Francisco Mayer Garção

jornalista e escritor português

Francisco de Sande Salema Mayer Garção (Lisboa, 18 de fevereiro de 1872 — Lisboa, 4 de agosto de 1930) foi um jornalista republicano e prolífico escritor.[1][2] Era considerado «o príncipe do jornalismo».[3] Foi pai do advogado Fernando Mayer Garção, distinto opositor ao Estado Novo.

Francisco Mayer Garção
Francisco Mayer Garção
Nascimento 18 de fevereiro de 1872
Lisboa
Morte 4 de agosto de 1930
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação escritor, jornalista

Biografia editar

Foi filho de Pedro Stockler Salema Garção e de Maria Madalena Rebelo Mayer, neto paterno de José Maria Stockler Salema Garção e de Maria Margarida Garção Stockler.

Com apenas 19 anos de idade, em 1899, já era considerado um jornalista brilhante, colaborador em Branco e Negro : semanario illustrado, e co-autor, com Fernando Reis, de uma publicação de crítica intitulada «Os Vermelhos».

Contudo, o seu lançamento como jornalista ocorreu quando escreveu «A Queimar Cartuchos», uma polémica com Silva Pinto, conhecido pelo seu sarcasmo, na qual Mayer Garção, ainda estudante, se saiu tão bem que o Silva Pinto passou a apadrinhar a sua carreira jornalística.

Fundou em 1896, com Antero de Figueiredo, José Sarmento e Domingos de Guimarães, entre outros, a revista «Inferno». Trabalhou nos jornais «A Capital», «A Manhã» e «O Mundo».

Como jornalista de «A Capital» foi um dos grandes defensores da da intervenção portuguesa na Primeira Guerra Mundial.

Faleceu aos com 58 anos de idade devido a um acidente de viação, ao ser atropelado por um camião no Largo do Intendente, Lisboa.[4]

Obras publicadas editar

Para além de uma vasta obra dispersa por periódicos, é autor das seguintes monografia:

  • Horas de combate (prefácio)
  • Os cem sonetos (organização e prefácio)
  • Os esquecidos
  • A Ditadura e a Revolução. História dum crime punido pelo povo.
  • Excelsior; carteira d'um idealista
  • Cantos da esperança e da morte : Inéditos e dispersos
  • Lucta de gigantes : a guerra do Transwaal (tradução e adaptação de uma obra de Louis Boussenard)
  • Pátria e Liberdade. Conferência
  • A minha paysagem : (versos)
  • Horas de luta.
  • Vitória de França
  • O crime-Finis patriæ
  • Marcha do ódio - Discursos e manifestos
  • Execução de uma quadrilha
  • Historia antiga : scena em verso (tradução e adaptação de obra de Guy de Maupassant)
  • Os vermelhos : notas de dois refractarios (em colaboração com Fernando Reis)
  • Lyra da alma
  • A caminho do sol (colaboração com Fernando Reis)
 
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Notas