Günter Weigand (Olsztyn (Prússia Oriental), 1924 ) é um economista alemão e “advogado do povo” (Sozialanwalt). Foi conhecido também como vítima de um escândalo psiquiátrico e converteu-se, assim, em protagonista da Antipsiquiatria na Alemanha.

Günter Weigand
Nascimento 1924 (100 anos)
Olsztyn
Morte 10 de fevereiro de 2003
Cidadania Alemanha
Ocupação economista

Biografia editar

Originário da Prússia Oriental, Weigand passou sua mocidade em Düsseldorf. De 1942 a 1945 esteve no exército alemão. Depois da guerra trabalhou no serviço postal / de correios (gehobenen Postdienst) alemão. Mais tarde começou seus estudos de ciências sociais na Universidade de Münster onde se graduou como economista na área da macro-economia e fez o doutorado (Dr. rer. pol.). Decidiu “ajudar aos demais desfavorecidos, quem por sua conta propria, devido à falta de fundos, não podem fazer valer seus direitos civis”.[1]

Weigand participou, entre outras coisas, na “União Alemã para a Paz” (Deutsche Friedensunion).[2]

No “caso Blomert”, Weigand, na época chamado de “relho de Münster”[3] tentou esclarecer as circunstâncias da morte do advogado Paul Blomert, que teve lugar em 1961. Acusou os tribunais de Münster com intensidade tal a ponto que começaram a acusar ao proprio Weigand por desordem civil, e conseguiram encerrá-lo na psiquiatria Eickelborn. Investigações posteriores revelaram que Weigand foi victima de erros judiciais. Heinrich Böll foi “tão preocupado pelo caso Weigand, por isso pôs a disposição uma soma considerável para seu defesa”.[4] De acordo com o especialista de direito penal Karl Peters, Weigand é, junto com Frank Arnau, Heinz Kraschutzki e Hans Martin Sutermeister, um “combatente feroz para a lei”.[5]

Ligações externas editar

Referências editar

  1. (em alemão) Gerhard Mauz. Meu objetivo nunca foi detectar os assassinos. Em: Der Spiegel n. 50, 1979, p. 80.
  2. (em alemão) Chamada para a fundação da União Alemã para a Paz” Arquivado em 2 de janeiro de 2015, no Wayback Machine.. Dokumente zum Zeitgeschehen.
  3. (em alemão) Nina Grunenberg. Die Geißel von Münster: Günther Weigand läßt einen Toten nicht ruhen Münster Arquivado em 3 de maio de 2016, no Wayback Machine.. Em: Die Zeit, n. 38, 18 de setembro de 1964.
  4. (em alemão) Gerhard Mauz. “Ist das der mit der Grastrommel?”: über die Bedeutung der BVG-Entscheidung zugunsten Günter Weigands. Em: Der Spiegel 52/1978, 25 de dezembro de 1978, p. 60.
  5. (em alemão) Karl Peters. Capitulo "XIII. Kämpferische". In: Justiz als Schicksal: ein Plädoyer für die andere Seite. Editora De Gruyter, 1979. p.192. ISBN 978-2-01-005712-0