, gozo e affeição.

— Eusébio de Sousa, agosto de 1900.[5]


Notas

  1. a b c d Publicação pós-morte.[2]

Referências

  1. a b Girão, Valdelice (1997). «Eusébio Néri Alves de Sousa» (PDF). Fortaleza: Instituto do Ceará. Revista do Instituto do Ceará. Consultado em 26 de setembro de 2020 
  2. a b c Holanda, Cristina Rodrigues (2004). A construção do Templo da História Eusébio de Sousa e o Museu Histórico do Ceará (1932-1942) (PDF) (Tese). Fortaleza: Universidade Federal do Ceará. Consultado em 26 de setembro de 2020 
  3. Universidade Federal do Ceará. «A construção do Templo da História Eusébio de Sousa e o Museu Histórico do Ceará (1932- 1942)». 2004. Consultado em 30 de setembro de 2020 
  4. Mapa Cultural - Governo de Fortaleza. «EUSÉBIO DE SOUSA E O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ EM 1932» (PDF). agosto de 2014. Consultado em 30 de setembro de 2020 
  5. a b Fangueiro, Maria do Sameiro. «Eusebio de Souza». Periódicos e Literatura. Biblioteca Nacional Digital. Consultado em 26 de setembro de 2020