Hardware

parte física de sistemas computacionais

O hardware[1] (pronúncia: 'rarduér')[2] é um termo técnico (e anglicismo de engenharia eletrônica) que foi traduzido para a língua portuguesa como equipamento, e pode ser definido como um termo geral da língua inglesa, que se refere à parte física de computadores e outros sistemas microeletrônicos.[3]

Equipamentos de computadores.

No âmbito eletrônico, o termo "hardware" é bastante utilizado, principalmente na área de engenharia de computação, e se aplica à unidade central de processamento, à memória e aos dispositivos de entrada e saída, bem como a todos os componentes físicos de computadores.[4] O termo "hardware" é usado para fazer referência a detalhes específicos de um dado equipamento eletrônico, incluindo-se seu projeto lógico pormenorizado bem como a tecnologia de seus componentes.[5]

O conceito de recursos de hardware engloba todos os dispositivos e equipamentos utilizados no processamento de informações.[6]

O software é a parte lógica, o conjunto de instruções e dados processados pelos circuitos eletrônicos do hardware. Toda interação dos usuários de computadores modernos é realizada através do software, que é a camada colocada sobre o hardware que transforma o computador em algo útil para o ser humano.

O termo "hardware" não se refere apenas aos computadores pessoais, mas também aos equipamentos embarcados em produtos que necessitam de processamento computacional, como os dispositivos encontrados em equipamentos hospitalares, aparelhos celulares (em Portugal telemóveis), ou seja, todas a mídias de dados, objetos tangíveis nos quais são registrados dados desde folhas de papel até discos magnéticos[7] entre outros.

Alguns exemplos de hardware em sistema de informação computadorizados podem ser definidos em dois tipos:

Sistemas de computadores, que consistem em unidades de processamento central contendo microprocessadores e uma multiplicidade de dispositivos periféricos interconectados.[7]

Periféricos de computador, que são dispositivos como um teclado ou mouse para entrada de comandos, um monitor de vídeo ou impressora para saída de informação e discos magnéticos ou óticos para armazenamento de recursos de dados.[7]

Na ciência da computação, a disciplina que trata das soluções de projeto de hardware é conhecida como arquitetura de computadores.[8]

Para fins contábeis e financeiros, o hardware é considerado um bem de capital.[9]

História do hardware editar

 
Ábaco.
 Ver artigo principal: História do hardware

A Humanidade tem utilizado dispositivos para auxiliar a computação há milênios. Pode se considerar que o ábaco, utilizado para fazer cálculos, tenha sido um dos primeiros hardwares usados pela humanidade. A partir do século XVII, surgem as primeiras calculadoras mecânicas. Em 1623, Wilhelm Schickard construiu a primeira calculadora mecânica. A Pascalina de Blaise Pascal (1642) e a calculadora de Gottfried Wilhelm von Leibniz (1670) vieram a seguir.[10]

Em 1822, Charles Babbage apresenta sua máquina diferencial e, em 1835, descreve sua máquina analítica.[11][12][13] Esta máquina tratava-se de um projeto de um computador programável de propósito geral, empregando cartões perfurados para entrada e uma máquina de vapor para fornecer energia. Babbage é considerado o pioneiro e pai da computação.[14] Ada Lovelace, filha de lord Byron, traduziu e adicionou anotações ao Desenho da Máquina Analítica.[15]

Conexões do hardware editar

Uma conexão para comunicação em série é feita através de um cabo ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre a CPU e um dispositivo externo como o mouse e o teclado, um modem, um digitalizador (scanner) e alguns tipos de impressoras. Esse tipo de conexão transfere um bit de dado de cada vez, muitas vezes de forma lenta. A vantagem de transmissão em série é que é mais eficaz a longas distâncias.

Uma conexão para comunicação em paralelo é feita através de um cabo ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre a CPU e um periférico como modem externo, utilizado em conexões discadas de acesso a rede; alguns tipos de impressoras; um disco rígido externo; dentre outros. Essa conexão transfere oito bits de dado de cada vez, ainda assim hoje em dia sendo uma conexão mais lenta que as demais.

