Galério
Galério (Sérdica, c. 258 — Sérdica, maio de 311) foi o imperador romano de 305 a 311. Com a reorganização política chamada tetrarquia, promovida por Diocleciano, Galério foi nomeado césar, com a atribuição de administrar as províncias balcânicas, com capital em Sirmio (atual Sremska Mitrovica).[carece de fontes]
Galério | |
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Provável busto de Galério em pórfiro, encontrado em 1993 em Gamzigrad e mantido no Museu Nacional em Zaječar, Sérvia. | |
Imperador Romano (no Leste) | |
Reinado | 1 de maio de 305 a maio de 311 |
Predecessores | Diocleciano e Maximiano |
Sucessores | Constantino, Licínio e Maximino Daia |
Coimperadores | Constâncio Cloro (305–306) Valério Severo (306–307) Constantino (306–311) Licínio (308–311) Maximino Daia (310–311) |
Nascimento | c. 258 Sérdica, Dácia Ripense, Império Romano |
Morte | maio de 311 (53 anos) Sérdica, Dácia Ripense, Império Romano |
Nome completo | |
Caio Valério Galério Maximiano | |
Esposa | Galéria Valéria |
Descendência | Candidiano Valéria Maximila |
Religião | Politeísmo romano |
Com a abdicação de Diocleciano em 305, que forçou o outro augusto, Maximiano, a abdicar, os dois césares, Constâncio Cloro e Galério, foram elevados à posição de augustos. Como novos césares, foram eleitos Valério Severo e Maximino Daia.[1]
Quinze meses após receber a púrpura imperial, Constâncio Cloro morreu, e seu filho Constantino (mais tarde cognominado o Grande) foi saudado pelo exército de Iorque como augusto e imperador. Galério pretendia se tornar imperador único após a morte de Constâncio, mas após receber notícias da eleição de Constantino, foi obrigado a dar a Constantino o título de césar, e elevar Severo como augusto, com o controle da província da Itália.[1]
Magêncio, filho do velho Maximiano, iniciou a revolta em Roma, e Valério Severo teve que se refugiar em Ravena, onde é forçado a se suicidar. Maximiano, que estava infeliz com a obscuridade após sua abdicação, visitou Constantino e celebrou o casamento deste com sua filha Fausta. Maximiano, então, por causa de sua autoridade anterior, elevou Constantino à posição de augusto, dando legitimidade à eleição feita pelo exército.[1]
Enquanto isto, a partir do leste, Galério, ao receber a notícia da morte de Valério Severo, invadiu a Itália, mas foi obrigado a recuar. Em seguida, ele nomeou Licínio como Augusto, para a província da Ilíria. O último césar, Maximino, exigiu, e recebeu também o título de augusto, para as províncias do Egito e Síria. Em Roma, Magêncio proclamou-se Imperador na Itália, e convenceu seu pai a reassumir a púrpura imperial. Deste modo, nesta época havia seis imperadores ao mesmo tempo, um estado de total confusão.[1]
Magêncio e seu pai brigaram, e a guarda pretoriana se decidiu pelo mais jovem. Maximiano se retirou para Illiricum, foi expulso por Galério, viajou até Arles, no sul da Gália, e renunciou à púrpura a favor do seu genro, Constantino. Maximiano depois tentou se tornar de novo Imperador, e foi executado por Constantino, com Fausta, aparentemente, apoiando o marido em vez do pai.[1]
Em 311, Galério morreu em seu palácio, em Nicomédia, comido pelos vermes, como se disse na época. Segundo H. B. Cotterill, ele parecia ter uma personalidade orgulhosa porém dinâmica, e seu reino se caracterizou por várias obras de utilidade pública, como a drenagem dos pântanos entre os rios Drave e Danúbio e a devastação de várias áreas de floresta.[1]
Após sua morte, sobraram quatro imperadores: Maximino Daia na Ásia e Egito, Licínio no Leste Europeu, Constantino no oeste, e Magêncio como tirano da Itália e África do norte. Após várias lutas, em 324, Constantino tornou-se o único imperador.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g H. B. Cotterill, Medieval Italy, Part I: Historical Outline, 305-476 [em linha]