Igreja Reformada Neerlandesa (NGK)

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Igreja Reformada Neerlandesa
Classificação Protestante
Orientação Reformada
Teologia Calvinista
Política Presbiteriana
Associações Conselho Mundial de Igrejas,[1] Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas,[2] Conferência de Igrejas de Toda a África e Conselho de Igrejas da África do Sul
Área geográfica África do Sul, Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia, Suazilândia e Botswana
Origem 1652 (372 anos)
Ramo de(o/a) Igreja Reformada Neerlandesa
Separações 1987: Igreja Protestante Africâner
Congregações 1.158 (2013)[1]
Membros 1.074.765 (2013)[1]
Ministros 1.602 (2013)[1]
Site oficial www.ngkerk.org.za

A Igreja Reformada Holandesa (IRH) ou Igreja Reformada Neerlandesa (IRN) - em africâner Nederduitse Gereformeerde Kerk, abreviado como NGK - é uma denominação cristã, de tradição reformada continental, fundada no Século XVII, na África do Sul, por migrantes holandeses. Posteriormente, a denominação se espalhou para a Namíbia, Suazilândia e partes de Botswana, Zimbabwe e Zâmbia.[3]

Em 2013, a denominação estimou ter 1.074.765 membros e 1.602 ministros ordenados em 1.158 congregações.[1]

História editar

 
Igreja Reformada Neerlandesa (NGK) em Philippolis.

A denominação foi fundada por imigrantes holandeses, membros da Igreja Reformada Neerlandesa, que se estabeleceram no que posteriormente seria a África do Sul em 1652.[1][3]

Além disso, refugiados huguenotes, em fuga da perseguição religiosa aos calvinistas na França emigraram para a região e foram assimilados pelos holandeses.[1]

A denominação apoiou o Apartheid, sendo por isso expulsa da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas e do Concílio Mundial das Igrejas. Todavia, em 1986, a denominação declarou-se arrependida por esta conduta e foi aceita novamente nos órgãos ecumênicos.[1]

Doutrina editar

A denominação subscreve os Padrões da Unidade (Confissão Belga, Catecismo de Heidelberg e Cânones de Dort) como seus símbolos de fé. Além disso, reconhece o Credo Niceno-Constantinopolitano, Credo dos Apóstolos e Credo de Atanásio como exposições fiéis das doutrinas bíblicas.[4]

A denominação também aceita a ordenação de mulheres como pastoras, presbíteras e diaconisas.[3]

Em 2015, a denominação passou a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Essa decisão foi revogada pelo Sínodo de 2016.

A revogação foi questionada judicialmente, por supostamente não ter seguido o procedimento previsto na Constituição da denominação. Em 2019, a Justiça da África do Sul reconheceu a nulidade da revogação, tornando a decisão de 2015 válida novamente.[5]

Relações Intereclesiásticas editar

A IRN é membro da Conselho Mundial de Igrejas,[1] Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas,[2] Conferência de Igrejas de Toda a África e Conselho de Igrejas da África do Sul.

Referências

  1. a b c d e f g h i «Igreja Reformada Neerlandesa». Concílio Mundial das Igrejas. 1 de janeiro de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 24 de junho de 2023 
  2. a b «Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas: Membros». Consultado em 18 de dezembro de 2021 
  3. a b c «Fé Reformada na Áfricado Sul». Reformiert Online. 2 de agosto de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2021. Arquivado do original em 18 de dezembro de 2021 
  4. «Doutrina da Igreja Reformada Neerlandesa na África do Sul». Consultado em 31 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2010 
  5. «Justiça anula decisão da Igreja Reformada Neerlandesa que revogou a permissão para p casamento entre pessoas do mesmo sexo»