Invasão do Vale de Aran

A invasão do Vale de Aran, de codinome Operação Reconquista da Espanha, foi uma tentativa da Unión Nacional Española (UNE), e do Partido Comunista de Espanha, de provocar uma revolta popular contra a ditadura de Francisco Franco, atacando com um grupo de guerrilheiros espanhóis o Valle de Arán. Para a invasão os guerrilheiros tinham cerca de 4.000 veteranos da Guerra Civil Espanhola e da Resistência Francesa.[1]

O Vale de Aran, palco principal da operação.

O governo de Franco, antecipando uma invasão aliada da França, havia encomendado a Valiño Rafael García, Chefe do Estado Maior do Exército, a defesa da fronteira franco-espanhola, liderada pelo general José Moscardó e Juan Yagüe, com cerca de 50.000 homens.

A invasão fracassou devido à superioridade numérica e material das tropas franquistas. Os guerrilheiros tiveram 129 mortos e 588 feridos,[2] muitos deles sendo capturados e condenados à morte. Os chefes de unidades militares de Franco tinham ordens de não considerar os prisioneiros como combatentes, mas como franco-atiradores.[3] As forças franquistas sofreram 32 mortos.[4]

Referências

  1. Sánchez Agustí, Ferran (1999). Maquis a Catalunya. De la invasió de la vall d'Aran a la mort del Caracremada. pag. 95-96, Lleida: Pagès Editors, S. L. ISBN 84-7935-612-X
  2. Juliá, Santos (2005). Víctimas de la Guerra Civil. Tercera parte: Cap. IV. La escalada hacia el «trienio del terror» (1947-1949). pag. 373 Barcelona: Planeta de Agostini. ISBN 84-8460-333-4
  3. Suárez Fernández, Luis (2011). Franco. Los años decisivos. 1931-1945. Barcelona: Ariel. pp. 275–276. ISBN 978-84-344-1332-0 
  4. Heine, Hartmut (1983). La oposición política al franquismo. De 1939 a 1952. Barcelona: Crítica. p. 214. ISBN 84-7423-198-1