Inminban (lit. "unidades de bairro" ou "unidades do povo") é uma forma de organização cooperativa local na Coreia do Norte semelhante à vigilância de bairros. Não existe nenhuma pessoa norte-coreana fora do sistema inminban; todo mundo é um membro.[1]

Inminban
Nome em coreano
Hangul 인민반
Hanja 人民班
Romanização revisada inmin-ban
McCune-Reischauer inmin-ban

História

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A rede inminban foi estabelecida no final dos anos 1960. Toda mulher norte-coreana que não tem um emprego de tempo integral é obrigada a participar de atividades do inminban, que incluem limpar banheiros públicos, arrumar a vizinhança, fabricar pequenos itens em casa e, ocasionalmente, ir ao campo para fazer trabalho agrícola. Isso torna as mulheres desempregadas quase tão ocupadas quanto as que tem empregos e contribuem para a alta participação feminina na força de trabalho da Coreia do Norte. No final dos anos 1960, as mulheres norte-coreanas empregadas recebiam uma ração diária de 700 gramas de arroz, enquanto as mulheres desempregadas que participavam do inminban recebiam apenas 300 gramas.[2] Desde a década de 1990, a eficácia da rede inminban enfraqueceu.[3]

Estrutura

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Um inminban típico consiste em 25–50 famílias e é definido pela proximidade residencial. Por exemplo, um inminban pode consistir em todas as famílias compartilhando uma escada em comum em um grande prédio de apartamentos. Cada inminban é chefiado por um oficial, geralmente uma mulher de meia-idade, conhecida como inminbanjang (chefe da unidade do povo). Normalmente, ela receberá do Estado uma pequena remuneração por seu trabalho, bem como rações adicionais de alimentos.[2]

O sistema inminban não faz parte formalmente do aparato de segurança norte-coreano, mas o apoia. Todos os membros inminban são responsáveis por monitorar uns aos outros quanto a atividades criminosas ou desobediência política. A inminbanjang se reúne regularmente com as autoridades do partido e relata mau comportamento a eles. O comitê popular do escritório distrital local (hanja: 洞事務所人民委員會) supervisiona o trabalho da inminbanjang e transmite as diretrizes do Partido dos Trabalhadores da Coreia.[2][4][5]

Alguns estudiosos dizem que a crise econômica norte-coreana e a fome subsequente da década de 1990 deixaram a Coreia do Norte incapaz de compensar funcionários como a inminbanjang, reduzindo seu incentivo para ajudar o Estado a manter o controle social. Diz-se que a inminbanjang ainda é um apoio importante para o aparato de segurança norte-coreano, mas talvez menos motivada e diligente do que costumava ser.[6]

Além da vigilância, o inminban se engaja na gestão de bairros, por exemplo, cuidando do lixo.[3]

Referências

  1. Hassig & Oh 2015, p. 5.
  2. a b c Lankov 2007, pp. 74, 176.
  3. a b Lankov 2015, p. 40.
  4. Katzeff Silberstein 2010, p. 8.
  5. Demick 2010.
  6. Katzeff Silberstein 2010, pp. 8–9.

Bibligorafia

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Ligações externas

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Fotos de quadros de avisos internos em um apartamento por Yle (em finlandês)