Heartbrand

marca de sorvetes

A Heartbrand, conhecida também como Wall's ou Kibon e Olá nos países lusófonos, é uma marca e divisão mundial da Unilever, que junto à Ben & Jerry's forma o portfólio de sorvetes da empresa.[4] É a fabricante de 8 dos 15 sorvetes mais populares do mundo incluindo Cornetto, Fruttare, Magnum e Tablito.[5]

Heartbrand

Tipo Alimentos
Empresa Unilever
Origem Reino Unido
Lançamento 1922 (102 anos)
Marcas relacionadas Cornetto, Fruttare, Magnum e Tablito
Tagline “Uma nova Kibon para novos momentos”[1]
(no Brasil)

“E a vida sorri”[2]
(em Portugal)

“Ice cream makes u happy”[3]
(no Reino Unido)
Website oficial Heartbrand.com

História

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A Heartbrands foi criada em 1998, de modo a unir e internacionalizar todas as marcas de gelados nacionais possuídas pela Unilever, que já partilhavam antes os logotipos e as marcas de gelados. Apesar desta unificação que permitia a partilha entre países das produções, foram mantidos os nomes anteriores que já eram familiares para os cidadãos de cada país. Na grande maioria dos países, são vendidos os mesmos gelados com os mesmos nomes, por exemplo, Magnum, Cornetto e Carte D'Or.

Em 1959, a fábrica de gelados Olá em Santa Iria de Azóia, foi comprada e rebatizada. A marca chegou em Portugal através de uma parceria entre a Unilever e a Jerónimo Martins e criou desde então vários gelados que só são vendidos em Portugal. No mesmo ano foi lançado o Cornetto, que posteriormente se tonou o gelado mais vendido em Portugal. Em 1970 se tornou a líder nacional em Portugal, quando comprou a principal concorrente Rajá.[6]

Em 1938, a Segunda Guerra Sino-Japonesa inspirou o norte-americano Ulysses Severin Harkson, dono da Hazelwood Ice Cream Company, de Xangai, a sair da China. O gerente comercial John Kent Lutey foi incubido de procurar um outro país para implantar a empresa, planejando inicialmente na Argentina, mas optando por ficar no Brasil quando parou no Rio de Janeiro. Comprou uma pequena fábrica falida de sorvetes, Gato Preto, e abriu após reformas com o nome de US Harkson do Brasil no dia 24 de julho de 1941. No começo, foi difícil, já que ocorria a Segunda Guerra Mundial, que obrigava o país a racionar açúcar e leite, além de impossibilitar melhores recursos, como a importação de máquinas adequadas para a produção de sorvete. Mas mesmo assim, a produção continuou, e vendeu 3 milhões de picolés em apenas um fim de semana. No ano seguinte, a empresa mudou de nome para Sorvex Kibon, lançando dois sorvetes que se tornariam marcas registradas da empresa, Chicabon e Eskibon. Em 1965 foi comprada pela General Foods,[7][8] e em 1997 adquirida pela Gessy Lever, atual Unilever.[9] Foi a segunda incursão da Gessy Lever no mercado de sorvetes brasileiro: em 1972 a empresa comprou a Alnasa, fundada dois anos antes por ex-funcionários da Kibon, vendendo sob o nome Gelato,[10] que manteve-se no mercado até sair em 1993, cedendo algumas de suas marcas à Yopa, atualmente conhecida como Sorvetes Nestlé.[11]

Presença Internacional

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A Heartbrands está presente em mais de 40 países e adota diferentes nomes ao redor do mundo.[12][13] Seus produtos são comercializados em diversos estabelecimentos do varejo como supermercados, hipermercados, lanchonetes, restaurantes e lojas próprias e especializadas.[14]

 
Fábrica da Algida na Hungria.
 
Quiosque da Kibon no Jardim Zoológico de Belo Horizonte, no Brasil.

Controvérsias

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Em 2013, na cidade de São Luís, capital do Maranhão, uma cliente da empresa no Brasil alegou ter encontrado um parafuso num picolé da marca. O caso foi registrado em órgãos de proteção ao consumidor, mas nada foi apurado ou examinado e a Unilever não se manifestou sobre o caso.[16] Casos semelhantes foram relatados em 2015 e 2017, quando foram relatados pedaços de vidro em potes de sorvetes.[17]

Uma investigação de 2013 foi aberta globalmente para investigar se a Unilever e a Nestlé praticaram monopólio no mercado mundial de sorvetes, dificultando a entrada de novos concorrentes em padarias, restaurantes e lanchonetes. O caso envolveu a Heartbrands e suas subsidiárias nos países onde atuam, incluindo a Kibon e a Wall's.[18]

Ver também

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Referências

  1. Kelly Dores (3 de outubro de 2013). «Kibon investe R$ 40 milhões em campanha de verão». Propmark. Consultado em 16 de março de 2017 
  2. Grande Consumo (15 de junho de 2015). «Olá lança campanha com posicionamento mais descontraído». Grande Consumo. Consultado em 16 de março de 2017 
  3. Wall's UK. «Ice cream makes you happy» (em inglês). Wall's UK. Consultado em 16 de março de 2017 
  4. Fernando Murad (18 de outubro de 2014). «Brasil é a nova aposta da Ben & Jerry's». Meio&Mensagem. Consultado em 16 de março de 2017 
  5. Guilherme Dearo (22 de junho de 2017). «As 15 marcas de sorvete mais vendidas do mundo». Exame. Consultado em 16 de março de 2017 
  6. Maria João Espadinha (25 de outubro de 2009). «Na maior fábrica do país todos se cumprimentam por "olá!"». Diário de Notícias. Consultado em 25 de agosto de 2019 
  7. Da China, a Kibon quase foi parar na Argentina no início dos anos 40
  8. Histórico Kibon
  9. Unilever compra Kibon por US$ 930 mi
  10. https://www.unilever.com.br/our-company/historia-unilever-brasil/1970-1979-a-mesa-com-a-familia/
  11. 1990 – 1999: Expansão Kibon e chegada de Dove
  12. Sam Becker (27 de agosto de 2009). «Heartless Ice Cream» (em inglês). Under Consideration. Consultado em 16 de março de 2017 
  13. Aiana Freitas (12 de fevereiro de 2016). «Kibon é Wall's, e Omo é Persil: marcas com nomes diferentes mundo afora». Uol. Consultado em 16 de março de 2017 
  14. Thales Brandão (18 de abril de 2012). «Kibon oferece degustação nos pontos de venda e nos shoppings». Cidade MKT. Consultado em 16 de março de 2017 
  15. Unilever.jm.com. «Olá - Os gelados devem ser divertidos. Afinal, poucos alimentos geram um sorriso tão facilmente como um gelado.». Consultado em 18 de dezembro de 2012 
  16. Vanessa Milbourne (15 de junho de 2017). «Leitora encontra parafuso em picolé da Kibon, em São Luís». G1. Consultado em 16 de março de 2017 
  17. Nelson Rocha (17 de fevereiro de 2017). «Jovem engole vidro ao tomar sorvete e vai parar na emergência». Tribuna da Bahia. Consultado em 16 de março de 2017 
  18. G1 (8 de outubro de 2013). «Cade apura se Kibon e Nestlé dificultam revenda de outros sorvetes». G1. Consultado em 16 de março de 2017 

Ligações externas

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