Hendrik Marsman

escritor neerlandês

Hendrik Marsman (Zeist, 30 de setembro de 1899 - Canal da Mancha, 21 de junho de 1940) foi um poeta neerlandês. Ele faleceu quando fugia para o Reino Unido a bordo do navio Berenice que foi torpedeado por um submarino alemão. Sua esposa foi a única sobrevivente.[1]

Hendrik Marsman
Hendrik Marsman
Nascimento 30 de setembro de 1899
Zeist
Morte 21 de junho de 1940 (40 anos)
Golfo da Biscaia
Cidadania Reino dos Países Baixos
Progenitores
  • Jan Frederik Marsman
Ocupação poeta, linguista, escritor, advogado, tradutor
Prêmios
  • Prijs van Amsterdam (1927)
Causa da morte afogamento

Biografia editar

A coleção Verzen (1923; “Versos”) expressa uma rebeldia antihumanista, antiintelectual, que o poeta chamou de “vitalismo”. Como editor do periódico De Vrije bladen (“The Free Press”), ele se tornou em 1925 o principal crítico da geração mais jovem. Sua próxima coleção de versos apareceu em 1927 com o título em inglês Paradise Regained e foi saudada como uma importante realização artística. Outro ciclo, Porta Nigra, dominado pela ideia de morte, surgiu em 1934. Seu último livro de versos, Tempel en kruis (1940; “Templo e Cruz”), um relato autobiográfico do desenvolvimento do poeta, reafirma os ideais humanistas. Após a obtenção do visto português em Bordéus, França, em 18 de junho de 1940 do Cônsul-Geral Aristides de Sousa Mendes, Marsman embarcou em um navio com destino à Inglaterra.[2]  Tragicamente, ele se afogou três dias depois, quando o navio afundou após uma explosão no Canal da Mancha. Sua esposa sobreviveu como única passageira.

Sua poesia é vitalista e expressionista, e (o medo da) morte, como metáfora da derrota na vida, é um tema recorrente. Seu "Herinnering aan Holland" (Lembrança da Holanda): "Denkend aan Holland zie ik breede rivieren traag door oneindig laagland gaan", Pensando na Holanda, vejo grandes rios movendo-se lentamente através de planícies infinitas é o seu mais famoso poema.[3]

Herinnering aan Holland editar

 
Poema Invocatio

Seu poema Herinnering aan Holland (português: Lembrança da Holanda) de 1936 encontra-se entre os mais conhecidos poemas neerlandeses.[4] Principalmente o primeiro trecho é extremamente famoso:

Denkend aan Holland
zie ik breede rivieren
traag door oneindig
laagland gaan,

Tradução:

Pensando na Holanda
eu vejo largos rios
atravessando lentamente
as infinitas planícies,

Este poema foi eleito o "poema do século" nos Países Baixos no ano 2000.[4]

Bibliografia editar

em inglês editar

  • Hendrik Marsman: A Crooked Flower in Cosmos' Flaling Mouth. 12 poems translated by Terzij de Horde, 2015. No ISBN[5]
  • Paul F. Vincent: Translation of 'Herinnering aan Holland'. Utrecht, Bucheliuspers, 2007. No ISBN[6]
  • James Dickey: The Zodiac. Garden City, N.Y., Doubleday, 1976. (Based on the poem 'The zodiac' by H. Marsman). No ISBN
  • H. Marsman: 'Poetry'. In: The literary review, vol. 5 (1961), no. 2, pag. 193

em holandês editar

 
Poemas de parede em Leiden: poema Val de Marsman
  • 1923 - Verzen (poemas)
  • 1925 - Penthesileia (poemas)
  • 1926 - De anatomische les (ensaio)
  • 1927 - De vliegende Hollander
  • 1927 - Gerard Bruning. Nagelaten werk
  • 1927 - Nagelaten werk (ensaio)
  • 1927 - Paradise Regained
  • 1928 - De lamp van Diogenes
  • 1929 - De vijf vingers
  • 1930 - Witte vrouwen (poemas)
  • 1931 - Kort geding (ensaio)
  • 1931 - Voorpost (poemas)
  • 1933 - De dood van Angèle Degroux (romance)
  • 1933 - Tegenonderzoek
  • 1934 - Porta Nigra (poemas)
  • 1935 - De immoralist (de André Gide) (tradução)
  • 1936 - Heden ik, morgen gij (com Simon Vestdijk) (romance)
  • 1937 - Herman Gorter (ensaio)
  • 1938 - Critisch proza
  • 1938-1947 - Verzameld werk (obras coletadas)
  • 1939 - Menno ter Braak (essay)
  • 1939 - Hieronymus, de dichter der vriendschap (de Teixeira de Pascoaes) (tradução, com Albert Vigoleis Thelen)
  • 1939 - Paulus de dichter Gods (de Teixeira de Pascoaes) (tradução, com Albert Vigoleis Thelen)
  • 1940 - Tempel en kruis (poems)
  • 1941 - Aldus sprak Zarathoestra (de Friedrich Nietzsche) (tradução, com Ed Coenraards)
  • 1945 - Brieven over literatuur (com Simon Vestdijk)
  • 1946 - Verbum obscurum (de Teixeira de Pascoaes) (ttradução, com Albert Vigoleis Thelen)

Referências

  1. owner, No (12 de novembro de 2013). «bwn1». resources.huygens.knaw.nl (em Dutch). Consultado em 24 de setembro de 2021 
  2. «Marsman » Sousa Mendes Foundation». web.archive.org. 6 de novembro de 2014. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  3. «Denkend aan Komrij | NRC Boeken». web.archive.org. 22 de junho de 2010. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  4. a b «Cópia arquivada». Consultado em 8 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 26 de setembro de 2007 
  5. «Translation of 12 poems by Marsman by Terzij de horde. Free PDF» (PDF). Consultado em 30 de setembro de 2019 
  6. «David Reid Poetry Translation Prize :: Herinnering aan Holland». subtexttranslations.com. Consultado em 30 de setembro de 2019 

Ligações externas editar

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