Fábrica de Combustível Nuclear de Resende

A Fábrica de Combustível Nuclear de Resende (FCN) é uma fábrica de combustíveis nucleares situada na localidade de Engenheiro Passos, no município brasileiro de Resende (RJ). A FCN é composta por três unidades e tem uma capacidade de produção de 280 toneladas de urânio por ano. Atualmente, a FCN foi modernizada e produz os Componentes e as Unidades de montagem de barras de combustível e os elementos do combustível necessário para reatores nucleares no Brasil. A Reconversão e Pastilhas Unidade de Produção está em funcionamento desde 1999, com uma capacidade de 160 toneladas de UO2 pastilhas/ano. A linha de reconversão de UO2 utiliza o processo AUC. A Fábrica de Combustível Nuclear também produz outros componentes de elementos de combustível, como bicos superiores e inferiores, grelhas e tampões para as demandas de exportação. Anteriormente, o Brasil forneceu urânio, que é transportado para o Canadá, onde é convertido em gás hexafluoreto, e depois para o Reino Unido, para o enriquecimento, antes que ele retorne ao Brasil para a fabricação em elementos de combustível.

A unidade tem um programa de segurança nuclear interno e um externo, para o monitoramento ambiental. Um sistema de contabilidade nuclear, internamente implementado, exigidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e supervisionado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realiza continuamente o equilíbrio do material em transformação, com uma precisão de décimos de miligramas.[1]

As inspecções da AIEA

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No final de 2003 a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estava negociando com o governo brasileiro para garantir que as instalações de enriquecimento de urânio, que começou a funcionar em 2005, fossem devidamente salvaguardadas.

Em abril de 2004, o governo brasileiro negou o acesso dos inspetores da AIEA à usina de enriquecimento de urânio que está sendo construída em Resende.[2] A planta, prevista para entrar em operação em outubro de 2004, continua sujeita às inspecções da AIEA destinados a assegurar que não será usada para a produção de material para armas nucleares. Em fevereiro e março de 2004, o Brasil recusou permissão aos inspetores da AIEA para que vissem o equipamento na planta, citando a necessidade de proteger informações confidenciais. A AIEA havia enviado inspectores à Resende, que encontraram porções significativas das instalações e do seu conteúdo protegido de vista. Paredes tinham sido construídas e revestimentos cobrindo equipamentos.

Em novembro de 2004, a AIEA foi capaz de chegar a um acordo em princípio com o governo brasileiro em uma abordagem de salvaguardas para verificar as instalações de enriquecimento na instalação de Resende.[3] Esta abordagem permitirá à AIEA fazer inspeções críveis mas ao mesmo tempo cuidar das necessidades do Brasil de proteger determinadas sensibilidades comerciais dentro da instalação.

Ver também

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Referências

Ligações externas

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