Uma conexão para comunicação USB é feita através de um cabo ou um conjunto de cabos que são utilizados para trocar informações entre a CPU e um periférico como webcams, teclado, mouse, câmera digital, pda, mp3 player. Ou que se utilizam da conexão para armazenar dados como por exemplo um pen drive. As conexões USBs se tornaram muito populares devido ao grande número de dispositivos que podiam ser conectadas a ela e a utilização do padrão PnP (Plug and Play). A conexão USB também permite prover a alimentação elétrica do dispositivo conectada a ela.

Arquiteturas de computadores editar

 Ver artigo principal: Arquitetura de computadores

A arquitetura dos computadores pode ser definida como "as diferenças na forma de fabricação dos computadores".

Com a popularização dos computadores, houve a necessidade de um equipamento interagir com o outro, surgindo a necessidade de se criar um padrão. Em meados da década de 1980, apenas duas "arquiteturas" resistiram ao tempo e se popularizaram foram: o PC (Personal Computer ou em português Computador Pessoal), desenvolvido pela empresa IBM e Macintosh (carinhosamente chamado de Mac) desenvolvido pela empresa Apple Inc..

Como o IBM-PC se tornou a arquitetura "dominante" na época, acabou tornando-se padrão para os computadores que conhecemos hoje.

Arquitetura aberta editar

Arquitetura fechada editar

A arquitetura fechada consiste em não permitir o uso da arquitetura por outras empresas, ou senão ter o controle sobre as empresas que fabricam computadores dessa arquitetura. Isso faz com que os conflitos de hardware diminuam muito, fazendo com que o computador funcione mais rápido e aumentando a qualidade do computador. No entanto, nesse tipo de arquitetura, o utilizador está restringido a escolher de entre os produtos da empresa e não pode montar o seu próprio computador.

Neste momento, a Apple não pertence exatamente a uma arquitetura fechada, mas a ambas as arquiteturas, sendo a única empresa que produz computadores que podem correr o seu sistema operativo de forma legal, mas também fazendo parte do mercado de compatíveis IBM.

Principais componentes editar

Exemplos de hardware editar

Ver também editar

Referências

  1. Base I: do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados. Disponível em http://umportugues.com/acordo/alfabeto. Acesso em 21 de setembro de 2012.
  2. Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 658.
  3. HENNESSY, John L. Organização e Projeto de Computadores: interface hardware/software. São Paulo: GEN LTC, 2017.
  4. Silberschatz, Abraham; Galvin, Peter Bauer; Cagne, Greg (2008). Sistemas Operacionais com Java 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus. p. 3. 672 páginas. ISBN 978-85-352-2406-1 
  5. Hennessy, John L.; Patterson, David A (2003). Arquitetura de Computadores. Uma Abordagem Quantitativa 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus. p. 7. 827 páginas. ISBN 85-352-1110-1 
  6. TORRES, Gabriel. Hardware Curso Completo. São Paulo: Axcel Books, 2001.
  7. a b c O'brien, James A. (2004). Sistemas de Informação: e as decisões gerenciais na era da internet 2 ed. São Paulo: Saraiva. p. 11. ISBN 978-85-02-04407-4 
  8. PAIXÃO, Renato Rodrigues. Arquitetura de computadores. São Paulo: Editora Érica, 2013.
  9. GOUVEIA, J. Hardware. Tecnologias e Soluções. Porto: Fca; 1ª edição, 2019.
  10. Ifrah, Georges (2001). The Universal History of Computing (em inglês). New York: John Wiley and Sons. p. 121-122. 410 páginas. ISBN 0-471-39671-0 
  11. Swade, Doron (2000). The Difference Engine: Charles Babbage and the Quest to Build the First Computer. [S.l.]: Penguin. p. 84–87. ISBN 0-1420-0144-9 
  12. Huskey, Velma R.; Huskey, Harry D. (1980). «Lady Lovelace and Charles Babbage». Annals of The History of Computing (em ingles). 2 (4). Arlington, VA: American Federation of Information Processing Societies. 384 páginas. ISSN 1058-6180 
  13. Breton, Philippe (1991). História da Informática. São Paulo: UNESP. p. 68-69. 260 páginas. ISBN 85-7139-021-5 
  14. Halacy, Daniel Stephen (1970). Charles Babbage, Father of the Computer. [S.l.]: Crowell-Collier Press. ISBN 0-02741370-5 
  15. VASCONCELOS, Laércio. Hardware na Prática. São Paulo, 2006.

Ligações externas editar

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
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