Hipermetropia ou hiperopia é uma condição do olho em que a luz é focada na parte posterior da retina, ao invés da própria retina.[1] Isto faz com que a pessoa veja desfocados os objetos a curta distância, enquanto os objetos distantes são vistos normalmente.[1] À medida que a condição se agrava, é possível que se comece a ver os objetos desfocados a qualquer distância.[1] Entre outros sintomas comuns estão dores de cabeça e astenopia.[1] Algumas pessoas podem também manifestar disfunção de acomodação, disfunção binocular, ambliopia e estrabismo.[2] É um tipo de erro refrativo.[1]

Hipermetropia
Hipermetropia
Hipermetropia sem (em cima) e com correção por lente (em baixo)
Especialidade Oftalmologia
Sintomas Objetos próximos aparecem desfocados[1]
Complicações Disfunção de acomodação, disfunção binocular, ambliopia, estrabismo[2]
Causas Globo ocular curto, defeito no cristalino ou córnea[1]
Fatores de risco Antecedentes familiares[1]
Método de diagnóstico Exame ocular[1]
Condições semelhantes Ambliopia, neuropatia retrobulbar ótica, retinite pigmentosa[3]
Tratamento Óculos, lentes de contacto, cirurgia[1]
Frequência ~7,5% (EUA)[1]
Classificação e recursos externos
CID-10 H52.0
CID-9 367.0
CID-11 102241227
DiseasesDB 29644
MedlinePlus 001020
MeSH D006956
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A hipermetropia é causada por uma imperfeição dos olhos.[1] Geralmente ocorre quando o globo ocular é muito curto, ou então quando existem um defeito na forma do cristalino ou da córnea.[1] Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares da doença, diabetes, alguns medicamentos e tumores nas proximidades do olho.[1][3] O diagnóstico tem por base um exame ocular.[1]

O tratamento consiste na utilização de óculos ou lentes de contacto ou na correção cirúrgica.[1] Embora os óculos sejam o método de correção mais simples, as lentes de contacto oferecem um maior campo de visão.[1] A correção cirúrgica consiste na alteração da forma da córnea.[1]

A hipermetropia afeta inicialmente as crianças mais novas, com taxas de prevalência de 8% aos seis anos de idade e de 1% aos 15 anos de idade.[4] Depois volta a ser comum a partir dos 40 anos de idade, afetando cerca de metade das pessoas.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r «Facts About Hyperopia». NEI (em inglês). Julho de 2016. Consultado em 11 de julho de 2017. Cópia arquivada em 8 de julho de 2017 
  2. a b Moore, Bruce D.; Augsburger, Arol R.; Ciner, Elise B.; Cockrell, David A.; Fern, Karen D.; Harb, Elise (2008). «Optometric Clinical Practice Guideline: Care of the Patient with Hyperopia» (PDF). American Optometric Association. pp. 2–3, 10–11. Cópia arquivada (PDF) em 17 de julho de 2006 
  3. a b c Kaiser, Peter K.; Friedman, Neil J.; II, Roberto Pineda (2014). The Massachusetts Eye and Ear Infirmary Illustrated Manual of Ophthalmology E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 541. ISBN 9780323225274. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  4. Castagno, VD; Fassa, AG; Carret, ML; Vilela, MA; Meucci, RD (23 de dezembro de 2014). «Hyperopia: a meta-analysis of prevalence and a review of associated factors among school-aged children.». BMC Ophthalmology. 14: 163. PMC 4391667 . PMID 25539893. doi:10.1186/1471-2415-14-163