Gabriel Císcar y Císcar (Oliva, Valência, 17 de março de 1760Gibraltar, 12 de agosto de 1829) foi um matemático, oficial naval e político espanhol que se distinguiu no campo da cosmografia.[1]

Gabriel Císcar
Gabriel Císcar
Retrato de Gabriel Císcar. (Museo Naval de Madrid)
Nascimento 17 de março de 1760
Oliva
Morte 12 de agosto de 1829
Gibraltar
Cidadania Espanha
Ocupação político, matemático, Armada Espanhola, militar

Biografia editar

Gabriel Císcar foi o segundo filho varão de Pedro Císcar Fernández de Mesa e de sua esposa Rosa Císcar Pascual, uma família de fidalgos, sendo sobrinho do conhecido jurista e historiador Gregorio Mayans y Císcar.

Após concluir os seus estudos de Filosofia e Humanidades na Universidade de Valência e de ter atingido o posto de primeiro-tenente (teniente de fragata) na Armada Espanhola, foi nomeado para dirigir a cátedra de matemáticas da Escuela de Guardiamarinas de Cartagena, em Cartagena, dedicando-se por inteiro ao ensino e à investigação. Publicou vários trabalhos do seu campo, bem como de náutica, sem contudo descuidar o ambiente literário de Cartagena, publicando também obras de literatura.

Casou com Ana Agustina Berenguer de Marquina y Ansoátegui, filha do vice-rei de Nueva España, Félix Berenguer de Marquina.

O grande prestígio de Císcar levou a que 1788 fosse nomeado para o cargo de director da Escola de Guarda-Marinhas de Cartagena.

Císcar também presidiu à comissão espanhola, na qual estava também Agustín de Pedrayes, que em 1798 colaborou em Paris no estabelecimento do sistema métrico decimal.

Os acontecimentos de 1808 obrigaram-no a abandonar a vida escolar e a passar à actividade política. Foi membro da Junta Central entre 1808 e 1810 durante a Guerra da Independência contra França, sendo governador civil e militar de Cartagena. Mais tarde participou nas acções da Segunda Regência estabelecida entre 1811 e 1812 pelas Cortes de Cádiz, em conjunto com Joaquín Blake e Pedro Agar y Bustillo.

Com o regresso de Fernando VII em 1814, apesar da sua defesa da causa real, foi encarcerado pelos seus ideais liberais e desterrado para Oliva, a sua terra natal. Não foi reabilitado até ao Triénio liberal, altura em que foi promovido a tenente-general (1820), ocupando em 1823 o cargo de regente.

O triunfo da restauração absolutista de Fernando VII, ajudado pelas monarquias europeias que enviaram os chamados Cem Mil Filhos de São Luís, obrigaram à sua fuga e exílio em Gibraltar, localidade onde faleceu seis anos depois, vivendo de uma pensão outorgada pelo britânico duque de Wellington.

Obra editar

É considerado como o matemático espanhol mais destacado da sua época, autor de várias obras data especialidade, de temas navais e até literários, como é o caso da obra intitulada Poema físico-astronómico (1828). entre outras obras, publicou as seguintes:

  • Tratado de cosmografía para la instrucción de los Guardias Marinas (1796).
  • Tratado de trigonometría esférica para la instrucción de los Guardias Marinas (1796)
  • Memoria elemental sobre los nuevos pesos y medidas fundados en la naturaleza (1800);
  • Apuntes sobre medidas, pesos y monedas, que pueden considerarse como una segunda parte de la Memoria Elemental.
  • Curso de Estudios Elementales de Marina, Tomo I, que contiene el "Tratado de Aritmética", y el Tomo II, que contiene el "Tratado de Geometría".;


Referências

  1. Las Provincias, 21 de marzo de 1866: D. Gabriel Ciscar

Ligações externas editar

 
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